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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Pesquisa

Meus amigos seguidos e seguidores,
Estou fazendo uma pesquisa sobre redes sociais e gostaria de contar com a colaboração de todos.
Quem estiver disposto a participar, por favor, envie e mail para: pesquisa08@hotmail.com que eu enviarei o formulário de questões, ok?
O que eu vou fazer com o resultado?
Sei lá!
Gostaria de apresentar em congressos, palestras, conferências e afins, fazer mestrado, doutorado ou sei lá o que, mas por enquanto apenas vou divulgar os resultados nas redes e no blog.
Porém, acho que ela poderá ser útil para todos, não é?
Vamos lá?
Estou aguardando seu contato.
Abraço!
OPS! Esqueci de pedir que coloquem seus perfis da rede quando receberem o email com o questionário, ok?

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Alcool Combustível

Venho acompanhando as inúmeras matérias sobre as maravilhas dos carros bicombustíveis.

Falam dos benefícios à qualidade do ar, da tecnologia que desenvolvemos no uso do álcool.

É verdade, o Brasil foi pioneiro, coisa rara. O álcool nem passa perto dos derivados de petróleo quando o assunto é poluição.

E sim, tem a questão de o álcool ser um produto renovável, e aí evocam a questão da sustentabilidade.

Tem também a questão econômica evidentemente importante. São milhões de empregos gerados, cerca de 7 milhões de toneladas (lá por 30% da produção mundial) produzidas ao ano, 50% transformados em álcool  o que leva a cifras fenomenais.

Mas me pergunto se as pessoas se esqueceram de alguns fatores, totalmente comprovados:

- Uma plantação de cana dá umas 5, 6 colheitas e depois delas tem que ser feita uma queimada que traz
vários prejuízos ao solo tornando-o inadequado para outras culturas. A fuligem produzida despeja grandes quantidades de monóxido de carbono na atmosfera trazendo grandes prejuízos às populações vizinhas. Só nos plantio mecanizados esse problema é minimizado, mas quantas plantações no país são mecanizadas?

- Os pequenos produtores estão desaparecendo pq vendem seus sítios aos usineiros Isso além de gerar um êxodo rural  pós moderno restringe as culturas que haviam nesses locais, diminuindo a produção de outros alimentos.

- Áreas de pasto também diminuem, e acho que isso diminui a criação de gado.

Então pergunto: É tão bom assim?

domingo, 22 de maio de 2011

Ponto e Contra-Ponto

Reclamei bastante lá no Twitter da falta de comentários das pessoas no blog.

Recebi alguns pelo TT, mas o limite de 140 caracteres, não facilita uma opinião mais completa. Elas podem ser exatas, mas breves.

Duas dessas respostas recebidas lá são colaborações importantes para a discussão do caso do livro adotado pelo MEC por isso vou reproduzi-los aqui não sem antes agradecer à @maria_fro e ao @cidcancer

Que bom seria se todos se prontificassem a exprimir suas opiniões.

Aliás, na minha opinião o que falta ao brasileiro é isso, manifestar-se, discutir e defender seus pontos de vista, algo inerente à democracia.

Mas somos omissos, infelizmente.

Temos vizinhos, os argentinos, tão diferentes de nós.... uma pedrinha no sapato e o panelaço começa em poucas horas, coisa de povo culto.

Antes de disponibilizar as colaborações dos dois tuiteiros, quero fazer algumas considerações:

- Li os links enviados, alguns já conhecia mas não vejo muita diferença entre o que dizem e o que escrevi aqui no texto anterior. A diferença maior fica por conta do que eu disse lá, eles são especialistas, eu não. Outra diferença ficam por conta da aceitação ou não de algumas opiniões e na defesa da adoção do livro.

- Vou morrer dizendo que um professor deve ensinar a norma culta e que chamar a atenção de um aluno durante uma aula de português sobre erros de concordância (na fala ou na escrita) não é discriminação ou preconceito, mas ensino do idioma.

- No texto do livro há as seguintes frases:

"Vale lembrar que a língua é instrumento de poder". Sim, ao meu ver poder de comunicação.

