Enter your email address:

Delivered by FeedBurner

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Bloqueio Criativo


Olá Pessoas!

Meus seguidores tem reclamado que meus blogs estão "parados".

É verdade, tenho escrito muito menos do que o habitual.

Mas calma! Isso acontece com muita gente, é o tal do "bloqueio criativo" um mal que afeta vários profissionais que dependem de ideias para trabalhar, como escritores, publicitários, designers e artistas em geral.

Eu não sou uma profissional! Sou apenas uma pessoa que achou nos blogs uma maneira de "falar com as paredes" diferente, de pensar alto, ou coisa assim.

E foi muito bom descobrir que muitos gostam de ler o que escrevo, comentam, opinam, embora o façam muito menos do que eu gostaria.

O tal bloqueio criativo uma hora passa, mas como fui acometida por ele, resolvi expor o fato para que, quem sabe, ele se "assuste" e vá embora!

Como não sou profissional, escrevo quando quero e 95% das vezes sem nenhum planejamento. Só escrevi com antecedência, a última série de posts do Paz e Tal. E não gostei. Não adianta, meus textos só ficam razoáveis quando escrevo de forma impulsiva. Também não reviso textos. Eles são publicados exatamente como surgem na minha cabeça e por isso flutuam entre estilos e assuntos diversos.

É a primeira vez que o bloqueio acontece, aí fiquei pensando nas causas do problema, relembrando casos do consultório.

O bloqueio pode surgir por muitos motivos e é diferente em várias situações.

Quando ele vem em sua atividade profissional, procure causas organizacionais, como pressão por resultados, um clima ruim, um chefe novo (que vc ainda não sabe como reagirá) e stress pré promoção ou diante de uma fase de corte de gastos por exemplo.

Nos artistas, embora os motivos possam ser bem concretos como pressa em entregar uma peça encomendada, uma exposição que ainda precisa de mais obras,  em geral são motivos pessoais, subjetivos, como "falta" de sensibilidade, uma fase pessoal complicada, um amor novo e perturbador, um desamor...

Gestores podem ser bloqueados até por mudanças no mercado mundial...

Não podemos deixar de lado, possíveis causas físicas como doenças diversas que minam o organismo e afetam, as funções cerebrais.

Depressões são grandes bloqueadores, uma espécie de fator 50 anti criatividade.

Euforia também. Às vezes estamos tão "ligados" que as ideias se perdem num mar de sensações intensas e confusas que tornam o processo criativo um caos de dispersão.

Alguns falam em falta de tempo. Não acredito nisso.

No meu caso, não é o tempo que determina se vou escrever ou não. As ideias muitas vezes surgem no meio do dia, durante uma reunião de trabalho ou conversas com amigos... e aí, TENHO QUE escrever, é como se as ideias quisessem sair de mim e voar para o papel ou para a tela do PC.

Ultimamente, ando enfastiada com as coisas absurdas que acontecem por aí em vários setores da realidade. O incômodo vem da programação da TV, passa pela educação no país, pela segurança, pelos cataclismas políticos ou econômicos mundiais sem falar nas coisas da natureza.

Tá tudo tão errado e todos parecem tão cegos e surdos que eu desanimo mesmo....

Situações pessoais também podem ter colaborado para a escassez de textos, e isso também é muito comum. São aquelas situações em que o medo toma conta de nós. Medo de uma auto exposição exagerada, de falar bobagens ou ainda o fato de estarmos mergulhados em sentimentos, pensamentos pessoais, dúvidas que nos absorvem tanto que param tudo, inclusive qualquer pensamento criativo.

Mas passa e quando menos esperamos já estamos por aí dividindo opiniões e dando palpite na vida alheia.

Aguardem

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Pacificação dos Morros Cariocas

Em plena véspera de 7 de Setembro, o Morro do Alemão volta a fazer barulho.

Na sequência das notícias pela net e dos plantões dos telejornais, vieram as reações nas redes sociais.

Críticas ao governo do Rio, ao Exército e à PM.

Lamento, mas o buraco é mais embaixo. Ou começa em outra localização: num planalto.

E não é só lá, e nem começou ali! Vem sendo cavado há décadas pelo descaso com a coisa pública, com os direitos do cidadão e com os deveres do Estado.

