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quinta-feira, 27 de maio de 2010

Eleições de novo

Estive pensando, sobre um comentário q fiz aqui ano passado. Eu acreditava que seria maçante ouvir falar em política e mais política durante todo o ano eleitoral. Até que não tem sido assim, provavelmente porque ainda temos uma copa do mundo pela frente e também porque neste ano aconteceu tanta coisa, especialmente desastres ecológicos, que não sobrou muito tempo.

Mas, mesmo assim, não consigo me acostumar com a veemência de muitos que comentam política. Vejo pessoas "dando o sangue" por seus candidatos e partidos. Acho isto uma loucura! Será que esses partidos e candidatos fariam o mesmo por seus defensores caso fosse necessário? Duvido.

Minha postura, embora pareça até covarde, é outra. Tenho meu candidato sim, tenho aquele (s) partido no qual jamais votaria por questões ideológicas e pelos fatos, mas ao invés de comprar brigas ou comentar tudo (até o irrelevante) que eles fazem, prefiro citar o que acho que vale a pena. Porém, tenham certeza de que publicarei comentários e cobranças sobre o desempenho, principalmente daquele que vencer.

Acho lamentável que o voto seja obrigatório. Isto faz com que deixe de ser democrático.

Imagina como seria interessante se não fosse! O marketing e a publicidade durante a campanha teria que mudar o foco completamente! Marqueteiros e publicitários teriam que convencer as pessoas a sair de casa para ir às urnas. Quantos iriam?

Se fosse distrital então... mudaria muito mais. Com certeza políticos e partidos teriam que literalmente bater na porta dos eleitores. Alguns até já fazem isso. No interior mais ainda, mas com outra conotação, beirando a intimidação. As cobranças e sugestões feitas pelos eleitores poderiam ser mais claras e seriam mais facilmente visíveis as promessas feitas, já que você teria como perguntar ao vizinho o que lhe foi dito, e se houvessem contradições....

A copa do mundo uma hora termina. Se o Brasil vencer, tudo fica mais fácil, já que o delírio egocêntrico ao qual a população se atira, deixa a todos meio cegos e desligados. Se perder, o desânimo coletivo pode resvalar para a vingança para alguns e para a indiferença de outros. Mas para alívio dos candidatos, ainda somos obrigados a votar.

Se não fossemos, nos perguntaríamos: quero tanto assim que este (a) cara ganhe? Acredito que ele poderá mudar nossa vida para melhor? Só aí decidiríamos.

O que importa lembrar, é que todo e qualquer brasileiro tem o direito de opinar, mas especialmente deve cobrar propostas e depois os resultados. O que ocorreu agora com o Ficha Limpa foi uma pontinha do iceberg. Pode acontecer muito mais. É só nos mobilizarmos e agirmos.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

São Muitos os Desafios na Cultura Paulista

Vocês estão cansados de saber que minhas paixões são gente, cultura e educação.
Sabem também que sou um poço de ansiedade, portanto acho que nunca se espantam quando volto aos temas.

Agora, com o início da gestão de Andrea Matarazzo na Secretaria Estadual da Cultura, eu não poderia deixar de dar meus palpites, mesmo porque, quero acompanhar de perto tudo que tenho certeza que será feito!

Nós que vivemos na cidade de São Paulo, extremamente cosmopolita e problemática, nem sempre nos damos conta (pela correria do dia a dia), de que se nos deslocarmos uns pouquíssimos quilômetros para qualquer lado, vamos encontrar um ambiente completamente diferente das "modernidades" a que estamos acostumados.

O Estado de São Paulo é um mundo a parte, com diferenças inacreditáveis em todos os sentidos, mas se isolarmos só o item diferenças culturais, ficamos tontos! O que não falta é trabalho e "jogo de cintura" para que a Secretaria de Cultura desenvolva suas funções. Cabe a eles divulgar,valorizar e proteger o patrimônio cultural além de oferecer acesso à Cultura para todos os 37 milhões de habitantes do Estado. Ufa! Com certeza é uma loucura.

Temos muitos equipamentos culturais na cidade, entre museus, locais de exposições, salas de concertos, parques, etc... mas não é deles que quero falar.