"A classe dominante utiliza a norma culta principalmente por ter maior acesso à escolaridade e por seu uso ser um sinal de prestígio" - Sim também, mas será que por isso mesmo querer ampliara o acesso à norma culta não é sinal de que a tal classe dominante pretende dar possibilidade de prestígio aos "dominados"

- (...)a escola deve ser preocupar em apresentar a norma culta aos estudantes, para que eles tenham mais uma variedade à sua disposição(..)" Aí é não, sinto muito. A escola deve ensinar apenas a norma culta (ao menos na disciplina português) e lidar de forma civilizada com os desvios que observar.

-Dispensar a norma culta, para mim é oferecer o pior ou no mínimo o inadequado.

-Outra coisa, todos nós, e eu digo, todos nós mesmo, sabemos da deficiência de formação da maioria de nossos professores. Oferecer à eles a interpretação especializada oferecida pelo livro é arriscado.
-Quantos deles saberão transitar entre os fatores apresentados?

Que espécie de confusão isso irá gerar?

E para que tipo de aluno isso será oferecido?

Se for àqueles que nos deram os índices horrorosos que obtivemos em avaliação educacional, vai ter algum efeito positivo?

E olha que entre esses alunos há muitos "da classe dominante"!

Dominar é tomar conta, tomar o espaço, apoderar-se de uma situação ou de algo. Então, não deveríamos almejar que toda a população fosse transformada em "classe dominante"?

Mantenhamos discussões de especialistas entre especialistas. Divulguemo-nas aos que possam absorvê las. É uma questão estratégica para um país que pretende tornar-se verdadeiramente uma nação a ser respeitada pelo mundo, mas com base em dados reais, verdadeiros não aqueles "vendidos" ao mundo mas que nós, que os vivenciamos sabemos que não é bem assim...

Seguem as manifestações dos tuiteiros:


cidcancer @patrimm http://bit.ly/lvjOtl - http://bit.ly/iXtiKP - http://bit.ly/k1iPeu - http://bit.ly/lVxVE8 - http://bi… (cont) http://deck.ly/~RuGOf 
 
 

maria_fro @patrimm http://bit.ly/kvbGPU, http://bit.ly/ijZSeo, http://bit.ly/kw3PyS 
 
Pensem bem, é justo que vcs não opinem?

Nóis fomo

Alguns vão se perguntar por que falo deste assunto aqui e não no Olá Classe!

Mas eu explico: o outro blog pretende dedicar-se exclusivamente à educação, mas o caso do livro didático distribuído pelo MEC (que nem vou citar o nome, vai q vcs compram!) não me parece assunto restrito à educação, ele extrapola essas fronteiras é quase um caso de defesa nacional e o é de competência dos que prezam pelo desenvolvimento do país em toda as suas vertentes.

O Português não é um idioma dos mais fáceis. E eu não sou nenhuma especialista, tenho várias dúvidas e muitas dificuldades para escrever. Porém, ainda estou entre aqueles que ao menos conseguem fazer-se entender sem estranhismos, sem aquele chiado que dá no ouvido quando se houve algo como: Nós pega o peixe.

Se isso ai dá chiado, ouvir um professor/escritor responder à pergunta: "Mas eu posso falar os livro?" com um "Claro que pode" , causa um estrondo enorme capaz de atingir o nervo auditivo de qualquer um. Em mim, quase provoca um enfarte.

Aí, segundo a imprensa em geral, existe uma corrente de linguistas no país que concordam com a teoria de que repreender um aluno que fere a norma culta dentro da sala de aula (no meu tempo isso era ensinar) é preconceito linguístico, uma nova espécie de bullyng talvez...

Fui atrás do conceito de linguística (como disse, não conheço muito a coisa), e entendi que é o estudo da linguagem verbal e que dentro deste estudo existe a sociolinguística que relaciona a língua a fatores socio culturais.

Bom, quem conseguiu sair da condição de analfabeto funcional, é capaz de compreender mesmo que superficialmente que as diferenças socio culturais alteram o modo de falar de uma comunidade.
O que significa mais ou menos o seguinte: pessoas sem acesso à cultura e educação, que em geral estão nas camadas menos abastadas da população, tendem a falar de forma errada. Eles chamam isso de variável (acho que é isso).

