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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Casamento Real II

E a cerimônia aconteceu.

Trdicional, bela e acompanhada por cerca de 2 bilhões de pessoas pelo mundo, quase 3 vêzes a audiência da copa do mundo.

Multidões lotaram as ruas de Londres para saudar o Duque e a Duquesa de Cambridge, titulos recebidos pelos príncipes.

Kate como era esperado surpreendeu (e talvez tenha frustrado as mulheres ao redor do mundo) com seu estilo simples, básico, cheio de classe e discrição.

Ao contrário de modelos rebuscados que em geral são usados nessas ocasiões, o vestido de Kate lembrava os modelos  mais básicos como o de Grace Kelly ou da pernonagem de Julie Andrews em A Noviça Rebelde mas ainda mais simples.

Muito tem sido dito, e a própria rainha questionou o fato de que talvez o momento não fosse adequado para uma festa que custou cerca de 60 milhões de reais, já que a Inglaterra passa por uma grave crise econômica.

Mas é preciso lembrar que os gastos não vieram de contas públicas, mas da fortuna das duas famílias. 

O erário público custeou apenas os gastos com segurança (cerca de 13 milhões) e infraestrutura urbana.

É muito sim, mas pelo ponto de vista de gestão pública, os gastos são ínfimos se comparados aos lucros gerados para o país por meio do turismo, das patentes criadas para produtos e marcas referentes ao casamento e arrecadação pela transmissão e registros da festa  que renderão benefícios por um longo período.

Há também o fortalecimento político do Reino Unido como um todo e da Inglaterra em especial, pela demonstração de estabilidade e força que mais essa promessa de continuidade traz ao sistema monarquista parlamentarista.

O comentário da vez é a ausência de convidados vindos do Partido Trabalhista.

A fofoca principal, ficou por conta da ausência de Sarah Ferguson, a ex nora da Rainha de comportamento ,digamos, exageradamente liberal  e inadequado (recentemente foi "pega" fazendo lobby para contatos com o ex marido, Andrew).

Kate e Willian estavam visivelmente felizes e aparentemente ansiosos para encerrar a parte protocolar da cerimônia.

Ao mundo, resta não apenas desejar aos noivos felicidades e um casamento sereno, nossa missão como pessoas.

Também é desejável que como cidadãos de um mundo globalizado torçamos para que o casal traga equilíbrio e sensatez por muitos anos a essa nação tão importante para o continente Europeu e consequentemente para o mundo. 

P.S - De maneira nada britânica acordei atrasada para a cerimônia e só "cheguei" a Westminster quando os noivos já estavam sentados acompanhando o texto cerimonial. Que raiva!!!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

O Casamento Real



O Casamento Real


Nos últimos dias tenho visto muita gente querida e inteligente fazendo troça (ñ achei outro termo, sorry) com o fato de as pessoas estarem ansiosas pela manhã do dia 29.

Perguntam se alguém ainda tem interesse em festas da monarquia, se não há nada mais importante para se preocuparem, e coisas assim

Sinto muito! Mas especialmente enquanto existirem mulheres na face da terra, sempre haverá alguém interessado em casamentos de príncipes, ainda mais com uma plebéia!

Os homens, ou já não se interessam tanto assim ou disfarçam melhor.

Mas as mulheres... Não adianta! Deve ser por conta das estórias que ouvimos na infância, as Cinderelas, Brancas de Neve e Belas Adormecidas não desgrudam de nossa memória afetiva!

Estão lá aos 5 ou aos 80!

Além disso, quem não gostaria de fisgar um gato simpático e boa praça como o Willian? Mesmo que ele não fosse príncipe oras!

Para nós, mulheres mais velhas e contemporâneas de Lady Di, fica um leve vestígio de sentimento de mãe que vê o filho indo ao altar com uma bela garota!

E tem toda aquela multidão de mulheres usando vestidos carésimos, sapatos, bolsas, chapéus que iremos copiar ou criticar...