Estive aqui pensando, naquelas diferenças a poucos quilômetros de que falei ha pouco. Nossas características culturais, foram formadas, lá no período colonial, e recebeu influência dos descobridores portugueses, misturadas com as dos índios e negros. Mais tarde um pouco, surgiram as adaptações levadas estado a fora pelos Bandeirantes. Disso, temos o surgimento de, por exemplo, uma culinária muito variada que vai dos produtos do milho e da mandioca (índios) à pimenta e feijão dos negros até misturar tudo para facilitar a viagem dos bandeirantes que nos legaram o maravilhoso e famoso virado à Paulista. Com a chegada dos imigrantes, lá pelos anos 20, nem preciso dizer o que aconteceu, ? Ou ninguém aí nunca almoçou yakissoba e comeu de sobremesa um doce sírio seguido de um capuccino?

Outras surpresas que as viagens pelo interior nos trazem são as construções de taipa de pilão e pau a pique que ainda estão por aí, mais a arquitetura lindíssima das antigas fazendas de café.

Quanto às manifestações culturais então... daria um livro. São inúmeras: Festa do Divino,Cavalhadas, Romarias, Procissões, danças como o Jongo, o Maculele, a Catira, etc...

Todas as manifestações de raiz, vem acompanhadas das manifestações contemporâneas de artes plásticas, literatura, dança, música, teatro. Sem esquecer o divino circo! E a nova indústria cinematográfica que começa a ganhar força (muita) no Estado, com estúdios incríveis.

Para a Secretaria e sua nova equipe, resta saber mesclar o novo com o antigo. Despir-se de preconceitos, e adotar as manifestações culturais também como método de oferecer especialmente aos jovens caminhos para a auto descoberta e a auto construção, por caminhos que levarão nossa sociedade ao desenvolvimento pacífico, movido pela capacidade de compreensão e respeito ao diferente. Quem sabe usando os velhos (sábios) para apresentar aos jovens nossa diversidade?

São Muitos os Desafios da Cultura Paulista

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Também tenho um sonho

Assim como Gandhi, Martin Luther King, John Kennedy e tantos outros.

Só que o meu é mais utópico, mesmo porque, quem sou eu, certo?

Também porque o deles era mais focado ali, no seu mundo, na sua cultura. O meu foca essa miscelânea doida que é a humanidade. Uma humanidade de animais que diferem dos irracionais por poder pensar, portanto ponderar antes de tomar decisões.

Para falar disso de uma forma técnica, científica, eu teria que conhecer muito de antropologia, sociologia e história, mas não com esta bola toda, não... então falarei da maneira que sempre falo, de forma intuitiva e até bastante impulsiva. Como um ser humano que quer apenas isso (como já cansei de dizer aqui) que nos tornemos aquilo que somos, pessoas.

Sim, porque entre milhares de notícias de animalidades humanas mundo afora, hoje contou-se a história de uma briga de vizinhos que acabou com dois mortos e um preso. Uma banalidade sem tamanho com consequências inexplicáveis.

Onde será que tudo isso começou? Será que precisávamos chegar a este estado de coisas? Dá prá parar?

Quer ver o tamanho da utopia: eu gostaria que vivêssemos sem fronteiras delimitadas, na base do escambo, com respeito tão grande pela liberdade individual que jamais notaríamos que a cor, as características físicas do outro ou sua opção religiosa (política, sexual, alimentar) são diferentes. Passaria batido, sabe?

Tenho certeza que o hit dos bailes da Pré-História era aquela musiquinha: ado ado ado cada um no seu quadrado...
Mas aí, descobriu-se que o vizinho da caverna ao lado tinha armas melhores e fomos lá buscar.

Aí descobrimos um território mais interessante e fomos lá invadir.

Criamos divisas territoriais cada vez mais rígidas.

A coisa foi crescendo, nosso instinto animal ao invés de arrefecer, cresceu! E nos últimos 20 séculos parece que a coisa só se agrava. Não há Era de Áquário que resolva!

Hoje se tenho dinheiro, influência social ou política, fama ou seja lá o que for que me faça mais destacado que o outro, creditam a mim todos os feitos bons ou ruins, e cuidam DA MINHA VIDA e não da própria. Aí passo de Imperador a rejeitado, de chefe de Estado a responsável por tudo que acontece a minha volta, de modelo famosa a responsável pela anorexia alheia... Meus jatos, barcos e mansões são vistos como objetos comprovadores de minha desonestidade, por mais que eu tenha trabalhado.