Consideram também os dialetos, que no Brasil não existem mas chegamos perto através dos diferentes modos de expressão verbal das diversas regiões. Colocar um Nordestino para conversar com um gaúcho por exemplo, é um super exercício de compreensão do idioma. São termos diferentes, expressões únicas de cada região, mas que jamais poderiam ser chamadas de erros. São apenas regionalismos.
Em São Paulo podemos notar uma grande influência dos diversos imigrantes, especialmente dos italianos. É comum ouvirmos pessoas com um bom grau de cultura e educação falar palavras incompletas ou com trocas de letras, por influência da língua italiana. Também chamo isso de regionalismo, de característica local. E não de erro, mesmo porque essas pessoas em geral escrevem de forma correta. No Rio, pronuncia-se "butão", "murango" mas não escrevem assim! Estou errada?

Agora, erros de concordância como os apresentados no tal livro não podem ser admitidos. Pelo menos não em uma aula da língua pátria, ou os professores estão ali para impor o erro?

Aí, também segundo as matérias que li durante a semana existe a fala de que o falar e escrever corretamente faz parte de uma estratégia de opressão usada pela classe dominante. É? Vou ter que pensar por décadas para tentar entender essa história....

O que sei é que alguém tem que fazer algo imediatamente.
Onde estão os parlamentares em quem votamos? Eles não podem interferir?
 E a ABL?
Alguém nos ajude...

Se desistirmos ou desvirtuarmos mais esse naco da educação no país, o que vai acontecer em alguns anos?

Achei que estávamos tentando investir em educação e não o contrário.

Achei que não iríamos cair ainda mais no abismo.

Mas, "Nois fomo"    

terça-feira, 10 de maio de 2011

Rico também é gente

Estamos acostumados a ler, ouvir e ver pessoas defendendo "os pobres".

São programas de "auxílio" (entre aspas porque grande parte parece plano de empurrar morro à baixo), leis de defesa, ofertas de oportunidade, tentativas de proteção ao menos oficiais.

É legal isso. Eu que não estou longe da definição corriqueira de pobreza não acho ruim não.

Mas estive pensando: e os ricos?

É, porque como não estou nem lá nem cá, conheço e convivo com gente de todas as faixas da declaração de IR! Dos isentos aos grandes pagadores...

O que se fala deles?

São coisas assim: rico não tá nem aí com nada, rico despreza as pessoas, não tem nada prá fazer, consomem o tempo todo, ou os clássicos de origem diversa e absurda como "rico não entra no céu" ou "ô vida boa!".

Não posso falar de como é a imagem deles em outros países porque lamentavelmente ainda não sai daqui e curiosamente nunca perguntei a ninguém a esse respeito. Logo eu tão curiosa. E porque será que nunca perguntei? Porque provavelmente, também há incrustada na minha mente alguma ideia preconcebida, palavras prontas diante de um Chanel legítimo ou de uma Ferrari!

Vocês que me acompanham sabem da minha insistência em dizer que somos todos apenas pessoas, nada mais. E é por isso que decidi abordar o tema, e é por isso que vou registrar que:

Rico também é gente!

E ao contrário do que pregam algumas religiões, podem entrar no céu sim, seja lá o que isso quer dizer...

Especialmente no Brasil, mas também no resto do mundo, conceitos religiosos cultuam o estado de pobreza. É certo incentivo à humildade erroneamente interpretado. Humildade é o oposto da soberba da "metidez" para ser mais contemporânea e básica. A interpretação que se faz do conceito tem mais a ver com outra palavra, humilhação. Ser humilde é muito bacana, humilhar-se é ridículo. E tenho notado que as pessoas "humilham-se" por qualquer coisa! Deveriam experimentar outros tipos de reação.

Quando digo que rico também é gente, chamo a atenção para coisas que percebemos de forma contaminada.

Tá certo que entre eles, há um ingrediente humano pouco interessante ou agradável, a futilidade.

São aquelas mulheres (de qualquer idade) peruas, que só falam bobagens e passam anos de sua vida no cabeleireiro. Ou os homens do tipo "playboy" que cá entre nós, são hilários!

Mas comportamentos idiotas assim, existem em qualquer classe social, apenas a performance e o resultado são diferentes.

Pensem bem: fazem tudo pelos pobres e quase nada pelos ricos.

O que fazem para eles são coisas que parecem querer fazer com que empobreçam!

Coisas como os preços dos bons restaurantes, teatros, carros, hotéis, escolas....

