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sábado, 27 de novembro de 2010

Alô #TwitterMix !

Neste final de semana, acontece em Bento Gonçalves, RS, o Twitter Mix, evento que irá discutir o papel das redes sociais na construção da realidade. Saiba detalhes no site: http://twittermix.net/

Seja aqui ou no Twitter, tenho falado sempre no assunto.

Não sei como descrever minha frustração por não poder ir ao evento! Mas, não vou resistir a participar de alguma forma, por isso resolvi fazer esta postagem hoje, como uma forma de "palpitar" no que vai ser discutido por lá. Espero que a intromissão seja bem vinda e possa colaborar.

Como meu "vício" é o Twitter, usarei seu nome muitas vezes,mas sem desprezar que as mesmas coisas podem ser alcançadas pelas outras redes.

Pretende-se discutir alguns temas, todos interessantes e muito importantes neste mundo novo em que estamos vivendo a partir da importância crescente das redes sociais.

Hoje, não há um dia que algum assunto ou ideia não seja certificado por sua presença nas discussões das redes sociais. Telejornais e mídia impressa citam postagens das redes,especialmente do twitter ou dizem algo como: "Tal assunto (ou fato) é importante (ou real), como disse fulano (ou organização) no Twitter dia tal".

Há perfis institucionais aos montes. São ONGS, Prefeituras, empresas privadas, publicações. Algumas, valem-se das redes apenas para divulgar sua atuação. Acho isso legal, muitas informações nos são úteis ou ao menos esclarecedoras. Outras, mantém alguma interatividade com seus seguidores, o que acho melhor ainda! Isso ficou claro no início do ano, durante as tragédias climáticas que assolaram o país. A divulgação das situações precárias dos locais atingidos, mobilizou muita gente através doTwitter e as informações obtidas, facilitaram as mobilizações para doações em tempo recorde. Foi o caso do São Paulo FC por ex, que divulgou que estaria recebendo doações no estádio, fazendo com que a informação corresse rapidamente. Da mesma forma, acredito que as mídias locais das tantas cidades do país, podem e devem interagir com seus leitores através das redes sociais, fornecendo informações e recebendo-as. A partir daí, podem criar pautas, matérias e mobilizar ações. A possibilidade de sabermos o que se passa em cada canto do país amplia não só o conhecimento, mas também oportunidades para todos.

Muito importante também é a interação com aqueles que ocupam cargos públicos. Pelo twitter eles podem descobrir de forma mais clara os anseios das pessoas e também podem ser cobrados e acompanhados por elas. Só não "dá as caras" quem não pretende fazer aquilo que consta em seus discursos....

Temos dois grandes exemplos: ClaudiaCostin, Secretária de Educação do município do R.J. e Andrea Matarazzo , Secretário Estadual da Cultura em São Paulo. Eles estão na TL quase diariamente e respondem questionamentos dos seguidores, falam de seu trabalho, são transparentes.

Acho totalmente viável melhorarmos e solidificarmos qualquer tipo de ideia através do Twitter. E aí se encaixa a questão da preservação ambiental, da sustentabilidade. Uma ação pontual a respeito, no mínimo chamará a atenção para atitudes simples a serem adotadas para que se proteja toda uma geração de diversas espécies e do planeta. Tive uma experiência interessante a esse respeito, lá pelo meio do ano. Postei uma "atitude sustentável" super simples e recebi uma resposta "espantada" de uma prefeitura de uma grande cidade brasileira!  Foi como se eu tivesse dito algo absurdo, mas a medida da qual falei, já é usada no mundo inteiro por aqueles preocupados com a questão ambiental.

Minha visão da rede é positiva, mas não vivo num mundo de fantasia. Temo os riscos também. De manipulação, de mobilizações para ideias erradas, etc... Mas esse é um problema que teremos que enfrentar de forma atenta para estarmos prontos para interferir quando necessário. Essa questão só pode ser assustadora, na medida que é assustadora a condição cultural do brasileiro, ponto em que também é possível trabalhar de forma positiva e aí quem sabe, a longo prazo consigamos ter uma população mais consciente e por isso menos sugestionável por absurdos.

Quanto aos relacionamentos virtuais, não vejo incoerência em relação aos reais. Na nossa vida real, convivemos com muitas pessoas, mas nossos laços só se estreitam com algumas poucas. É assim no Twitter também. Tenho ótimas experiências! Acho totalmente possível que nos tornemos amigos de alguns de nossos seguidores. Basta ter o bom senso de observar por algum tempo, interagir cada vez mais e ver no que dá. Fiz bons amigos. Pessoas de quem eu realmente gosto muito, que aturam meus períodos de mau humor e desfrutam dos dias bons. Algumas conheci pessoalmente. Outras estão muito longe e talvez nunca nos conheçamos pessoalmente, mas fica no ar a real atenção e carinho.  Há dias até que entramos em conflito, como na vida real, mas depois tudo se acerta.O que talvez tenhamos que nos acostumar é com a possibilidade de esta ser realmente uma nova realidade deste novo mundo, onde teremos mais amigos virtuais (mas verdadeiros ) do que presenciais.