Ou seja, impera a desconfiança, o desrespeito e a transferência de responsabilidade a qualquer um que não seja eu mesmo...

Algo precisa ser feito. Precisaríamos aí de uns 2 séculos para amenizar os efeitos de toda uma história de exploração do homem pelo homem. Exploração em geral por ganância, por necessidade de acúmulo de bens materiais, sim, porque esta é a única razão das guerras (mesmo as ditas santas), do tráfico de drogas, da não descoberta da cura de muitas doenças e até da despreocupação com uma educação de qualidade. Sim, porque sem conhecimento, você vai agir como te mandarem, falará o que te ordenarem e agirá conforme a determinação alheia.

Os últimos acordos mundiais, creio eu, podem nos levar a conflitos internacionais importante, já que só há extremistas e inexperientes envolvidos.

Mas, nada disso começou agora. Começou lá no início de nosso desenvolvimento. E embora nos tenham deixado grandes exemplos e frases de efeito , Jesus, Ghandi, Lao Tsé e tantos outros escritores, cientistas, religiosos e até políticos (alguns são pessoas, acredite), parece que quando nos afeta pessoalmente, somos permeáveis e continuamos a valorizar tudo aquilo que só nos trouxe encrenca. Mas, fazer o que?

Eu também tenho um sonho.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Será que finalmente entendi?

Vivemos em um mundo, uma sociedade e especialmente em um país, em que acredito que não sou a única a ficar perplexa em alguns períodos.

Muitas vezes penso que estou regredindo intelectualmente, ou que minha inocência é de monja enclausurada aos 13 anos no século XIV (claro, porque as de hoje...).

Há dias que uma frase não sai da minha cabeça: "O Ficha Limpa não é do governo"

Será então que é o seguinte:

O Ficha Limpa não é do governo, assim como:
A Reforma do Judiciário
O investimento sério em Educação
A reforma do sistema penitenciário
A educação ambiental
A reforma previdenciária
A melhoria do serviço público
A questão habitacional
Os moradores de rua
Os escândalos religiosos
etc... etc... etc....?

Alguém já disse que o povo quer é pão e circo.

Deve ser isso mesmo. Apesar que o pão tá complicado e não vem sendo distribuído gratuitamente ou de forma acessível não. E falo do pão nosso de cada dia mesmo , mas também de outros pães, como o esmalte azul da Channel, o I pad, o I pod o I pqp, a Ferrari e tudo aquilo que te alimenta.

Já o circo... este sim tem nos sido ofertado abundantemente!

São declarações ininteligíveis
Assaltos na delegacia
Seleção nacional de estrangeiros
Seleção sem os craques favoritos do país
Políticos muito, mas muito hilários
Corridas de F1 perdidas por acordo estranhos
Acordos enigmáticos....

Será que finalmente entendi?

sábado, 8 de maio de 2010

Mãe é tudo igual....

Mãe é tudo igual, só muda o endereço!

É nada!

Especialmente a partir dos anos 60 elas mudaram muito! Antes era aquela história de avental sujo de ovo, cadeira de balanço, tricô, culinária de primeira.... Pós pílula, com mais liberdade, é comum os filhos estarem com o avental sujo (de tudo!) porque mamãe saiu com o namorado, elas sentam hoje no banco da moto, compram malhas na Marisa e elegeram a culinária da Nestlé e da Sadia, como primeiras....

Antigamente, a submissão e falta de liberdade das mulheres fazia com que vissem nos filhos sua possibilidade de realização. Hoje, se não puderam fazer coisas próprias partem prá universidade da 3 idade ou pulam de para-quedas aos 80!!!!

O que quase não muda é a paixão que tem pelos filhos. E não sei se padecemos no paraíso não! Vivemos aos sobressaltos, dos primeiros tombos às baladas sei lá onde. É impossível para a maioria não dar "palpites" na vida dos filhos, torcer o nariz para as namoradas ou tentar reconstruir os namorados.

Também é difícil não olhar para aquela criança recém-nascida de terno e gravata ou tailluer e se perguntar onde eles pensam que vão!

Mesmo com toda a evolução ainda somos levadas a crer que só sendo mãe (biológica) poderemos nos sentir completas. Mas há sobreviventes dessa lavagem cerebral. Hoje muitas optam por não ter filhos, ou por adotá-los, quando o corpo já não pode produzi-los, ou nunca pode. E o amor em geral é o mesmo.