E quanto à saúde então? Nada de SUS (só para políticos ricos). Tem que pagar aqueles valores estratosféricos de planos de saúde ou de médicos classe AA, como se tivessem sido marcados ao nascer pela certeza de que suas gripes seriam quase incuráveis e precisariam de gênios da medicina para serem tratadas!

Se quiserem maior segurança, já que são alvos mais desejados por marginais tem que pagar por ela, e caro!

Tem também os olhos do mundo ou ao menos dos vizinhos em cima de suas vidas....

Se estudam muito, até chegar ao cume do conhecimento formal, são alvo de comentários do tipo: não fez mais que obrigação, com dinheiro é fácil.

Se são bem sucedidos profissionalmente também creditam o fato a terem dinheiro desde sempre...

Se pararmos para pensar, é uma vida de cobranças eternas.

Mas eles também são vítimas das intempéries da vida, como qualquer um, inclusive das perdas financeiras, mesmo que no caso deles não causem nenhuma grande tragédia, criam rombos desconfortáveis, ainda que proporcionais à situação.

Fala-se muito do consumismo exacerbado. E sou partidária desta crítica. Mas ao concordar, estou pensando naquele consumo sem sentido algum como o que valoriza marcas internacionais em detrimento das nacionais mesmo que tenham a mesma qualidade, aquela coisa de criança mimada que faz um escândalo se não lhe derem a 35ª boneca do mês ou insiste em ir ao cabeleireiro toda semana!

Se você pudesse, é capaz de jurar que não teria um apartamento em Nova York ou Paris? Que não teria uma Ferrari ou uma coleção de roupas do Karl Largenfeld?

Não, duvido que seria capaz de jurar!

Concordo se você disser que em algumas ocasiões trocaria o presunto de Parma por uma boa mortadela. Ou o bombom de cereja da Kopenhagen pelo da Cacau Show. Mas isso é coisa de paladar. E ninguém resiste ao prazer de um prato raro e bem elaborado. Se eles podem, porque não escolher o melhor?

Acho que entre os ricos, os que mais sofrem discriminação são aqueles que hoje não detém mais fortunas absurdas, mas que carregam o peso de sobrenomes tradicionais! Deles é cobrada uma postura que já não lhes cabe mais e são dirigidos comentários jocosos sobre cada um de seus passos.

Reflitam sobre o assunto, porque dinheiro, sempre foi e acho que sempre será um dos maiores causadores de conflitos entre as pessoas.

Mas dá prá melhorar pelo menos no contexto que coloco aqui, o das relações entre pessoas.

Também precisamos deixar de nos criticar por desejarmos ter todo o dinheiro do mundo. Isso seria muito bom! Ou não?

E pensem também que quem tem dinheiro, ou lutou para consegui-lo ou para manter o que recebeu de seus ancestrais.

Admirar a prosperidade de alguns não é errado. Ruim é vasculhar formas de encontrar defeitos nela.

Rico trabalha e estuda muito, afinal seus postos profissionais e suas escolas rigorosas exigem isso.

Ricos adoecem também

Ricos sofrem decepções.

Tá certo é mais agradável ir curar a tristeza em Bali do que na favela ou na praça suja do bairro. Mas dói do mesmo jeito.

Da mesma forma que não podemos generalizar dizendo que todo pobre é mal educado, sujo ou ladrão, não podemos dizer que todo rico é desonesto, fútil ou petulante.

Rico também é gente...