Há ainda a possibilidade antes inimaginável de interagirmos com nossos ídolos ou com pessoas de níveis sócio-culturais de toda ordem, o que pode beneficiar a todos.

O importante é que possamos nos adaptar às novas formas de relacionamento e fazer delas algo construtivo
para o maior número possível de pessoas.

Tenho dito.

Sucesso para o #TwitterMix!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

É prá rir? Mesmo?

Os telejornais de hoje, falaram em tom de piada (e realmente é muito engraçado) sobre um caso ocorrido dias desses em Brasília, quando um rapaz recebeu uma correspondência de uma operadora de celular com o seguinte endereço de destinatário: Sapo Queijo Nada nº tal.

Suponho que todos os que tem mais de 10 anos de idade, assistiu ou leu  um jornal na vida, já ouviu falar que os endereços de Brasília, não tem nomes de ruas, mas são identificados pelo setor pela quadra e pela região em que se localizam.

A moça do tele marketing da operadora pelo jeito nunca ouviu falar nisso. E também nunca viu ou ouviu falar, que quando você tem dificuldades em identificar uma letra pelo som, pode lançar mão de uma "técnica ultra sofisticada" como a de substituir as letras por palavras que começam com ela, assim, a identificação fica clara.

 Se não bastasse a mocinha do tele marketing não entender, a pessoa que emitiu a correspondência também não percebeu o erro, ou seria exagero?

Pelo menos o carteiro, parece que tem uma inteligência de gênio e conseguiu racionar o tal endereço, contrair as palavras e entrega-la no destino certo.

Gente! É um talento perdido neste mar de imbecilidades que estamos vivendo!

Mas parece que hoje o destino estava querendo testar minha paciência.

Logo depois da notícia de Brasília, me mostraram um daqueles vídeos do You Tube que parecem querer medir o índice de ignorância e demência da população mundial (vi um do Brasil e um  dos EUA).

 É incrível pensar que as pessoas respondam que a religião principal em Israel é o catolicismo ou que Tony Blair é irmão de Linda Blair.

 Mais ainda, que há duas torres Eiffel em Paris que os órgãos humanos que ficam dentro de 2 órbitas  são os astronautas.

Também me espanta as pessoas não reconhecerem em foto o lendário Fidel Castro, mas reconhecerem imediatamente um ex BBB!

Pois é, mocinhas como a da operadora de telefonia e antas como as entrevistadas pelo You Tube,são a maioria dos jovens (tá,há velhos também, mas são em menor número) que estão aí, carregando este mundo.

 Para onde o levarão?

O que se pode esperar deles?

Pior! O que vão colocar na cabeça deles? Do que podem convencê-los?

Já imaginou Adolf Hitler com um material humano desses nas mãos?

Teria ganho uma guerra contra o Universo, contra galáxias!

Por favor, alguém nos ajude! Save Our Souls! Tenham dó!

Ma me digam, é prá rir? Mesmo?

Sei não....   

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Judaísmo na PUC

Todos os que me acompanham por aqui, conhecem minha preocupação e minhas esperanças de que um dia o mundo aprenda a relacionar-se consigo mesmo além de ideologias e preconceitos.

Assim, fiquei muito feliz e honrada de ter podido acompanhar a instalação de Cátedra de Cultura Judaica na PUC-SP, que aconteceu hoje, 17/11/2010 no Auditório Paulo Freire no Teatro TUCA.

Compuseram a mesa, D. João Mamede (Bispo Auxiliar da Arquidiocese de SP), o Reitor da PUC Dirceu de Mello, Isaiah Arkin (V.P. da Universidade Hebraica de Jerusalém) o Vereador Floriano Pesaro, o Cônsul de Israel em SP Ilan Sztulman, e o Presidente da Cátedra José Luiz Goldfarb.

O objetivo da cátedra é divulgar e permitir pesquisas a respeito da cultura judaica em todos os seus aspectos: religião, ciências, música, literatura etc...

Todas as falas das autoridades foram esclarecedoras sobre o entusiasmo em  proporcionar à universidade brasileira a oportunidade de refletir sobre esta cultura tão importante para que se compreenda a evolução humana, já que todos reconhecem, o judaismo é um dos pilares da civilização ao lado das culturas grega e romana.