E o vestido da noiva? Vai dizer que não te interessa mulher? Faça-me o favor! Gostar dessas coisas, deslumbrar-se com um conto de fadas ultramoderno como esse, não te faz nem fútil nem burra não, tá?

Mas existem outra “atrações” menos banais nessa meio lenda moderna.


A foto dos noivos é da galeria de imagens da Veja


Kate representa boa parte das mulheres de hoje. As de classe média principalmente. Representa também todas as outras, a diferença fica por conta das condições que tem por ser filha de bilionários.

Assim: Kate é lindíssima e ao mesmo tempo “normal”. É adepta de esportes, universitária (a primeira na realeza), tem muito charme e muita classe. Parece madura. Foi femininamente independente ao declarar que Willian tem sorte de tê-la ao seu lado, ao contrário da sogra que declarou lá nos anos 80 que tinha sorte por se tornar uma princesa... Claro, que foi uma declaração infeliz e talvez tenha sido a ponta do iceberg que transformou o príncipe Charles no maior sapo do século XX! Fez coisas que as mulheres do seu tempo fazem: teve seus dias de modelo, estudou em uma boa universidade, foi morar com o namorado, no período em que estiveram separados caiu na balada.

E quero só ver se vai ceder a bobagens protocolares do tipo não poder usar botas ou meias foscas....

Não que eu seja contra o protocolo em determinadas situações, afinal ele ajuda a botar ordem na bagunça, só que algumas coisas não me parecem fazer sentido.

Entre as coisas menos banais, mas que me fazem pensar que estou sofrendo da síndrome da teoria da conspiração está um pensamento que não me saia da cabeça: se eu fosse um terrorista, não veria momento melhor para um atentado. Que eu esteja totalmente louca e errada e que a Scotland Yard ainda esteja afinada....

Tem outra coisa. Estamos falando da monarquia mais estável do planeta. Tradicionalíssima, mas mesmo que aos trancos e barrancos, capaz de fazer concessões em prol da própria sobrevivência e alguma modernização. Como por exemplo, engolir Camila ao invés de transformá-la na Wallis Simpson do século XXI. Ou dar a Willian a possibilidade de pedir a avó, sua soberana, “um tempo” de dois anos antes de assumir funções públicas para poder transpor a lua de mel e a conseqüente adaptação à vida de casado.

Só que, na minha cabeça neurótica (de novo a conspiração), isso me parece algo a mais. Acredito que ao final desses dois anos, Elizabeth II não sei por quais mecanismos e após certificar-se de que Kate realmente é “adequada”, transfira o trono diretamente para Willian.

Aí, Charles poderá continuar borboleteando com sua Duquesa da Cornualha e o Reino Unido ganhará um príncipe mais próximo e semelhante ao seu povo e uma rainha jovem (na idade e nas idéias) que pode vir a se transformar em um marco para a história mundial e não apenas mais um retrato nos livros de história.

Quer saber? Chega de me justificar! Quero ver a cerimônia, o vestido, os chapéus, as carruagens sim. Tenho dito! Afinal, sonhar não faz mal a ninguém...

Me perdoem pelos tremas e acentos nas idéias! Meu corretor não está atualizado e não faço idéia (de novo) de como fazer isso.....

sábado, 23 de abril de 2011

Boa Páscoa

Nos tornamos seres materialistas. É natural em uma civilização onde dinheiro, poder e status fazem mais a cabeça das pessoas do que valores morais ou sentimentos.

Fazer o quê, certo?

A Páscoa, como o Natal e outras datas comemorativas, também sofreu com a visão materialista, comercial.

Ou alguém discorda que hoje a maioria está mais preocupada com os ovos de Páscoa do que com significados da data? Basta tentar entrar nas lojas de chocolate e nas igrejas para comprovar...

A data é comemorada por muitos povos e tem o significado de "passagem", com sentido de mudança de etapas, recuperação, renovação.