domingo, 8 de maio de 2011

Concordo

Muitas vezes acho que sou maluca ou totalmente sem noção de nada.
Raras vezes acho algum especialista em economia, sociologia ou afins com quem eu consiga concordar.
Nessa semana encontrei um!
Nas páginas amarelas da Veja, o filósofo Denis Lerrer Rosenfield.
Ele fala da interferência do estado na vida privada das pessoas.
Nos últimos tempos, 2 dessas intervenções me deixaram furiosa: a lei anti tapa e a anti fumo!
A anti fumo por motivos meio egoistas, tá, admito, mas mesmo assim minha revolta tem fundamento e agora depois da entrevista de Rosenfeield posso acreditar que não é delírio meu.
Cigarro faz mal. Faz. Prejudica quem está às voltas com a fumaça? Faz.
Mas daí a proibir o fumo em qualquer lugar, inclusive em alguns locais abertos é um absurdo! Fere o direito pessoal de fazer de sua vida o que bem entender. Poderiam sim, manter os antigos fumódromos ou que criassem por exemplo, estabelecimentos comerciais de longa permanência para fumantes. 
A lei anti tapa então, dispensa comentários, que aliás já fiz aqui ano passado.
O filósofo adverte para o fato de que "Nenhuma pessoa pode ser forçada a ser rica ou saudável contra a própria vontade. Se alguém decide fumar ou beber, isso é um problema dessa pessoa não do estado".
Neste ponto, abro um parênteses. A questão é em parte problema do estado quando pensamos nos gastos que o fumo ou o alcool podem gerar para os serviços de saúde ou para a previdência por exemplo.
Mas contra isso, o estado não deveria ser autorizado a criar proibições, mas sim fazer campanhas de orientação ostensivas.
O pior disso tudo é a questão de proibir-se o fumo e não o álcool (aí também influenciada por razões pessoais) Que palhaçada é essa! Afinal o álcool também destrói a vida de quem está às voltas com o alcólatra, ou não?
E não me venham falar de consumidores sociais, tá? Vão lá no site da OMS para saber as quantidades de alcool que determinam o alcolismo. Na maioria dos casos a quantidade é muito inferior do que as pessoas consomem por aí, de forma alegadamente social.
O filósofo considera que as intervenções do estado ferem o livre arbítrio das pessoas. Concordo totalmente.
Elege no Brasil, a Anvisa como a grande vencedora entre os interventores.
Cita também a recente tentativa de proibir a venda de medicamentos para emagrecer, que eu por exemplo conheço no mínimo a 40 anos! 
Registra a tentativa (eu diria ação mesmo) de impor padrões de conduta. É isso mesmo!
Mas quais ou quem são  os modelos? Pensem um pouco.... 
Ainda se a maioria dessas intervenções, surgissem a partir de decisões dos poderes legislatiivos, vá lá, mas como afirma o filósofo elas tem sido criadas pelo executivo. Isso, foge aos benefíicios democráticos, já que aqueles a quem elegemos para criar leis são atropelados pelo executivo.
Só quis registrar minha concordância e recomendar a entrevista, mas peço que reflitam a respeito e pensem sobre alguns aspectos:
- Um país deseducado absorve tudo que lhe é imposto.
- Começam decidindo que vc não pode fumar e ainda dão a entender que estão cuidando de você, como um pai bondoso...
- Aí, se aceitos com total passividade (atitude típica de povo inculto e não pensante), passam para outras áreas: não comam carne às segundas, depois às terças, quarta, etc... Dividam suas propriedaes rurais improdutivas (eles decidem o que é improdutivo, sem uso importante) com sem terras (eles vão produzir?) e por aí afora.
- Vai que resolvem determinar o que você pode ler? (já tentaram! lembram do caso da proibição do perigoso antro de  terroristas chamado Sítio do Pica Pau Amarelo?), ou ouvir, ou assistir?
Cuidado, lobos em pele de cordeiro sempre estão à espreita procurando por  pobres inocentes acéfalos ou desligados...  
Onde chegarão?
  

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Religião//Gays/Armas

Ô semana!

Se não bastasse o casamento do século na sexta, resolvem achar o Bin Laden (e matá-lo sem rastros) logo no começo da semana!

Aí, no Brasil botam prá ferver dois temas nevrálgicos: O desarmamento do cidadão comum e os direitos civis dos homossexuais.

Ah, sim! o primeiro tópico do post foi Religião...

Então comecemos por ele.

Falei em religião porque não sai da minha cabeça a Cerimônia Religiosa em "comemoração" à morte de Bin Laden.

Não lhes parece estranho isso?

Tudo bem, se somos vítimas de violência (como os parentes de 11 de Setembro e outros casos creditados ao extremista), temos mesmo vontade de pagar com a mesma moeda.
 Ao menos a maioria de nós, e ao menos nos primeiros momentos pós fato.
Eu sei porque já passei por isso. Mas, com o tempo, a tendência é mudarmos nosso estado de humor.

