Eu não sei o que anda acontecendo de verdade no mundo.
Lemos matérias falando sobre o hábito de ler, mas já faz algum tempo que não confio 100% em pesquisas.
Mas no Brasil, eu vejo ao vivo e a cores: As pessoas não tem o hábito de ler.
Embora vejamos pessoas lendo no metrô, no ônibus, nos parques, ainda não pude fazer uma intervenção real que me desse informações confiáveis sobre o hábito.
A tendência é que a cada dia leiamos mais usando ferramentas tecnológicas. Isso vai mudar muita coisa, formas de desenvolver o pensamento, possibilidades de interação com imagens e fontes diversas e tudo aquilo que você, leitor do Amália sabe bem.
Mas o livro de papel ainda está aí, aos montes.
E para quem gosta, lindos, maravilhosos sensacionais!
Vejam bem, nossos alunos (de todos os níveis) salvo raras exceções, não são estimulados a ler.
Nossa grade curricular indica livros que ao meu ver são inadequados para aquelas idades.
Nosso sistema educacional que promove alunos sem que estejam prontos para o próximo nível, produziu milhares de analfabetos funcionais.
Você pode observar e vai constatar que a maioria faz uma leitura silábica e pior, vocalizando. É como se o cérebro não registrasse o símbolo impresso.
Talvez seja resultado de anos de TV, vendo imagens e ouvindo o som. Ah sim! E sendo ensinado a ver cada dia mais TV!
Mas não pensem que sou contra o uso da internet ou da TV como fonte de informação. Aliás sou super adepta!
Porém, eu sei ler...
E isso significa que sei interpretar o que leio. E que tenho conteúdo assimilado o suficiente para ter opinião sobre o que leio.
E nossos leitores meia boca?
Será que sabem distinguir entre fontes confiáveis e não confiáveis?
Será que sabem como buscar o conteúdo de que precisam?
Gente! tudo isso depende de uma estrutura e uma dinâmica cognitiva que a maioria não tem!
Como vai ser o futuro deste país?
Continuaremos, por "ignorância inocente" sendo sequestrados por políticos espertos que sabem fazer campanhas que nos induzam a pensar que suprirão nossas carências para depois fazerem o que vemos por aí?
O livro vai acabar. Um dia.
Espero que até lá algo possa ser feito para reprogramarmos o cérebro do brasileiro.