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quinta-feira, 29 de julho de 2010

Envelhecer

Envelhecer é um troço complexo!

Especialmente porque no fundo significa apenas chegar mais perto da morte.

E a morte, é mais complexa ainda. Apesar de ser a única coisa certa na nossa vida, sempre a recebemos com espanto, mesmo quando ocorre por causas naturais, ou seja a velhice, o prazo de validade vencido!

Difícil né? Fazermos um drama enorme! Claro que temos que compreender que perder alguém (ou até um animal) que se ama dói, vamos sentir falta e em muitas situações achamos que as coisas estão fora de lugar, como quando os mais jovens vão antes dos velhos. Taí a velhice de novo! No fundo trata-se de nosso egoísmo travestido de inúmeras outras coisas. O que não queremos é perder, egoísmo puro.

Mas não é da morte que quero falar e sim de envelhecer.

O assunto tomou minha cabeça em uma conversa matutina com meu filho mais velho. Falávamos de alguém que postou no Twitter ontem uma frase mais ou menos assim: Os Rolling Stones só vão parar de fazer shows quando forem tombados pela UNESCO. Rimos muito! E começamos a falar de Mick Jagger e seu rebolado. Aí perguntei à ele se Mick tinha o título de "sir". Ele disse que deve ter o de "lady"! Mais risos, mas isso não vem ao caso.

A questão é: Mick aos 67 anos continua lá firme, quer dizer, rebolante. É velho?

Gente, é muito complicado! Quando você tem 15 anos quer ter 18.
Aos 18 considera alguém de 25 velho.
Aos 25 os de 40.
Aos 40 os de 60.
Aos 60 os de 80 e aos 80 você acha todos muito jovens!

A imagem mais comum do velho é a de alguém enrugado, com cabelos brancos ou sem cabelos, meio torto e muito lerdo.
Mas podemos ter estas características também aos 18! Especialmente hoje com o aumento do números de viciados em drogas e álcool.

Sobra, em minha opinião, a ideia de que a velhice é um estado emocional. Tá! sei que depois dos enta algumas coisas estranhas começam a acontecer.

 Dores surgem sem explicação, você passa a não entender porque você deveria reconhecer Lady Gaga de primeira, os homens de 50 estão com meninas de 20 , e de uns tempos pra cá as mulheres de 50 se vêem cercadas por meninos de 20 e poucos!

Mas, a decrepitude do corpo é certa. Em uns mais, outros menos. E que os médicos me desculpem, mas nada é capaz de impedir isto. Vida regrada, sem vícios e com esportes mais alimentação não garantem nada! Podem no máximo, adiar um pouco.

O que faz a diferença é como você se porta diante da vida. É claro também que suas condições financeiras fazem a diferença. Num país com um salário de aposentadoria ínfimo, os velhos não conseguem pensar muito no próprio prazer, no desfrutar da vida. Também é péssimo viver em uma cultura que desrespeita e desvaloriza o velho. Mas isso tudo é muito complexo e fica para outra vez.

Pensemos no idoso (à partir dos 60?) que tem um mínimo de estabilidade na vida.

Porque é que ele tem que ficar sentado em casa com a boca sem dentes (desculpe Raul) esperando a morte chegar?
Não! O mundo está aí. A vida ainda está presente? Então aproveite-a. "Faça o que tu queres porque é tudo da Lei" , pra citar Raul de novo....

Tem medo de parecer ridículo se sair por aí na moto do neto ou na sua mesmo? Pensar assim é que é ridículo!
Não acredita mais no próprio taco, por isso não quer mais saber de namorar? Bobagem!
A cabeça não ajuda mais para estudar? Outro erro! Pode até ser um pouco mais difícil, mas você hoje, é mais disciplinado e mais tenaz do que aos 20, e isso ajuda, pode acreditar!

Quando falávamos de Mick Jagger, ficamos imaginando os companheiros dele lá atrás, em seus instrumentos olhando aquilo! Devem rir muito, ou ficam se perguntando:até quando? O que eu sei é que me lembro de Mick aos 20 e poucos dizendo que aos 30 ia se sentir ridículo cantando Satisfaction! E ele tá aí, e adoramos!

Então acho que envelhecer é acumular conhecimento e experiência. É conseguir enxergar nos muito jovens a beleza do olhar que brilha, a pele lisa e firme, a energia, e lembrar-se com alegria e não melancolia de quando você era assim.