Em tempos muito longínquos comemorava-se no hemisfério norte o Equinócio de Primavera, celebrando a renovação da Terra, hoje as religiões pagãs chamam a festa de Ostara. Ovos são decorados representando a fertilidade.

Entre os judeus a Pessach (passagem) comemora a libertação do povo judeu no Egito.

Mais tarde, cristãos passaram a celebrar ressurreição de Cristo.

A Páscoa é a principal data católica.

Independente do que pensemos a respeito de uma data de uma celebração, acredito que a busca de renovação, de uma passagem para uma vida melhor, mais saudável, mais próspera mais produtiva e amável é sempre bem vinda.

Gastem pequenas fortunas com chocolate, brinquem e curtam com as crianças, busquem os templos que frequentam, mas principalmente parem por alguns minutos e reflitam sobre renovação, sobre liberdade.

O que isso significa para você?

Não é hora de fazer sua parte para "ressuscitar" este mundo, este planeta, estas vidas?

De qualquer forma, uma boa Páscoa para você!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Por enquanto Realengo II

Não sou de me chocar tanto.

Talvez o fato de ter sido pega de surpresa mais do que outros, já que só soube dos fatos às 13 horas, me fez não conseguir esperar o esclarecimento dos fatos para escrever.

Também,esclarecer o que? A coisa foi feita, é trágica sim, para as famílias, para a escola, para as autoridades e até para a família do atirador.

Os motivos que o levaram ao ato não mudam muito as coisas, podem no máximo apontar um pedaço do fio que se puxado desvendará diversos nós a desatar.

Insisto em duas coisas:

1ª  Por conta da descaracterização de nossa cultura somada à péssima qualidade da educação observada já há uns 30 anos pelo menos, o povo brasileiro vem a cada dia,adotando como modelo o que vê na TV, no cinema e mais recentemente nos vídeo games. E o que se vê, não é lá muito delicado, pacífico. E tem os noticiários internacionais também.

Não, não estou defendendo a censura aos meios de comunicação e ao entretenimento. Não sou tão simplista e idiota assim. Me refiro ao fato de que o resultado das mudanças das relações familiares nas últimas 3, 4 décadas, mais o declínio da qualidade de ensino, legislação cada vez mais limitante no que se refere ao rigor com jovens e adolescentes, as pessoas vem perdendo "o pé" da situação.

Também não estou bancando a velha saudosista não!

Porém, é comprovável que antigamente, até os anos 60, 70, pais e professores eram os modelos a adotar. E em geral eram bons modelos. Mesmo quando eram ruins, eram respeitados, por convenção ou por medo.
Sou Psicóloga, por isso lamento dizer que as teorias de minha profissão (tão amada) juntamente com a Pedagogia, (especialmente o construtivismo), colaboraram e muito com a perda de controle social ao tornar o que chamam de "espontaniedade" ou "liberdade individual" algo sem possibilidade de ser alvo de crítica, de ponderações.

A transmissão de TV de igual conteúdo para todo o país, provocou sim uma alteração de comportamento nos rincões mais longínquos. Hoje, não há muita diferença entre o comportamento do sertanejo, do índio, do morador dos fundões do sul ou do centro do país. Todos são "alimentados" com as mesmas teorias, atitudes e desejos de paulistanos e cariocas. Isso nos descaracterizou. Nos afastou de nossas raízes, de nossa cultura e de nossos princípios. O que nos restou é aquilo que sempre chamo aqui de macaquismo, de coisa de mico de circo, que no nosso caso, faz um esforço enorme para parecer com o que vem de hollywood. Só que de lá, não vem só estórias e histórias edificantes. Essas, em geral atraem muito pouco à massa de pessoas afetadas pelas mudanças negativas que sofremos. Chamam mais a atenção daqueles um pouco melhor orientados. O atraente mesmo são os filmes e vídeo games onde matar, destruir, trair, humilhar são o tema, a razão de existir...