Não faz o menor sentido as pessoas dizerem que a política de polícia pacificadora não deu certo. A não ser que isso seja usado como tiroteio político eleitoreiro, arma vazia e também sem fundamento quanto à busca de soluções reais.

As UPPs são apenas 1 passo para a solução. E não é possível que acreditemos q a presença ostensiva de militares seja a saída. É remediação e como tal não pode se tornar eterna.

É preciso investimento pesadíssimo em "civilizar" o povo brasileiro. Dar educação, saúde, emprego, noções de cidadania e direitos sem esquecer de lhes apresentar os deveres. É preciso traduzir aos menos avisados seu papel como eleitores.

Indispensável políticas públicas de direito e saúde que orientem quanto ao planejamento familiar, para que muitos descartem o raciocínio de ter muitos filhos para receber mais bolsa isso ou aquilo, salário família e coisas no gênero. Para esta etapa precisamos de médicos, advogados e assistentes sociais bem capacitados.

Lentamente, alcançaríamos a meta de ter uma população pensante  e bem orientada que saberia distinguir medo de respeito.

Mas respeito pelo quê?

É preciso haver respeito pelo Estado que tomaria seu lugar de origem, aquele que organiza e sustenta uma nação.

Só quando a população tiver a certeza de que pode contar mais com o Estado do que com o traficante ou as milícias ela fará um movimento na direção inversa à de hoje.

A polícia do país tem problemas. Em todos os estados. Mas as UPPs tem feito o trabalho possível.

Cabe à nós, toda a população do país, fiscalizar e torcer à favor, independente de quem está no poder.

Cabe à nós também, levar ao poder gente honrada, ética e competente.

E tudo isso leva muito tempo.

Por enquanto, qual a solução além de apagar incêndios?

terça-feira, 6 de setembro de 2011

7 de Setembro

Vem ai o 7 de Setembro, Dia da Independência do Brasil.




Dia em que sempre tentamos demonstrar nosso amor pelo país, nosso orgulho pelo nosso povo e por nossa liberdade... É o dia da Pátria. Pátria, aquele lugar onde nascemos e onde somos cidadãos. Cidadãos, aqueles que tem direitos e cumprem deveres.

A maioria de nós é cumpridora de deveres sem a menor dúvida. E também sabemos o quanto são precários nossos direitos. No mínimo são difíceis de alacançar.

Mas amamos esta terra. É algo intrínseco. Temos orgulho de sermos uma nação que sempre tentou preservar a paz, acolher outros povos e culturas, etc etc.

No dia 7, além do espírito de comemoração, é preciso que fique implícito que pretendemos preservar a liberdade. E para isso, não podemos nos calar.

Sim pq no dia 7, também deveríamos mostrar orgulho por nossas instituições. E isso anda meio escasso.

Faz parte do conceito de liberdade no contexto deste dia, que o povo seja feliz. Mas não feliz apenas no carnaval ou no dia da final do campeonato de futebol. Feliz no dia a dia. Feliz por ter saúde, trabalho bem remunerado, educação e uma excelente representação política que além disso seja o mais homogênea possível.

Um povo orgulhoso de sua liberdade não cede a pressões externas nem faz alianças com quem não prima pela liberdade de outrem.

Um povo orgulhoso de sua pátria, defende com unhas e dentes seus governantes.

É possível ter esse tipo de atitude no Brasil de hoje?

Por esses dias muito se falou de que deveríamos "sair" da frente do computador e ir para as ruas protestar e fazer reinvindicações.

Não vou fazer isso. Hoje, podemos  demonstrar nossas opiniões para muitos de várias formas.

Precisamos sim, ficar atentos na frente ou não do computador, às promessas que vem sendo feitas.  Da crença divulgada de que a crise mundial não nos atingirá. A crise é muito maior do que vem sendo dito, e uma hora explode. Todos sofreremos.

O Brasil precisa manter sua independência. Para isso precisa de muitas coisas, em especial educação. Aquela educação que traz capacidade de raciocínio, de análise dos fatos, que não nos expões à influência da lábia alheia.