Conheço e conheci idosos que jamais envelheceram. Até semanas antes de morrerem, dançavam, trabalhavam praticavam esportes e principalmente amavam. Amavam ao companheiro, aos netos, aos filhos, aos amigos mas principalmente amavam a si mesmos! Esta é a chave, o segredo, a receita.

Mas precisamos mostrar aos jovens que também somos capazes e muito úteis como referência, embora saibamos que de nada adiantará, até que, ao chegarem na nossa idade eles se lembrem de nossas palavras e nos dêem razão.

Por enquanto, façamos com que se lembrem da idade de algumas pessoas como Mick, Eric Clapton, Dercy Gonçalves, Nelson Mandela, Oscar Niemayer, Tony Tornado, Silvio Santos e os que me desculpando, faço questão de citar: Emerson Fitipaldi, Marcelo Tass, Jorge Moreno, Maytê Proença.... é tanta gente!

Velho? Envelhecer?

Isto só existe se você quiser!!!!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Caro Zico, desanima....mas temos que reagir

Acabei de ler a entrevista de Zico nas páginas amarelas de Veja desta semana.

Concordo com quase tudo que ele fala, por isso, me desanima um pouco, mas temos que reagir.

Mais uma vez a questão se resume àquelas necessidades das quais venho falando aqui há tanto tempo, que atingem não só times de futebol mas o país como um todo, suas instituições públicas e privadas: educação e boa gestão.

De um lado o ex jogador e atual diretor executivo do Flamengo, fala da necessidade de administrar melhor os contratos e incluir neles responsabilidades mais claras para todos. Por outro, fala da desculpa que se usa sobre a origem humilde dos jogadores como causa dos desmandos que vemos todos os dia.

E é isso. O que me desanima é ver que Zico é consciente o suficiente para dizer a seguinte frase: "Seria ingenuidade minha achar que posso transformar, de uma hora para outra uma cultura de leniência tão arraigada no clube.(...)". É, não pode mesmo. Mesmo porque no caso do Flamengo, frear alguns jogadores, pode implicar em mexer com, digamos, grupos perigosos.

Mas espero que Zico tenha tempo e energia para fazer muito e que se transforme num exemplo nacional,

A necessidade de melhoria na gestão é muito importante em empresas e escolas, como já falamos aqui no blog. E de educação, nem quero comentar, se não vocês desistem de me ler!

Zico cita o exemplo da escola de futebol do São Paulo. Onde além de treinamento, os aspirantes ao time recebem informações sobre valores importantes para a vida, são cobrados no desempenho escolar e no bom comportamento. É um caminho.

A grande maioria de nossos grandes jogadores são de origem muito simples,vem de comunidades pobres, tiveram amigos que enveredaram pelo crime. Eles tiveram uma grande chance de mudar o quadro das próprias vidas. Só que isso acontece sem muito acompanhamento. Muitos pais fazem seu trabalho, mas muitos não tem estrutura para isso! Acho até que a maioria. E convenhamos, sair de um estado miserável para grandes fortunas de um dia para o outro, enlouquece qualquer um! Há de se ter uma estrutura e equilíbrio difíceis de obter.

Portanto, mais uma vez, a coisa se resume em administrar bem o negócio e quem sabe ensinar aos rapazes a administrar também. Investir em sua formação pessoal com educação escolar (em horários alternativos quem sabe?) e transmissão de regras e valores. Acompanhamento psicológico também é essencial, mas nada de psicanálise por favor! Aqui ela não é adequada. Sugiro psicoterapia breve (para focar em situações específicas) ou psicodrama, algo mais dinâmico e de resultados mais palpáveis e compreensiveis. 

É de extrema importância para esses jovens compreenderem os conceitos de liderança e sua posição de ídolos de uma nação, alguém que será imitado por milhões de outros jovens. Enfim, a compreensão de que ser rico e famoso traz novas responsabilidades junto com a realização de todos os desejos. E que seus desejos de conquistas materiais devem vir acompanhados dos emocionais, daquela sensação de paz e bem estar tão  mais simples de se conseguir com o sucesso nas mãos.A tarefa é árdua, mas é um dos pontos em que o Brasil poderia começar a trabalhar para mostrar aos jovens do país, como se constrói vencedores.

Desanima... mas precisamos reagir.

sábado, 17 de julho de 2010

A Lei Anti Tapa

Tá rolando aí um projeto de Lei que proíbe castigos físicos de qualquer extensão contra crianças, inclusive os filhos.