Aí, vem a história do bullying! Até o termo foi confiscado de nossos vizinhos do norte. Implicâncias cruéis sempre foram características presentes na vida de crianças e adolescentes. Só que havia duas diferenças. Ou eram sofridas e mau ou bem resolvidas pela própria pessoa ao longo do tempo ou eram podadas drasticamente pelos pais, professores ou até pelos amigos mais conscientes dos próprios envolvidos.

Agora, se hoje um pai falar em dar um tapa em um filho, pode ser preso. Generaliza-se a coisa como se qualquer tapa, fosse um espancamento ou fosse deslocado de qualquer motivação. Aí, chega-se aos píncaros da glória de situações como daquele garoto de 11 anos da grande São Paulo que tem uma ficha criminal quilométrica mas não é preso nunca, apenas detido e devolvido à família.

 Ainda sou obrigada a ouvir um "especialista" dizer que o lugar do garoto não é atrás das grades, mas no "seio da família recebendo muito amor". Tenha a santa paciência!

2ª  Há uns 4 anos, li um livro fantástico sobre o jornalismo criminal contemporâneo. Lamentavelmente não me lembro do nome do autor ou do título. O livro fala das mudanças adotadas na abordagem do crime pelos meios de comunicação,especialmente os jornais impressos, que ao contrário do que acontecia nos anos 60, 70, criaram uma espécie de código de ética e deixaram de estampar em suas páginas fotos de cadáveres ou de enaltecer, dar ares de grande feito a atitudes agressivas,a crimes contra a pessoa. Isso foi feito por concluírem que a exposição impensada dessas coisas dão à elas a cara de um feito heróico. Para alguns, seria a única forma de "aparecer", sobressair-se, chamar a atenção. Concordo totalmente.

Aliás, isso aconteceu no Brasil há alguns anos quando um bandido bonitinho quase virou herói nacional. Na época, não sei quem foi o salvador da pátria, que deu um jeito de arrefecer a história e descolorir os fatos, dando à eles no máximo o tom cinza que realmente teria. Mas, se não me engano foi feito um filme à respeito. Não precisa ir longe, recentemente filmou-se a história do ônibus lá no Jd Botânico que foi sequestrado e acabou em mortes. Outro dia mesmo, Bruna Surfistinha estreou, e com certeza será visto como modelo por muitas garotas por aí. Ainda não vi o filme, mas imagino o que vou encontrar.

Há poucos dias, conversando com uma jovem de 24 anos, ouvi o seguinte comentário: O que acontece com a nossa geração? Ela se referia a relacionamentos de casais jovens que cada vez com mais frequência são recheados por agressões físicas (até assassinatos) e dificilmente duram mais do que dois, três anos.

Minha reposta foi impulsiva: falta tudo! ética, noção de qualquer coisa, maturidade, informação, educação, respeito, capacidade de raciocinar e achar soluções adequadas.

É claro que lamento pelas vítimas de Realengo e suas famílias, professores, amigos.

Mas lamento muito mais pela degradação do ser humano aqui ou em qualquer outro lugar do mundo!

Pelo desprezo ou no mínimo indiferença cada vez maior que temos pelas pessoas, pelos relacionamentos, pela vida.

Pior ainda será ouvir os discursos  sensibilizados e determinados de autoridades públicas jurando soluções imediatas.
Elas não existem. Deixamos a coisa ir longe demais, e o retorno a uma situação menos ruim será longa e complexa alem de exigir empenhos de todos: polícia, justiça, famílias,educadores e sei lá quem mais.

Façamos nossa parte.





Por enquanto Realengo

Por enquanto,só falo aqui muito superficialmente, em choque. Apenas reproduzo o comentário que fiz no blog do Fernando Gabeira:


Cheguei em casa às 13 h e vi a notícia pelo meio noSP TV.


Eu já havia falado sobre isso no blog e no Twitter mais de uma vez.

A cada década, o brasileiro vem incorporando características do povo americano. Pena,que as piores delas.

Não desenvolvemos as positivas: o empreendedorismo, a dedicação aos anos de estudo, o respeito pelo trabalho, enfim,a pujança daquele povo.