Agora, alguém já pensou em comemorar a morte de alguém? Seja lá quem for? Quem essas pessoas imaginam que são? Os detentores da verdade? Verdade essa que recusa a um mundo curioso e sedento de , digamos, satisfações diante de um corpo de alguém procurado há tanto tempo e que sem vida se desfaz no ar, ou na água, ou sei lá onde? 
 Bem, deixa prá lá, certo? Mas que eu acho estranho eu acho.

Aí, chega o dia da votação dos direitos civis dos homossexuais.

Que confusão! Quanta discussão, quanta campanha em prol do sim e do não.

 Lembro como se fosse hoje, da Senadora Marta Suplicy falando sozinha a esse respeito lá no TV Mulher da Globo. Era considerada por muitos quase uma subversiva!

 E eu, não poderia deixar de valorizar seu pioneirismo no Brasil, mesmo que não estejamos do mesmo lado ideológico.

 Sabe, tenho muitos amigos gays. Todos pessoas muito bacanas.

 Mas, todos sabemos que pai e mãe nenhum (a não ser que sejam gays, é claro!) sonham em ter um filho gay.

 E é simples de entender.

 Faz muitos séculos que a homossexualidade deixou de ser algo considerado comum.

Heteros em geral sonham com o casamento também hetero de seus filhos, aqueles que geram netos, genros jogados no sofá aos domingos e noras ajudando com a louça enquanto crianças correm pela sala.

 Mas isso não quer dizer que alguns pais heteros tenham a capacidade de aceitar a situação e muito menos significa que deixarão de amar esses filhos que lhes parecem diferentes.

Pode haver um período de incomprenssão, de desnorteamento, mas no fim quase sempre, acabam se acertando.

 Há os que nunca aceitarão. Esses deveriam procurar ajuda terapêutica ou pensar sobre o porque de tanta rejeição.... negação talvez? Ou projeção? Muito delicado falar disso aqui.

 Tem os preceitos religiosos também, mas esses eu me recuso a discutir.

Aliás, devemos nos lembrar que desde 1999 o Conselho Federal de Psicologia deixou de considerar a homossexualidade um desvio, doença ou perversão e os Psicólogos portanto não podem lidar com o assunto no intuito de "curar" algo que não é doença. Em 1990 a OMS tirou a homossexualidade da lista de doenças e em 1991 a Anistia Internacional, passou a considerar a discriminação como uma violação dos direitos humanos.

Em resumo é o seguinte: gostando ou não, TODOS somos uma coisa só: pessoas!

E isso não tem nada a ver com nossas preferências sexuais.

 Assim, aos olhos do direito, de nossa Constituição e sei lá mais o que, todos devemos ter direitos iguais!!!

Basta que aprendamos a conviver com as diferenças e que evitemos "invadir" os limites alheios. Podemos não gostar ou não entender, mas devemos respeitar.

Aí, prá rechear ainda mais a semana com explosivos sociais, começam a falar no tal Desarmamento da população.

De novo! Não chegou o plebiscito de 2005.

 Não dá prá ver que as armas que matam (a maioria) são as ilegais e na mão de bandidos?

Li não sei onde que 70% dos crimes são executados com armas nacionais, como se isso fosse razão para desarmar a população.

Prá mim significa apenas que os outros 30% são fruto de contrabando!

Desarmar a população não vai resolver as estatísticas criminais.

 Isso só vai funcionar o dia que houver punição para criminosos, no dia que a justiça não soltar os marginais que a polícia prende por questões jurídicas que só eles entendem!

 O código penal tem que ser revisado e cumprido com rapidez e eficiência, só isso.

 É preciso também haver prevenção, policiamento ostensivo etc... e tal.

Dizem que Wagner "Capitão Nascimento" Moura vai ser o garoto propaganda da campanha, por ter credibilidade junto à população. Tá..


Ufa?! Volto dizer: que semana!

 Mas paro por aqui porque senão volto a falar daquela coisa chamada educação que resolveria quase tudo: daria uma capacidade de refletir sobre preconceito, faria com que alguns escolhessem caminhos de paz (e não vissem no crime sua única alternativa de sobrevivência) e usassem a religião como o nome diz: para Re Unir, Re Ligare! Não para denegrir ou comemorar o extermínio de seus semelhantes que tem ideias diferentes.