Enquanto criança, nunca levei um tapa sequer. Também, não foi preciso, era comportada ao extremo.

No inicio da adolescência (tinha uns 13 anos), levei um tapão estalado de meu pai. Mas desde aquela época, acho que ele estava certíssimo! Na brincadeira, eu puxei a cadeira em que ele ia sentar, aí ele se espatifou como um tomate! (rsrs)  Foi engraçado? Foi. Mas irresponsável. E o tapa foi uma reação instintiva dele, que depois passou meses pedindo desculpas.

Portanto, ironicamente, não posso falar "de cadeira".

Posso falar como observadora, como psicologia, como mãe, avó, enfim como pessoa razoavelmente civilizada.

Se a Lei falasse em torturas ou castigos abusivos, físicos ou emocionais, vá lá. Mas parece que fala de qualquer forma de castigo, como por exemplo o conhecido como "psicotapa".

É claro que não sou a favor de castigos físicos aplicados a qualquer ato considerado errado pelos pais. Mesmo porque é preciso muito auto-controle e bom senso para avaliar se aquela atitude do filho é mesmo abusiva ou se é você que está em um momento ruim. Sim, porque pais estressados (como a maioria) não tem condições de avaliar o ambiente em que vive com suficiente clareza.

Mas também é claro que ninguém vai me convencer que dar um tapa em uma criança que foi pega no alto de uma escada depois de muitos avisos de que não poderia fazê-lo. Ou que tenha tentado acender o fogão sem permissão. Principalmente em crianças pequenas, até os 5 anos, o tapa vai funcionar muito mais do que um discurso de horas, brevemente esquecido.

Não estou dizendo que o tapa é a única forma de "educar". Falo dele como último recurso, quando avisos e explicações não funcionaram.

Esta aversão ao tapa, aos castigos,à palmatória, apareceu na civilização de 50 anos para cá. Neste período popularizou-se a psicologia e a pedagogia, que foram parar em publicações leigas, nas rádios, na TV. Se as duas ciências são de difícil compreensão para os que a pesquisam, imagina para leigos! O que se viu, foram interpretações radicais, sem margem a exceções ou doses adequadas. Mais ou menos o que se viu quanto ao que se entende hoje, especialmente entre as mulheres sobre estar em boa forma. Qualquer mulher com manequim 40 se acha uma baleia!

Também gostaria de chamar a atenção de vocês para o seguinte: Quando foi que começamos a perder o controle da sociedade? Quando foi que surgiu, e não se brecou esta história de rebeldias sem causa, jovens transviados, mauricinhos e patricinhas que matam atropelam, põe fogo e coisa e tal? Exatamente de 50 anos para cá.

Vão dizer que antes tínhamos medo dos pais e que o certo é ter respeito. Verdade. Mas o ser humano tem habilidade de migrar do medo ao respeito, quando é capaz de reconhecer que a situação ameaçadora seguiu-se a um ato trangressor.

Percebo ainda, que muitos que levaram tapas na infância e receberam castigos na adolescência,tendem a compreender e aprovar a atitude dos pais na idade adulta. Assumem o merecimento. E a maioria não repete o método. 

Acho a lei desnecessária e invasiva. O que precisamos é que as leis já existentes sejam cumpridas rigorosamente e que pais neuróticos e psicopatas sejam neutralizados por elas..

E por último, mas não menos importante, lembremo-nos que se a lei for promulgada, será por pessoas que são a favor do auto flagelo, dos outros. Que se calam diante de "gritos famintos" que protestam contra ditaduras e coerção.

Sei que este texto vai me render tapas digitais, mas tudo bem, tenho direito de me manifestar, e estou aberta a discussões. Prefiro o diálogo. Acho que não chegaria aos tapas. Mas não condeno quem chega na hora e momento certos. Especialmente se isso for capaz de mudar a atual falta de limites especialmente entre os jovens e as crianças. 

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Luto por nossas crianças.

Acabamos de saber pelo twitter, da morte de um menino de 11 anos, atingido por uma bala perdida dentro da sala de aula no Rio de Janeiro.

Algumas pessoas, chocadas, dizem que não há o que possamos fazer.

Acho que no mínimo podemos gritar para o mundo ouvir: CHEGA!!!!!!!!

Dói demais ouvir uma notícia dessas. O pior, é que várias outras idênticas acontecem por aí e nem ficamos sabendo!