Sei que o comentárioparece simplista, há muito mais do que isso a dizer, mas diante de mais esse choque, é o que dá prá comentar no momento. Como você, observarei as notícias, quem sabe depois tenha algo mais a dizer.

Agradeço a atenção.

terça-feira, 5 de abril de 2011

O que é Política?

Dia desses cobrei de uma amiga querida do Twitter pelo seu sumiço da TL. Quis saber o motivo do afastamento.

E ela disse algo sobre estar desapontada com questões políticas que vem acontecendo no país e que obviamente são muito comentadas nas redes sociais. Também falou sobre suas reflexões pessoais sobre Política.

Eu respondi que procuro não me envolver no assunto,do qual não gosto e para o qual não vislumbro soluções ideais pelos próximos 30, 40 anos.

Só que aí, sabe como é, né? Fiquei com isso na cabeça e sabia que ia ter que escrever sobre o assunto.
Então tentei pensar de como falar a respeito e o que me veio a mente, foi um paralelo com nossa formação escolar.

Ninguém começa o 1º ano da escola tendo todas as respostas. Seguimos passo a passo destrinchando conceito após conceito, somando conhecimentos até que nos tornamos detentores de informações coletivas mas com um que de individualismo, de originalidade.

Bem ao menos é assim que acho que deveria ser.

Adolescentes, aos 16 já nos cobram discernimento sobre Política, na medida que nos permitem votar.
Vivo dizendo aqui que não entendo (e nem gosto) do assunto, mas diante da reflexão causada pelo diálogo on line, resolvi voltar aos primórdios do meu conhecimento e repensar, rever o assunto.

Então vamos lá:

Existem inúmeras e cansativas definições para o termo. A maioria todos conhecem, ou deveriam conhecer a partir do momento em  que tem aquele documento tão desprezado nas últimas eleições chamado Título de Eleitor.

Política, para começar,é uma ciência.

A ferramenta para resolução de situações de interesse coletivo, público.

É por isso que seus representantes são escolhidos por grupos de uma determinada comunidade,seja ela um município, um Estado, um país.

O que parece é que as pessoas se perdem em um detalhe: a observação dosignificado do conceito de ciência.

Todas as abordagens chamadas de ciência tem uma característica indispensável em comum. Todas elas lidam com fatos, situações, fenômenos que podem ser observados ou provocados mas que também são previsíveis em situações que apresentem as mesmas variáveis.

Assim, e se eu estiver totalmente equivocada (pode ser,viu?), que me corrijam os cientistas de plantão, mas eu tendo a deduzir, que os processos políticos,assim como as formas de se exercer um cargo público devem ser vistas como coisas absolutamente previsíveis.

Porque então estamos nessa confusão toda há séculos? Porque não atingimos um mínimo de equilíbrio nos acontecimentos do país.

Será que é algo assim? :

Os fatos: 
 Um sujeito, nasce lá pelo começo do século 20 em um Estado qualquer do país. Uns 20 e poucos anos depois inicia uma carreira política, galgando os degraus existentes. E por  uns outros 20, 30 anos mais , ele chega ao topo da carreira política.

As variáveis a observar:
 Desde pouco depois do início da carreira, observa-se que as ações do sujeito não condizem com o discurso que o levou à ser eleito. Ele passa a ter uma atitude um pouco mais autoritária do que o normal, passa a executar atos indignos como agir como "o dono do pedaço" ou rei da cocada preta, como queiram. Enfim, ele se transforma em uma espécie de candidato à imperador superpoderoso. E chega lá, já que se continuarmos a observar, veremos que  cada vez mais toma posse de coisas e ações que deveriam pertencer ao povo ou dirigidas ao seu bem estar.  Ao invés disso o sujeito demonstra claramente um enriquecimento pessoal significativo acompanhado de arbitrariedades de todo tipo, enquanto o povo que representa se vê cada vez mais numa miséria e falta de condições gerais crescente. E o mesmo fenômeno se repete a cada novo pleito eleitoral.