Não podemos deixar de nos lembrar que o povo judeu também é conhecido como o povo do livro, por sua paixão pelo conhecimento.

Chamou a atenção na fala do vereador Floriano Pesaro a citação antiga de que para muitas religiões o estudo leva ao paraíso e que para o povo judeu, o estudo é o próprio paraíso. E também a afirmação de que a tolerância é resultado do conhecimento.

O encontrou terminou com a palestra de Isaiah Arkin "Salt and Acid Transport in Human Pathgens" , muito interessante e proferida com muito bom humor pelo professor.

Eu estava ali, como "observadora" de fato tão importante e bem vindo. Bem vindo, em minha opinião, pois concordo totalmente que o conhecimento e a convivência pacífica entre os povos fará de nós uma espécie melhor,mais forte e com mais potencial para criar e manter a vida.

Parabéns à PUC - SP e boa sorte a todos os envolvidos,especialmente ao Prof. Dr. José Luiz Goldfarb, esse defensor ferrenho da cultura em geral e da judaica em especial. Culturas que ele leva a todos sem distinção, em um trabalho de divulgação pública inclusive nas redes sociais, unindo pessoas de todos os lugares e condições sócio-culturais em torno do interesse pelo saber e pela nossa melhoria enquanto pessoas.

sábado, 6 de novembro de 2010

Merde!

Hoje foi um dia louco prá mim!

Um dia daqueles que vamos de 8 à 80 em segundos!

Logo pela manhã, e não me perguntem porque, liguei a TV enquanto fazia o café e ouvi a entrevista de Zeca Pagodinho no programa da Xuxa. Como vocês sabem e o nome do blog explica, gosto de todo tipo de música, mas nunca tinha chegado ao ponto de me emocionar com uma do tal cantor! Mas hoje aconteceu. Se não me engano o título é "Bom avô", onde ele canta: Sou bom filho, bom pai, merecedor, quero ser um bom avô"

Mexeu comigo, pois acho que é esse o desejo de todos os que se tornam avós como aconteceu comigo há 3 anos e 11 meses que passaram voando!.

Fui brega? Talvez, mas a maioria dos sentimentos e sensações tendem ao brega....

Aí, à tarde, tinha ingressos para o teatro infantil. Prá levar a neta, claro! A peça seria Aladim e o gênio Maluco. (muito boa por sinal!)

Fui buscar a pequena, que estava linda como sempre e fomos curtir o programa em uma tarde fria típica de São Paulo. Tudo normal, até que chegando ao teatro, me dei conta de que seria o primeiro contato dela com as artes cênicas ali, ao vivo e a cores!

Prá mim um privilégio ser aquela que a introduziu nesse mundo mágico que tem tanto a oferecer!

Mas também uma grande responsabilidade! E se ela não gostasse? E se tivesse medo?

Por outro lado me senti na obrigação de fazer o "serviço completo". Não queria que fosse apenas uma experiência de consumo de arte, mas de algo mais, de conhecimento, precoce, mas marcante.

Logo na entrada, mostrei a ela as figuras representativas do teatro, as máscaras da comédia e da tragédia e expliquei  o que significavam. Ela olhou.... pensou.... e achou que na verdade as duas máscaras (carinhas), sorriam. Uma mais e outra menos... O que que eu ia dizer? Concordei, fazer o quê?

Aí fui mostrar o cartaz da peça é fazer uma pré apresentação das personagens.

As portas foram abertas e eu não tirava meus olhos dos olhos dela! Queria saber o que se passava neles! E eles estavam grudados no telão à frente da cortina, que falava da programação teatral da semana. Tenho certeza que ela achou, que aquilo era o teatro. Uma espécie de mini cinema.

Mas ao 3º sinal as cortinas se abriram. E por trás delas surgiu uma linda bailarina de dança do ventre e mercadores barulhentos.

Os olhos dela ficaram arregalados! A boca entreaberta, a respiração suspensa....

Mas o que me surpreendeu foi a minha reação. A de gráu 80 de que falei lá no começo. Não consegui por vários minutos conter as lágrimas! Lágrimas de emoção por ver uma pessoa descobrindo uma das mais belas coisas do mundo! A fantasia, a realidade encenada, sonhos que são oferecidos....

Ainda bem que ela não percebeu, se não eu teria dificuldades de explicar o que estava havendo ou ela pensaria que eu estava com medo do sultão ou da bruxa!

