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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Srs Prefeitos

Bom, as eleições estão aí.



Entra ano sai ano, vemos cidades acometidas pelos mesmos males.

Moro em São Paulo, lido com as coisas da cidade há 31 anos. Não sou política e nunca fui vidraça. Sei que atirar pedras é facílimo, mas, já que dizem que estamos em uma democracia, acho que posso dar uns palpites.

Na verdade, alguns lembretes para coisas que parece que os prefeitos pelo país a fora não conhecem ou não percebem.

Se eu cansar de escrever, continuo outra hora.

1 - Vocês querem ter gente de sua confiança na máquina, certo? Então tá, a gente entende. Mas isso deve ser considerado apenas em meia dúzia de pontos chave. Não é prá encher as prefeituras de cargos comissionados não! Que tal investir em treinamento de funcionários de carreira? Ah tá, vocês vão dizer que eles não querem trabalhar? hummm essa é a cultura do funcionalismo? Então faça algo para mudar oras! Sei que em 4 anos vocês não conseguem, mas se ninguém começar....Só que prá isso acontecer, deve haver um toma lá da cá. Não, não tô falando dos habituais, mas de algo que qualquer executivo deveria conhecer: a meritocracia. Faz mais, ganha mais, é promovido... Mas prá isso, também é preciso uma coisa chamada plano de carreira que em geral ou inexiste ou é mal feito nas organizações públicas, isso quando não é desrespeitado. Aí fica difícil!

2 - Fala-se tanto de desvios de dinheiro, desperdício de verbas, roubalheira mesmo. Parece que ninguém se lembra de um troço chamado controle. E olha que isso não é novo hein? Inclusive, está a caminho e será na mão de vocês, em 2013, que um novo modelo de contabilidade pública começará a vigorar. É simples, basta usar. O controle interno é indispensável!

2- Fala-se muito também em poder do povo. Nos discursos pré eleitorais é o assunto da vez! Participação popular! Então, continuem assim! Só, que precisa avisar ao povo que ele pode e como fazer para participar do controle sobre o dinheiro e os bens que são dele.... Isso pede a divulgação ampla dos conselhos municipais e outras fontes de acompanhamento. Sabe? aquela coisa do princípio da publicidade se aplica aqui! E divulgar, não pode se restringir ao diário oficial e a pequenos jornais de bairro que ninguém lê. Tem que ir parar na grande mídia, em letras garrafais ou na bela voz dos locutores. O controle externo também é indispensável.

3- Todas as cidades tem problemas parecidos especialmente no que diz respeito às pessoas. O governo Federal e o Conselho Federal de Assistência Social através da LOAS criou os CRAS em todos os municípios para que administrem os programas e políticas sociais disponíveis. Neste caso minha recomendação é explicar direitinho e acompanhar muito de perto o trabalho dos envolvidos. Não se pode deixar ao raciocínio individual o que se deve ou não fazer, ao que se deve ou não assistir. As regras tem que ser claríssimas.

4- Não sei se vale em todo o país, mas educação municipal gira em torno do ensino fundamental, é isso? Creches eu sei que são. Aí nem vou dizer nada (já falei muitas vezes). Vou resumir assim: procurem no dicionário o significado de Fundamental. Ele se aplica direitinho ao que se tem que fazer aqui.

5 - Toda cidade fica em cima de um solo, certo? Tá. Então pensem: há solos e solos. Todos são passíveis de desgaste e são em quantidade limitada. Para lidar com isso há uma coisa chamada políticas para uso e ocupação do dito cujo que por serem desconsideradas provocam todas as tragédias que vemos por aí especialmente no verão. A terra, o solo, precisa ser ocupado com regras, considerando localização, tipo, estrutura e muito mais. Aprovar plantas  é coisa séria.  Você não sabe como saber sobre isso? Ouvi dizer que tem umas profissões aí que ensinam isso: geólogos, geógrafos, engenheiros, arquitetos, agrônomos... pense em usar o trabalho deles de forma séria!

6- E aí, voltando ao controle, tem uma coisa que talvez seja a mais importante: fiscalização constante e eficiente. Ah! você acha que todo fiscal é corrupto? Não vou entrar no mérito da questão, ela é de extrema complexidade. Mas te digo uma coisa: Quem corrompe?

7 - E por último mas não o menos importante, o Planejamento. TÁ! Eu sei que tem que ser o número um! Mas planejar o que, quando o que parece é que os que estão aí não sabem nem qual o objeto do planejamento? Planejam sim, muito bem, seu futuro pessoal e dos amigos mais próximos doravante denominados assessores, auxiliares, ou algo que o valha. Assim não dá!

Qualquer hora volto ao assunto.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Amigos imaginários 2



Pois é, tem gente que ainda acha que os que mantem amigos virtuais estão lidando com seres imaginários.

Há tempos venho falando sobre isso.

Sou uma pessoa que tem o privilégio de ter muitos amigos da forma tradicional, físicos, materializados. Eles vão entrando na minha vida e não saem. Há os de infância, de adolescência, da faculdade e todos continuam por perto, acabam agregando-se aos que vieram primeiro.

Porém, na loucura que é viver em uma cidade grande, nem sempre podemos nos ver. Diminuem as presenças físicas, restam telefonemas e encontros esporádicos. Mas o amor, o carinho estão lá.

Por isso adoraria convencer as pessoas que nas redes sociais a mesma construção é possível!

E precisamos parar prá pensar nisso antes que o mundo virtual transforme-se definitivamente em um mundo sórdido como o real. Por quê não tentar fazer dele algo melhor que o mundo real?

Tive que esperar uns dias para escrever isso aqui, pois no impulso eu sempre sou muito enfática. Mas, depois de 6 dias do primeiro dia do encontro com amigos virtuais (foram 3 dias), acho que já dá prá falar com alguma distância.

Foram reuniões deliciosas, onde fizemos de tudo para consertar o mundo....

Mas nada supera a delícia do encontro, da descoberta do olhar por trás do avatar, da voz que ganha vida a partir daí, dos gestos e especialmente do respeito e da certeza que a todos resta o desejo de ser apresentado a pessoas. E olha que estou falando de uma turma de "adversários" de gente com pensamento diferente. Mas seres humanos apaixonantes!

Três deles eu já conhecia pessoalmente. Os outros não. Mas conhecê-los reforçou minha certeza de que não me importo nem um pouco com o que as pessoas dizem que deveríamos ser ou fazer. Cada um de nós tem posturas diante da vida. A minha é gostar de gente. De todo tipo de gente. Raras vezes desisti de alguem. Se elas tem ideologias ou atitudes diferentes das minhas, busco outras qualidades, outros atrativos e claro, se os respeito espero ser respeitada. O que resta é alegria, boa companhia e reflexões, muitas reflexões.

Gente, acreditem: é possível fazer amigos nas redes.

Obrigada meninos!