Resultado:

Podemos observar por 30, 40,50 anos e mesmo com a alteração de alguns aspectos das variáveis, constataremos que o nosso sujeito subiu, subiu, subiu, e! chegou onde queria,afinal,dali não dá mais para passar....

Claro, alguns não chegam tão alto, mas cometem os mesmos atos dentro de suas possibilidades. E não tem prejuízoo não, se assim fosse, desistiriam com certeza.  

Aí eu penso... será que ao invés de discutirmos política como fazemos, e tentar explicar à população como funciona o voto, o que deve ser considerar ao exerce-lo, o que se deve evitar,etc... não deveríamos começar pelo ensino deste conceito de exatidão do método científico de observação?

Quem sabe assim, os eleitores compreendam que não adianta insistir em alguns candidatos, partidos ou tendências, pois os resultados serão sempre os mesmos.

Quem sabe se começarmos a demonstrar (cientificamente, é claro) que uma macieira não produz jabuticabas  ou que um pato não pode cumprir a promessa de gerar uma mula,  as pessoas consigam compreender de onde podem partir suas observações ao começarem a pensar na sua escolha em futuras eleições.

Se você discordar 100% do meu desabafo, peço a gentileza de tentar me responder:

O que é Política?

domingo, 3 de abril de 2011

Protesto Folha!

Eu protesto veementemente contra uma matéria que acabei de ler na Folha . com. Ela começa dizendo coisas assim:

""Não precisa! Os meus meninos tomam aquela merda no grito!"
A frase é atribuída ao general Zenóbio da Costa, um dos comandantes da Força Expedicionária Brasileira na Segunda Guerra, sobre a necessidade de mais treinamento e planejamento para ir lutar contra os alemães.

"No Brasil, achava-se que uma semana no mato equivalia a treinamento de combate. Muitos acreditavam que a fanfarronice encenada em campanhas nas coxilhas ou nos tiroteios contra estudantes paulistas destreinados bastasse para enfrentar o Exército alemão", diz o historiador Cesar Campiani Maximiano, da PUC-SP

Acredito sim, que o General tenha dito a frase. Isso só mostra a impetuosidade e até a "falta de jeito" do brasileiro . Mas descreve também a confiança do comandante na capacidade daqueles homens em defender os interesses do país. Interesses aliás que não eram do povo mas do governo, como sempre apoiando o alcance dos ideais americanos para os americanos.

Quanto ao dito pelo historiador da PUC-S.P., lamento informar que está errado! Essa situação, essa forma de pensar, além de não ser voz geral entre nossos pracinhas é totalmente equivocada! Ninguém acreditava que "uma semana" no mato seria suficiente, mas o que foi oferecido como treinamento foram "algumas semanas" no mato e nas montanhas de Minas Gerais.

Chamar de fanfarronice as campanhas encenadas ou os confrontos com estudantes é no mínimo desrespeito.

Barbudos, sujos e fatigados? Srs historiadores.... Eles vinham do Brasil, a maioria do interior, arrancados de uma vida pacata e pacífica ao lado de suas famílias... Essa vida que até hoje vive a maioria do povo brasileiro, não vocês historiadores, pesquisadores, "cabeças" de universidades de grande nome! Vocês sabem do que "analisam" por observação e estatísticas, mas em sua maioria não sabem o que foi naquela época cuidar da terra, dos bois, da liberdade, assim como não sabem realmente, só hipoteticamente  (apesar de falarem muito) o que é hoje viver das promessas publicadas por governantes enquanto tem que andar léguas, sim pq ainda se anda "léguas" no Brasil para chegar à escola ou trabalhar mais de um mês para ter acesso ao valor da cesta básica.

Levem em conta o "romantismo" típico de todo brasileiro e especialmente daqueles que hoje estão na faixa dos 80, 90 anos ao falarem que "brincavam" com minas antitanque. Se isso fosse realmente literal, as baixas teriam sido maiores.