Busquei uma definição de teatro para postar aqui. E gostei muito desta:  "Segundo a Enciclopédia Britannica, a palavra teatro deriva do grego theaomai (θεάομαι) - olhar com atenção, perceber, contemplar (1990, vol. 28:515). Theaomai não significa ver no sentido comum, mas sim ter uma experiência intensa, envolvente, meditativa, inquiridora, a fim de descobrir o significado mais profundo; uma cuidadosa e deliberada visão que interpreta seu objeto (Theological Dictionary of the New Testament vol.5:pg.315,706)" (Wickpédia)

E do início ao fim, foi isso mesmo que vi nos seus olhinhos estupefados! Intensidade, envolvimento, questionamentos e o melhor de tudo, muitos sorrisos!

Ao final do espetáculo, depois de cumprimentar e beijar os atores, ela disse: "que coisa doida vovó! A bruxa má virou uma princesa boazinha que dá beijos na gente!" e ainda acrescentou: " Foi a primeira vez vovó e eu nunca mais vou esquecer!"

Tomara que seja assim. E que este texto possa ser lido por ela daqui a 10, 15, 20 anos, para que saiba o sucesso que foi na minha vida esta estréia na vida dela.

Merde!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Festa das Letras!

Acabo de chegar de uma festa espetacular!

Foi a entrega do 52º Prêmio Jabuti, na lindíssima Sala São Paulo.

Fica difícil falar da grandeza do evento, então, reproduzo, prá começar, partes dos textos de dois dos responsáveis pela grande festa das letras brasileiras.

(O Prêmio Jabuti) "É o reconhecimento do trabalho dos autores, pesquisadores, tradutores, ilustradores, produtores gráficos, autores, designers e claro, também dos editores que fizeram suas escolhas e apostas em livros de alta qualidade" Rosely Boschini (Presidente da Câmara Brasileira do Livro).

"Obviamente os novos consumidores de livros e de textos em geral exigirão grandes transformações na estrutura do mercado editorial (e também da mídia tradicional), mas, mais que obstáculos e visões catastróficas, o quadro indica momento de grandes desafios que vão requerer criatividade e ousadia de toda a cadeia produtiva do livro" José Luiz Goldfarb (Curador do Prêmio).

Embora a cerimônia tenha sido uma sucessão de apresentações de grandes autores, não cabe a mim reproduzir o que se passou por lá, já que todos os detalhes estão no site do Prêmio: http://www.cbl.org.br/jabuti/  .

O que me apetece é falar da emoção , como convidada, ao presenciar a força e a garra da literatura no Brasil e ter a oportunidade de ouvir depoimentos e declamações fantásticas e emocionantes.

Fui acompanhada de meu filho que fez uma observação incontestável: José Luiz Goldfarb é um anfitrião perfeito! Como não poderia deixar de ser, eu o observei o tempo todo, andando pelos saloes e depois no palco,recebendo premiados e claro, tuitando....

Me emocionaram muito as palavras do governador Alberto Goldman, que falou da presença dos livros em sua casa desde pequeno e da imagem mais clara que tem da mãe,sempre com um livro nas mãos. Segundo ele, é ao acesso aos livros que ele credita sua trajetória pessoal vitoriosa.

Para mim,  foi um sonho poder ver ali, na minha frente a fantástica Marina Colassanti, que leio desde a adolescência.

As surpresas se sucederam. Foi hilária e deliciosa a participação do simpático Zeca Camargo, lendo um texto sobre as diferenças do português de Portugal e do Brasil. Arrepiaram a alma as presenças poderosas de Lima Duarte  e Regina Duarte em declamações perfeitas. Causou furor a presença e a múltipla premiação de Chico Buarque de Holanda. Me causou tristeza a ausência de Luis Fernando Veríssimo.

Se não bastassem as atrações no palco, fui forçada a bancar a tiete. Afinal quem resiste à presença de Marcelo Tas? Tive uma vontade louca de ir até ele e dizer: Prof. Tibúrcio! Mas não dava, precisavamos prestar atenção à cerimônia.

Mas ao menos um antigo desejo eu realizei. Munida de coragem e cara de pau, fui cumprimentar Eduardo Matarazzo Suplicy! E da forma mais sincera possível! Disse à ele que não sou PT e não votei na Dilma, mas que tenho um grande respeito pela pessoa íntegra que ele é. Ganhei um beijo e um carinho! Nunca vou esquecer....

Ao final da festa, fomos brindados pela voz aveludada de Monica Salmaso.

O cafezinho no final era o retrato da sensação de deslumbramento e felicidade de todos por termos tido o privilégio de participarmos de tão bela festa, a Festa das Letras.

Parabenizo mais uma vez José Luiz Goldfarb pelos seus 20 anos como Curador do Jabuti e por seu mergulho diário na luta pelo incentivo à leitura.