Tive o privilégio de ter 3 meninos, lindos, inteligentes e saudáveis (oras, dá licença?) . Queria muito uma menina, e ela veio 27 anos depois do primeiro em forma de neta. Uma babação só, pois avós, são mães 2 vezes, mas com a vantagem de devolver aos responsáveis na primeira falta de graça! E as bisas então? A da minha neta não sabe prá que lado olha! Se para os filhos, os netos ou para a bisneta que a adora e acha muito interessante que a ´bisa não possa ficar muito com ela pois está no quarto curso universitário....

No dia das mães, deveríamos elevar os nossos pensamentos para aquelas mães que perderam os filhos (isso jamais deveria acontecer!), para as que vivem com o coração aos pulos pela profissão escolhida pelos filhos e especialmente aquelas que não contam com nenhuma condição financeira de fazer um agrado aos filhos neste dia, reunindo-os em volta de uma mesa farta e por aquelas que estão em países em guerra ou sob o comando de verdadeiros carrascos. Elas devem sofrer demais!

Deveríamos dar louvores especiais às adotivas,principalmente as que adotam por puro prazer, mesmo possuindo seus filhos biológicos. E também àquelas mulheres que representam em nossa vida o papel de mãe, muitas vezes deixando os filhos para trás, para cuidarem dos filhos de alguém.

Sempre serão feitas piadas sobre a tentativa de domínio das mães sobre os filhos (se forem judias ou italianas então...), mas na verdade, nós é que somos dominadas por estas vidas que vemos florescer, criar asas e voar....

Feliz dia das mães!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Bisbilhotando texto de gênio!

Confesso que sou apaixonada por Arnaldo Jabor. Como cineasta e como articulista. Paro tudo para ouvi-lo no jornal. Hoje alguém postou no twitter um texto dele, facilmente localizável na rede e que começa com a frase: "brasileiro é um povo solidário, mentira.".

O texto dá mesmo uma dorzinha no coração e na consciência, mas é realista até o fundo da alma do diabo!

Tenho por hábito usar a grosseria e a agressividade somente em situações extremas, mas extremas mesmo, tanto que raríssimas vezes aconteceu. Mas não pensem que sou boazinha não! Sou escorpiana, da ZL de São Paulo, Corinthiana, pobre e funcionária pública, o que me dá um camarote VIP para muitas situações lamentáveis.

Ninguém gosta de ser chamado de burro e babaca. Mas com os argumentos utilizados por Jaborprá discordar?

Eu por exemplo, discordo em parte quando ele diz que Lula foi eleito só por sua história sofrida. Não. Ele está à frente de um partido que rejeito mas que na época era forte. E conseguiu no mínimo dar sequência às construções do governo FHC. Também acho natural que uma maioria de "sem educação", não veja problemas em colocar lá um representante seu. Outros, sentem através de Lula, uma pontinha de esperança para a vida medíocre que levam.

Também tenho problemas com a história de não dar esmolas, embora compreenda a proposta contrária. Isto é coisa de quem nunca precisou da ajuda alheia. Além do mais, esperar que esteS (assim mesmo, com S maiúsculo) governos ou partes deles corruptos façam alguma coisa que tire os esmolantes das ruas.... só Deus sabe quando! E enquanto isto? Morre-se de fome? Não, não, é muito fácil falar.

Há muita gente honesta em favelas sim. E elas não "entregam" marginais porque não são suicidas....

Vagabundos? Eu diria preguiçosos. Não temos mesmo a capacidade de trabalho de japoneses e alemães, por exemplo. Mas trabalhamos sim, a maioria, e muito, excessivamente, inclusive se levarmos em conta os resultados que isto nos traz. Muito pouco. E ainda chamam de renda nosso salário, e descontam, alto....

Agora, concordo plenamente que ONGs de "direitos humanos" tem uma visão muito distorcida do que seja isso. Proteger monstros como assassinos, pedófilos e corruptos contumazes é perpetuar o crime e a contravenção.

Deveríamos lutar por uma mudança no tratamento dado aos criminosos sim, e concordo que colchões queimados não deveriam ser repostos, ao menos não de imediato.Que tal repor depois de 10 meses, tempo médio que o brasileiro comum leva para terminar de pagar o próprio colchão?