Imagina o desespero dos colegas, dos professores, do diretor da escola?

Como alguém da este tipo de notícia para a família?

E os pais? Possíveis irmãos?....

E nós? Como sentimos isso? De forma banal? Eu não. Meus 11 anos...Como foram lindos! Quantas descobertas! Quais seriam os planos deste menino para o dia de hoje? Não interessa. Foram interrompidos!

Me lembro como se fosse hoje do meu espanto quando da morte de Daniela Perez. Garota linda e talentosa, no auge da fama.  Meu pai, ex policial e ex combatente da segunda guerra, disse o seguinte:

- Filha, tenho pena sim, me choca. Mas me choca muito mais saber das mortes de mocinhas da idade dela que saem de casa as 5 da manhã para trabalhar na fábrica e são estupradas ou mortas, sem que nada seja feito, ou alguém saiba. E isto acontece centenas de vezes ao dia! Essa moça, no mínimo será justiçada pela família e pela empresa em que trabalhava.

Ele não estava errado. Embora o que nós, pais e mães chamamos de justiça teria consequências muito maiores do que as que vimos.

Este caso da bala perdida, surge concomitantemente com os casos Mércia e Elisa. Dois outros absurdos.

Vai ser difícil consertar tudo isso. Mas NÃO é impossível!

Temos que ir às origens do problema, a falta de princípios, em minha opinião causada por um longo tempo de péssima educação e culto ao poder, ao dinheiro, às aparências. O assunto é complexo demais para ser analisado aqui. Temos também que criar novas e mais rigorosas leis com urgência. Preparar e deixar a polícia agir. Tudo ao mesmo tempo!

Temos que ter Deputados Federais que saibam que Alagoas e Pernambuco são estados diferentes da região Nordeste do país. Que não incluam cachaça na cesta básica. Que saibam o que é um genoma.

Temos que nos estarrecer diante de certos promotores aposentados, que adotam crianças. Como é que nossa justiça pode estar na mão de gente assim. Ah! é uma exceção? Sinto muito, mas este tipo de exceção não pode acontecer.

Enquanto nada disso acontece, só podemos, cada um ao seu modo, vibrar pela força da família e de todos os envolvidos. E também pela mudança de comportamento dos que cometem crimes a torto e a direito como se nada tivessem a perder.

Assumamos o Luto por nossas crianças.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Que tédio!

A campanha eleitoral tá morna. Ou estou enganada?!

De alguns se espera muito, de outros, já não se espera nada além de coisas bizarras, absurdas, incompreensíveis....

Fica-se tão chocado com a indisciplina, as ideias difusas ou babacas de alguém que nem se presta muita atenção no desempenho de outros.

Pode ser perigoso viu? Tem cara de estratégia de campanha criada por algum espião meio russo sediado nos EUA que talvez mande códigos em tinta invisível mau interpretadas, ou interpretadas livremente (tipo um psicodrama psicodélico) já que invisível, sei lá!

Aí, a mídia martela dia e noite num ping pong entre Brunos e Mizaeis....

A Argentina sacode parte da população com seu casamento gay....

Jogos pós copa terminam em empate, deixando tudo onde estava.

Filipão volta e diz que trabalha em plano A sem Bs... tá bom!

Imagino o reencontro de Robinho com Ronaldinho Gaúcho, Newmar e Ganso....

Enquanto isso, um Pato afunda na lagoa, empurrado por uma recém- nascida que me surpreendeu com a atitude....

O segurança (povo) tá preso. O Dr tá solto.

Corpos desaparecem.

Corpos de mães de família aparecem em site pornô.

Divórcio rápido. Agora vai...

80 canais e pouca programação.

Novela programada para que se possa fritar ovos . Ridículo! Mais uma vez nivelando por baixo.

Quer saber?

Que tédio!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Para ter um sino de Vento

Sabe os sinos de vento?

Aqueles usados como objetos de decoração, que podem ser de madeira, conchas, acrílico, metal....grandes, pequenos, simples ou sofisticados?

E que outros usam como objetos de poderes especiais, energéticos?

Pois é.

Já tentou ouviro o som do sino de vento durante uma "crise" nervosa? Ou num período de insônia?

Você fechou as portas e janelas, não foi?

Então...

Para ter um sino de vento, você tem que ser tão forte quanto o ar para enfrentar caminhos e derrubar obstáculos.

Tem que ter ouvidos abertos para receber aquela melodia única que pode te fazer gritar ou dançar.