Falta de motivação ou motivação errada?

Sim, concordo. Não deveríamos ter ido.... Que o Eixo e os outros aliados o fizessem. Nossa vida ia devagar mas ia. Nosso povo sempre tendeu ao pacifismo e a aceitação das diferenças. Se não fosse assim, não teríamos hoje uma quantidade tão grande de alemães, japoneses e italianos vivendo no país, grande parte deles vindo pós 2ª guerra em busca de que? Liberdade.

Ganhamos o que? Uma Siderúrgica. E se ela não tivesse existido? Talvez demorássemos mais, mas darámos algum outro jeito de alavancar nossa economia.

Muitos não sabiam da motivação daquele confronto?

Não, não sabiam mesmo.  Ou será que vocês acreditam que quem votou em Fichas Sujas ou palhaços nas últimas eleições sabiam o que estavam fazendo?  Ou seja, apesar da existências desses "intelectuais" no Brasil, quanto à  isso a situação não é muito diferente hoje do que era naquele tempo.

Alguns eram motivados pela possibilidade de uma mudança de vida (ao retornarem)? Fugiam do calor excessivo, das moscas e da miséria? Foi assim também no Vietnã, sabiam? E lá, eram americanos, como vocês disseram na matéria nossos "tutores". Mas americanos saídos dos guetos, com 16,17 anos.... atendendo aos anseios de seu governo e jamais de seu país, aquele representado pelo povo, que definitivamente não queria aquele massacre.

Citam outros motivos para a desmotivação: a comida ruim, o frio intenso, a falta de higiene. Eu citaria ainda o desconhecimento do idioma dos aliados e dos inimigos, que afinal foi aprendido na raça, em tempo recorde e o relevo complicado dos Alpes italianos.

Mas garanto, que ninguém saiu daqui achando que iria para uma festa.  Porém, comer feijão enlatado (adocicado) nunca foi ou será sonho de consumo aos acostumados ao charque, à feijoada, à carne assada na brasa, ao queijo meia cura ou ao chimarrão...

Os uniformes distribuídos pelo 5º Exercito Americano aos nossos pracinhas eram adequados sim, mas habituar-se ao frio intenso e naquelas circusntâncias deve ter sido muito difícil mesmo para quem zarpou de um Rio 40º ! Ou será que eles foram muito sensíveis?

Foram cerca de 445 missões, 20 mil "inimigos" presos, proporcionalmente poucas baixas.

Mas mesmo assim, nossos historiadores, comentaristas e etc insistem em referir-se aos Ex Combatentes com um certo desdém.

É, de certa forma é como dizem: nem a Máfia teria sucesso por aqui diante de nosso temperamento.

Lamento, e faço 2 sugestões:

1 Aprofundem suas pesquisas conversando com sobreviventes daquele período lá na Itália. Perguntem à eles como era a convivência com os soldados brasileiros. Perguntem o que eles faziam com as rações intragáveis que recebiam. Com as barras de chocolate que deveriam servir para aquecê-los e não para alimentar os pequenos italianos das cidades destroçadas.

2 Novas oportunidades bélicas estão se anunciando lá no Oriente Médio. Se o Brasil entrar nessa, façam o seguinte: alistem-se, sejam voluntários como muitos daqueles homens.

Aí sim, reescrevam suas percepções.


Para finalizar, ofereço à vocês, um pequeno trecho desta música aqui:

Canção do Expedicionário (de Guilherme de Almeida)

Você sabe de onde eu venho ?
Venho do morro, do Engenho,
Das selvas, dos cafezais,
Da boa terra do coco,
Da choupana onde um é pouco,
Dois é bom, três é demais,
Venho das praias sedosas,
Das montanhas alterosas,
Dos pampas, do seringal,
Das margens crespas dos rios,
Dos verdes mares bravios
Da minha terra natal.

Por mais terras que eu percorra,
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá;
(...)