Precisa varrer de seu território meliantes oficiais, com mandatos  muitas vezes intermináveis e cuja influuência não vê desgastes.

Precisa esquecer ou reavaliar os preconceitos vindos do passado recente e passar a cobrar um investimento e um rspeito maiores em relaçao às Forças Armadas, que no limite do risco, será quem defenderá nossa liberdade.

Você ama o Brasil? Então, amanhã, tire um tempo prá pensar sobre o que você quer e o que você tem. Divida suas opiniões e comece a planejar seu futuro sem esquecer, que vc é parte de uma nação e que seu crescimento depende do desenvolvimento de seu país.

Viva o 7 de Setembro (ou será ressucite seu significado?)

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Greves e serviço público

Greves surgem como grama no mundo da administração pública brasileira.

De norte a sul do país, serviços considerados essenciais são suspensos.

O discurso dos governantes não muda, continuam alegando oferecer valorização. Então por que será que as greves acontecem?

Enquanto isso, a população reage como seria esperado de quem tem serviços essenciais suspensos: com revolta, indignação. Mesmo porque, alguns dos governantes que vem à mídia para falar a respeito foram eleitos por eles, então, supõe-se que haja uma relação de confiança.

Nenhum de nós, em sã consciência concorda com a suspensão de serviços essenciais, mas será que todos tem a ideia da importância de se observar com cuidado essa relação de custo benefício que está envolvida na situação?

Sim, acho que todos concordam que para a realização de trabalhos indispensáveis ao bom andamento da vida nas cidades é necessário que os trabalhadores que os executam estejam minimamente satisfeitos com as condições de trabalho e remuneração que lhes são oferecidas.

E eles não estão. Os salários são baixos, aumentos reais são substituídos por gratificações e incentivos temporários. A valorização profissional/pessoal, o bom clima organizacional, os planos de carreira existem, no papel.  A relação com a população é extremamente prejudicada pelas notícias de funcionários públicos corruptos ganhando milhões em falcatruas ou por herança genética país à fora, como se fossemos uma monarquia ou coisa assim.

Já que acreditam nas declarações de seus eleitos, a população deveria inteirar-se mais sobre o que é feito nas estruturas públicas em relação àqueles que como costumo dizer, "carregam o piano". Sim, porque uma cidade não se sustenta apenas com seus políticos, seus médicos, professores, procuradores.... Ela precisa imensamente de coveiros, escriturários, faxineiros e outros profissionais de nível básico ou médio e até universitários que são praticamente esquecidos num canto.

É tradição no Brasil classificar o funcionário público de preguiçoso, folgado. Isto é visto como certo por grande parte da população. Como também são classificados por muitos como corruptos.

Mas não é bem assim.

Gente folgada e preguiçosa existe em todo lugar. No serviço público isso até já foi mais constante. Porém, as novas gerações de servidores tem outra postura, já que tem outra visão do mundo especialmente do mundo público. Buscam aperfeiçoamento pessoal e profissional e isso reflete e muito em sua atuação.

Quanto aos corruptos, que claro, existem, gostaria muito que a população refletisse sobre um ponto básico: onde há corruptos é pq existem corruptores....

O ser humano é extremamente falho. Os valores da sociedade estão há anos em franca degradação. "Pequenos delitos" como ultrapassar a faixa de pedestres num dia de pressa, pagar uma caixinha para furar uma fila, oferecer pequenos mimos ao fiscal que faz uma visita de rotina esperando que em uma situação irregular ele não os puna, são atitudes que tomam grandes proporções em sua somatória e descambam para a falta de razão quando se cobra um comportamento ético. E assim, todos perdem a noção do certo ou errado, portanto perdem a crítica e a autoridade para cobrar.

A administração pública tem que colocar em prática os conceitos de gestão adotados pelas empresas vitoriosas, bem sucedidas. E tem que fazer isso já e de forma global. Não dá para oferecer um serviço classe A com salários ou ambiente de trabalho classe E, pautado não na meritocracia, mas no famoso QI (quem indica).

Ou a população pensa em colocar na pauta do dia a exigência de uma boa administração, acompanhando isso de perto ou vão passar o resto da vida reclamando da qualidade do serviço ou das paralisações.