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terça-feira, 28 de outubro de 2014

Eleições 2014 uma odisseia no inferno



2014 parecia que jamais começaria, agora parece que não acabará nunca.

Se não bastasse o 7 X 0, veio todo o resto.

Eu queria ter escrito algo no domingo, mas achei melhor deixar a poeira abaixar para não me igualar aos vencedores que agiram de forma surpreendentemente agressiva, com ataques pessoais ou provocações de toda espécie. Sabemos que é o modus operandi deles, mas desta vez foram longe.

Ganhou o velho, o que está aí há muitos anos, muito mais do que convém a uma real democracia. Um breve olhara ao redor do mundo e veremos que só em ditaduras um mesmo grupo permanece tanto tempo no poder.

Além disso, criou-se algo que o brasileiro sempre tentou evitar: uma divisão do país.

Mais uma vez, como é tradição, Minas Gerais definiu o ganhador com uma importante ajuda dos que foram ausentes, o que dá a Minas uma grande responsabilidade sobre o resultado da escolha .

De qualquer forma, foi uma eleição muito apertada que alegrou metade e entristeceu e preocupou a outra metade do país, especialmente sua maior cidade, São Paulo, onde o candidato do PSDB ganhou com folga.

É mesmo muito estranho imaginar que depois de tantos debates e diante de todas as denúncias COMPROVADAS, a população tenha optado pela continuidade. Claro, houve o apelo ao medo de perder os auxílios financeiros de programas sociais, mas esse tipo de estratégia infelizmente parece fazer parte dos hábitos de algumas ideologias.

Enfim, não há nada mais que possamos fazer agora, a não ser que as denúncias de fraude sejam investigadas e resolvidas. Mas será que o farão?

Mas desta vez tem que ser diferente.

Não podemos mais deixar que as coisas rolem soltas sem fiscalização ou cobranças.

A situação do país é muito ruim. O que eles chamam de crescimento das classes inferiores não passa de uma oferta de crédito que já demonstra seus efeitos na inadimplência. 

Indústria, comércio e serviços assistem à queda contínua de ganhos.

Os empregos de que falam, são medíocres, o empreendedorismo que creditam às facilidades do MEI, não passa, na maioria dos casos, de um novo nome para ambulante, camelô.

Falam do crescimento do acesso à universidade. Parece brincadeira! Basta um mínimo contato com alunos saídos das universidades nos últimos anos para saber que teria sido melhor que não tivessem tido acesso à ela. Em um futuro muito breve teremos sérios problemas com a péssima qualidade dos profissionais que formaram. 

Educação fundamental e média também não merecem menção, assim como a segurança, o combate ao contrabando, às drogas, a saúde. 

Resumindo: tudo

Os discursos de campanha e  pós vitória falam de vamos fazer isso e aquilo. Soa estranhíssimo vindo de quem está na cadeira há tanto tempo. Só nos resta esperar e cobrar.

E tem que começar com as reformas fiscal e política. Elas são inadiáveis e emprestando um termo usado várias vezes de ontem prá hoje, digo: doa a quem doer (deve ter sido ensinado pelo Collor).

Cabe a presidente fazer o que precisa e já deveria ter sido feito.

A nós, cabe continuar fazendo o que sempre fizemos mas com olhos e ouvidos mais atentos, acompanhar os atos de nossos deputados, senadores, governadores e prefeitos e finalmente mostrarmos que o brasileiro existe, age, vibra e não só no futebol. 

Eu começaria modificando os tais programas sociais porque enquanto não ensinarem a pescar, peixe nenhum será suficiente. 

Precisamos exterminar do país essa condição de extrema pobreza mas com a participação dos envolvidos ou a classe média não vai aguentar.

Não percam de vista que aos políticos não interessa a reforma política. Itens como voto distrital, representatividade e o fim da reeleição não é sonho de consumo de nenhum deles mas é necessário se quisermos evoluir.

A Aécio, PSDB e os que os apoiaram resta uma tentativa de seguir os passos de Lula, fazendo uma oposição acirrada, a qualquer preço como ele fez por tanto tempo, mérito que ninguém pode tirar.

Falar em reunir o país pode funcionar para muitos. Para mim não. 

Amo o Brasil, sempre fiz a minha parte mas não tenho que mudar nada desde que aceite o que for bom para o país e combata o que não for.

Deus em 2014 resolveu mudar de nacionalidade. Fomos parar na porta do inferno. Resta saber se entramos ou conseguimos voltar ao paraíso. 

Um comentário:

  1. Vendo o sofrimento do povo de Belágua, meu anjo, a cidade mais "dilmista" do Brasil, em que nada melhorou nos últimos 12 anos, vendo aquelas pessoas sem saneamento, saúde, educação, a triste constatação é de que o Sertão virou um Gulag do PT!

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