E também faria as pessoas entenderem que Wagner Moura é um dos melhores atores de nossa história, carismático, especial mesmo, mas que é um ATOR.

Gente com educação não confundiria as coisas assim tão fácil...

P.S. Nem vem que não tem! Não defendo o terrorismo. Mas também não defendo o cinismo.

Que o restinho da semana seja tranquilo.     

domingo, 1 de maio de 2011

Brasil e Cultura

Falamos sobre tantas coisa que dizem respeito ao crescimento do país...

Tudo importa na atual conjuntura, mas é determinante que tenhamos uma visão mais ampla sobre o que é necessário para um crescimento real e definitivo.

E nada acontece da noite para o dia.

Hoje não vou falar de meu tema favorito: a educação.

Se bem que nada se faz sem ela, mas disso vocês estão cansados de me ouvir falar!

Hoje, lendo a entrevista do maestro Roberto Minczuk da Orquestra Sinfônica Brasileira na  Veja e unindo a isso recentes atividades minhas na área da cultura, me deu vontade de palpitar a respeito.

O maestro vem tentando introduzir na orquestra o critério da meritocracia e tem sido criticado por isso.

E vai continuar a ser combatido, podem ter certeza, porque no Brasil, teorias administrativas, por mais que sejam mundialmente aprovadas, aceitas e comprovadamente eficientes, são mau compreendidas , especialmente na área pública.

Falar em produtos culturais no Brasil às vezes parece inconveniente.

É como se no país só houvessem pobres coitados esfomeados e sem teto. Ou como se à eles, o acesso à cutura devesse ser negado ou não tivesse importância.

Produtos culturais englobam vários itens: a música, as artes plásticas, a dança, o teatro... 

E ao contrário do que muitos imaginam, não se trata de futilidade.

A arte sempre descreveu o que se passa na alma humana. O deslumbramento que uma boa peça teatral ou musical, um bom livro ou uma obra de artes plásticas causam nas pessoas, é o retrato da identificação entre dois seres feitos da mesma matéria física e sutil, que ali se reencontram, se reconhecem como um espírito uno, universal.

Todos esses produtos são fruto da criatividade humana. E isso não é pouca coisa. A criação é a pedra fundamental de tuudo.

O que isto tem a ver com o crescimento de um país?

Retornando às teorias administrativas, vamos relembrar um conceito já com bastante tempo de estrada nos Estados Unidos e na Europa, mas que, prá variar, por aqui só vem tendo ecos há poucos anos: a ideia de economia criativa.

Poderia dizer que a economia criativa é quase um desmembrmento do conceito de sustentabilidade.

Assim: a sustentabilidade é um conceito fundado em três pilares: o econômico, o social e o ambiental. 

O mais popularmente conhecido é o ambiental, muito divuulgado há bastante tempo, que diz que devemos ter ações que preservem o ambiente permitindo seu uso mas sem um desgaste que o extermine, garantindo sua continuidade e utilidade para as gerações futuras.

Dentro de seus raios de ação, os outros dois pilares dizem a mesma coisa.

A Economia Criativa, fala do uso da criatividade como produto de desenvolvimento econômico.

E um produto inesgotável!

Jamais chegará o dia em que ninguém mais criará alguma coisa nova ou um novo meio de usar coisas que já existam!

Além disso, talvez seja o único tipo de produto que não promove uma concorrência deslel, daquelas que geram conflitos absurdos entre concorrentes, já que em geral, um produto criativo de sucesso, leva à ânsia de outros criadores para criar algo novo ou mais completo. Ou seja, criatividade gera criatividade, promovendo assim, um ciclo economico sustentável, renovável, se isso for mais claro prá você.

E é neste ponto que o Brasil precisa urgentemente pensar em adotar a economia criativa no campo da cultura.

Criatividade não nos falta.

Oferecer caminhos para que toda a população conhecça arte e cultura e seja realmente "apresentado" à elas de forma consistente e motivadora é um dos caminhos necessários não só para a preservação de nossa identidade mas também de geração de novos talentos criativos.

O ponto a registrar afinal, é que talentos geram produtos (também os culturais) e que produtos geram dividendos.

O Brasil precisa acordar para a ideia de que dinheiro não vem só da indústria ou do comércio tradicionais, vem da arte também, da alma e do pensamento do seu povo.

Pensem nisso..