Democracia? Eu também já disse aqui dezenas de vezes que isto não existe aqui. E não me venham comparar os anos de ditadura com agora. A única diferença é que aqueles usavam fardas, hoje usam ternos (italianos, claro!). Não consigo imaginar uma democracia onde sou obrigada a votar.

Também já falei sobre o jeitinho brasileiro. Acho que ele tem um lado ótimo. Mas, num país onde jogadores de futebol ditam as regras, receber troco errado, ficar com a carteira encontrada, parece normal...

Aceito os sentimentos de meu ídolo, porque continuo fazendo minha parte. Embora até hoje não tenha ganho absolutamente nada com isto, nem o direito de deitar e dormir. As dívidas e compromissos não deixam.

Somos passivos sim. Já pensei até em porque não contratamos uns argentinos ou uns gregos para nos ensinarem a protestar, a fazer panelaços. Mas tenho certeza, que se na manifestação ouvir-se um som de tamborim, um surdo, um berimbau, vai ter grego no samba e argentino na capoeira.

Mas há algo que poderia ajudar a mudar a história deste país e fazer com que finalmente o futuro chegue. Isso ocorreria se mais pessoas com poder de comunicação, influência e coerência, pusessem a boca no trombone como Jabor faz.

Quem sabe também os políticos que vem por aí, assumissem para todos suas histórias de lutas e manifestações, ao invés de mostrarem a penas o lado "equilibrado" as pessoas entendessem como foi que chegaram lá?

Alguma saída tem que haver.

Por isso é que ando bisbilhotando textos de gênio.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Dia do Expedicionário 5 de Maio










Dia 1º de Maio, como todos os anos desde a morte de Ayrton Senna, vimos as manifestações de homenagem ao piloto. Na 2ª, acordei com a notícia de que a casa onde Pelé nasceu será atombada em nome da preservação de nossa história.

Enquanto isto, no Rio, o Monumento aos Pracinhas vive sob ameaças de desativação por desinteresse da população.

Compreendo a idolatria das pessoas a jogadores de futebol, esportistas em geral, artistas, pois eles realmente representam o país. O que não dá é vê-los sendo tratados como heróis, já que representar, não é o mesmo que defender.

Já encontrei pessoas que nem ao menos sabem que o Brasil, participou da Segunda Guerra Mundial, agregada ao 5º Exército Americano e participando de batalhas decisivas como Monte Castelo, Monte Cassino e Fuornovo.
Muitas vezes imagino que tamanha ignorância e desinteresse tenha origem na presença no país de grandes colônias italianas, alemãs e japonesas, que no confronto, eram aliados de Hitler, portanto "inimigos". Já fui até insultada por um jovem japonês vendedor de livros de uma famosa livraria paulistana, quando pedi ajuda na busca por um livro sobre a participação do Brasil no confronto Mundial!

Mas, isto também é compreensível e talvez minha percepção seja equivocada. O que sei, é que os 25.334 soldados brasileiros que foram enviados ao Teatro de Operações da Itália eram jovens atendendo ao chamado de defesa de seu país, contra o autoritarismo e as atrocidades cometidas pelo III Reich. Não diferiam em nada de outros jovens brasileiros que preferiam estar em seus lares, com suas famílias e amigos, ouvindo as cantoras do rádio ao invés de se submeterem a um inverno rigorosíssimo em uma terra estranha para intervir em um confronto que resolveriam de forma pacífica, se isto dependesse de sua vontade e do estilo do povo brasileiro.

Também se engana quem pensa que nossos pracinhas não tinham treinamento adequado. O treinamento foi duro e até hoje o campo utilizado (do Regimento de Infantaria de S.João Del Rei-MG) é considerado um dos mais eficientes por exércitos de todo o mundo.

O assunto é amplo e vou deixar aqui os links para quem quiser maiores informações sobre o assunto.

Me emociono porque sou filha de ex-combatente, e não gosto de ver meu país ignorando a coragem daqueles homens e mulheres que arriscaram suas vidas em nome da dignidade mundial.

465 morreram
2.722 foram feridos
35 foram feitos prisioneiros
16 desapareceram

E muitos voltaram com problemas emocionais graves, as chamadas neuroses de guerra, que lamentamos tanto ao vermos descritas em filmes americanos sobre veteranos, mas que muitos não imaginam que aconteceram por aqui.