Tem que ser capaz de acompanhar a vibração do ar e dizer às energias confusas para se dispersarem, circularem renovarem....

Tem que ter olhos abertos para observar o balanço, o desenho, as cores.

Tem que ter olhos que quando fechados observem o bailado místico que carrega a alma.

Para ter um sino de vento você tem que ser capaz de parar, inspirar, imaginar e amar para criar um novo ar.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

A nova gestão do país muda algo?

Campanha nas ruas, eleições mais próximas, militantes a mil!

Em Outubro, teremos o resultado. Em Janeiro alguém assume a Presidência da República , os Governos Estaduais, vagas no Senado e na Câmara.

Algo sempre muda diante de uma nova gestão. Para melhor ou pior, ou fica tudo mais ou menos na mesma.

Você quer este país melhor?

Quer a Democracia efetivada?

Então, saia da cadeira e participe! O poder só será exercido pelo povo e para o povo no dia que a a população decidir realmente participar, não apenas pelo voto, que afinal é obrigatório, mas com sua atuação direta nos destinos do país.

Como?

Participando por exemplo dos diversos conselhos municipais, estaduais e federais existentes. Lá, você pode interferir, cobrar de perto, fiscalizar e opinar.Ou seja, coresponsabilizar-se pelo destino do país.

Procure conhecer o que há e como participar. Busque algo que lhe fale à alma, ao coração. É um conselho de segurança? de meio ambiente? o tutelar? Vá em frente, participe ou ao menos conheça.

Participe também das consultas populares que são divulgadas pelos municípios e você poderá ajudar a decidir o que será melhor para sua localidade.

Informe-se sobre seus direitos. Há tantos instrumentos! : direito de petição, ação popular, mandados de injunção e segurança....

Na própria Constituição (ex:art. 10,37,187,194) você encontra todos as informações de que precisa! Leia a Lei Orgânica do seu município, acompanhe o trabalho daqueles que você e elegeu.

Só assim, uma nova gestão do país mudará algo. Com você e para você.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Comentando Ivan Angelo na Veja

Na última semana, estranhei as poucas notas na imprensa sobre o um ano da morte de Michael Jackson.

Afinal, pessoas como eu que acompanharam a carreira do rei do pop desde os primórdios (ele era só um ano mais velho q eu), ainda estão perplexos com a morte precoce.

Aí, tardiamente, efeito da copa do mundo, só ontem li o artigo de Ivan Angelo na Veja, que recomendo à todos. Aos que gostavam e aos que não gostavam de Michael.

Michael com certeza foi um dos artistas mais completos que o mundo conheceu. Intérprete que emocionava e entusiasmava com sua voz, dançarino inimitável criativo.

Personalidade estranha? É aí que Ivan Angelo faz a diferença.

Ele fala da delicadeza de Michael. Não de sua fragilidade, causada pela vida louca e cheia de atropelos a que foi submetido por um pai neurótico lá no comecinho da vida, que para aproveitar-se do talento dos filhos e especialmente do caçula, submeteu-os a verdadeiras torturas,tirou-lhes a infância. Fala da delicadeza de quem "rejeita a agressividade o domínio do território a submissão dos frágeis, das fêmeas, o brandir das espada em riste" .

Fala também da necessidade de Michael de estar com pessoas que iniciaram suas carreiras muito cedo e também, de alguma forma foram afetados por isso: Tatum O'Neal, Brooke Shields, Liz Taylor, Liza Minelli. E sobre sua declaração :"sou Peter Pan" Tanto era um Peter Pan que criou para si uma terra do Nunca e lá viveu por anos! Psicanalistas à parte, porque alguem não pode assumir sua falta de vontade de crescer? Especialmente alguém que teve que agir como se tivesse feito isso muito cedo? Não assumiu responsabilidades? Assumiu sim e isso ficou claro na declaração de amor não programada de sua filha em seu funeral.

Foi vítima de acusações de pedofilia várias vezes, mas nada foi provado. E para mim nunca será. A cultura norte americana é pautada na busca da fama e do lucro a qualquer preço. E qual oportunidade maior do que um astro riquíssimo e famoso que gosta de ter crianças por perto para servir como alvo para golpes oportunistas?

Ivan cita uma resposta dele ao repórter que fez uma matéria sobre o assunto ao ser perguntado sobre o caso de pedofilia em Neverland, disse entre outras coisas: "Vc fala cama com uma conotação sexual, esquece que cama é um lugar de dormir, de descansar e de sonhar".