Pensem um pouco. Se quiserem continuar chamando de heróis os Pelés da vida, tudo bem.
Mas lembrem-se daqueles homens que morreram ou colocaram em risco sua vida por um ideal de paz no mundo.










segunda-feira, 3 de maio de 2010

Novo regente para a Cultura Paulista

Em Maio de 2010, a Secretaria de Cultura de São Paulo passa ter um novo secretário em substituição a João Sayad que deixa o cargo para pleitear a presidência da Fundação Padre Anchieta.

O novo secretário é Angelo Andrea Matarazzo que já ocupou os cargos de ministro das comunicações , embaixador do Brasil na Itália no governo FHC, presidente da CESP, subprefeito da Sé, secretário das Subprefeituras de São Paulo além de empresário da Holding Matarazzo.

À frente da Coordenadoria das Subprefeituras de Abril de 2006 à Setembro de 2009, Andrea Matarazzo ficou conhecido por sua atuação em todas as frentes de trabalho de sua secretaria de forma direta, quase braçal. A revista Veja apelidou-o de "Xerifão" da cidade. Era comum que fosse visto durante a madrugada circulando em seu carro particular pelas regiões do Centro e da Paulista em busca dos resultados obtidos por seus comandados, apontando as falhas e cobrando as providências necessárias. Sua atuação enquanto secretário, criou controvérsias e exigiu dele uma postura firme e irredutível especialmente em projetos polêmicos que liderou como a revitalização do Centro e da Cracolância, a reforma das ruas, calçadas e edificações dando-lhes acessibilidade, o combate ao comércio ilegal em toda a cidade e o Cidade Limpa.

Outro feito de extrema importância liderado por Andrea Matarazzo foi a implantação na Coordenadoria das Subprefeituras do Programa de Qualidade no atendimento, que trouxe aos funcionários de todos os níveis a possibilidade de conhecer conceitos de gestão organizacional e coloca-los em prática, além de poder compartilha-los em Seminários de Benchmarking também organizados pelo secretário. Este projeto, trará à cidade de São Paulo resultados excelentes e sustentáveis na melhoria da prestação de serviços. Uma mudança de cultura organizacional necessária, mas até então negligenciada .

Muitas matérias sobre o novo Secretário de Cultura serão publicadas, muitos desafios serão impostos à ele nos 645 municípios do Estado. Porém, ninguém melhor do que aqueles que foram subordinados à ele, como eu, para dizer que deste homem público, pode-se esperar o enfrentamento de toda e qualquer situação desafiadora. Dr Andrea, é um gestor que ouve seus subordinados, leva em conta suas opiniões e tem olhar clínico para buscar soluções criativas. Sua capacidade de gestão é indiscutível, seu pragmatismo tem resultados brilhantes e sua visão de futuro não tem limites. Todas estas características, somadas à educação tradicional que recebeu de berço, faz dele um homem capaz de enxergar e respeitar diferenças culturais, o que dará ào Estado de São Paulo a certeza de ver respeitadas, valorizadas e divulgadas todas as suas manifestações culturais .

Some-se à isso, fatos de sua genealogia. O secretário é bisneto do Senador Andrea Matarazzo e sobrinho do lendário Ciccilo Matarazzo, criador da Bienal de São Paulo, do MAM (museu de Arte Moderna) e do MAC (museu de arte contemporânea) e portanto traz no sangue a paixão pela cultura clássica, pelo balé, pela música, pela pintura e pela literatura, é apreciador confesso também da natureza e da fotografia.

Mas não pensem que toda esta sofisticação fazem dele "um almofadinha". Embora detentor de classe e bom gosto excepcionais, também foi capaz de trabalhar em um edifício onde em dias em que houvesse chovido, era necessário abrir o guarda-chuva DENTRO do edifício! Situação cômica se não fosse trágica, mas que ele enfrentou sem problemas até conseguir resolvê-la, em tempo recorde. Como também foi transparente o suficiente para manter um programa de rádio onde interage diretamente com a população, e manter um perfil na rede social Twitter, onde é constantemente questionado e cobrado, sem fugir às respostas necessárias.

Portanto, tenho confiança que São Paulo inicia agora uma fase gloriosa de suas manifestações culturais.

Termino este post desejando sorte e sucesso ao novo regente da Cultura Paulista.