Neurótico? Sim, como a grande maioria de nós. Apenas mais visível, ter privacidade no patamar que alcançou parece impossível.

O que fica de Michael para mim, são lindas recordações: a primeira vez que dancei em um baile ao som de Music and Me, a doçura de sua voz em Ben, o vibrante talento nos tempos de Jackson Five e tudo de bom que veio depois. Inclusive a inesquecível e emocionante We are the world.

Na Veja também o médico e guru indiano Deepak Chopra, amigo pessoal e ídolo do cantor, fala coisas boas sobre ele.

Apenas gostaria de poder intervir para que Michael esteja em paz em uma Tomorrow Land, onde o mundo não exige de meninos negros que se transformem em brancos, que nunca engordem, que criem mais que o Criador , que agradem a gregos e troianos e que sejam "machos". Quanta bobagem!

Que Michael esteja em paz e sempre presente em nossos corações.

E parabéns à Ivan Angelo pela homenagem delicada e providencial.

sábado, 3 de julho de 2010

Comentando Especialistas em Educação

Não sou professora, apenas Psicóloga Educacional (clínica e organizacional também).

Nunca estive a frente de uma sala de aula,a não ser algumas horas como estagiária.

Mas sempre me interessei e me preocupei com o assunto. Além disso, tenho muitos amigos na área e dei muitos cursos livres para pais e professores.

A Veja 2171 de 30/0602010 trouxe uma matéria sobre um conjunto de propostas para melhorar o ensino no Brasil, criado por um grupo de 80 especialistas.

Não poderia deixar de comentar.

Concordo com os seguintes pontos:

-Criar a Lei de Responsabilidade Educacional
-Dar Autonomia aos Diretores (não dá prá diretor ficar conferindo merenda e muito menos é possível que não possam intervir na escolha dos professores que quer na sua equipe.)
-Oferecer formação prática aos professores (entendam que concordo se isso for visto como treinamento contínuo e não para encobrir falhas de formação)
-Premiar os bons mestres (meritrocacia funciona em qualquer lugar, mas há de se ter cuidado com a forma de avaliação sobre quem é o melhor)

Fico na dúvida em relação aos seguintes pontos:

-Elaborar um currículo Nacional Unificado: Qual seria a base da unificação? Por quem ele seria criado? Porque acredito que alguémnos escritórios de Brasília,não conhecem o suficiente sobre as necessidades dos alunos de Sta Catarina ou do Piauí. Aliás, como mostrou o CQC, alguns lá de Brasília, não sabem que há diferença entre Pernambuco e Alagoas...
-Fexibilizar o Ensino Médio. É, no meu tempo era assim,você escolhia entre humanas, exatas ou biológicas. Mas eram outros tempos. Nós sabíamos o que isso significava. Tá certo, que esta flexibilização funciona em outros países. Mas acho que isto só pode ser implantado aqui depois de algum tempo, quando o ensino melhorar o suficiente para que o aluno seja capaz de optar.
-Ampliar a Jornada Escolar. Isso resolve um problema dos pais. Não sei se resolve, no momento, o dos alunos. Também é melhor esperar por avanços no ensino e aumento do interesse pela escola para depois manter os alunos nela por mais tempo, se não,vira tortura e não benefício.

Na verdade, acredito que uma melhora acontecerá a médio e longo prazo assim que melhorarem o ensino e o sistema de avaliação nos cursos de magistério e pedagogia, assim como naqueles que fornecem licenciatura. Isto levaria aí uns 12 anos, já que vão haver necessidades de mudanças e adaptações no ensino dos primeiros formandos submetidos ao novo modelo. Depois, precisaríamos de mais uns três ou quatro anos prá ver se a formação melhor surtiu efeito em seus alunos.

Na mesma edição, há também um artigo de Gustavo Ioschpe com o qual me identifico muito. Aula de ética é em casa, não na escola , como diz o título do texto. Nem eu nem ele estamos dispensando aulas de filosofia, sustentabilidade etc... O problema é que hoje as escolas parecem mais interessadas em produzir alunos com discurso politicamente correto sobre estes assuntos do que em desenvolvimento cognitivo.

Educação por aqui é um grande problema, mas também a única solução, o único caminho para o desenvolvimento e para a conquistade coisas que deveriam ser básicas ao ser humano como a capacidade de pensar,a paz e a harmonia.