Vocês estão cansados de saber que minhas paixões são gente, cultura e educação.
Sabem também que sou um poço de ansiedade, portanto acho que nunca se espantam quando volto aos temas.
Agora, com o início da gestão de Andrea Matarazzo na Secretaria Estadual da Cultura, eu não poderia deixar de dar meus palpites, mesmo porque, quero acompanhar de perto tudo que tenho certeza que será feito!
Nós que vivemos na cidade de São Paulo, extremamente cosmopolita e problemática, nem sempre nos damos conta (pela correria do dia a dia), de que se nos deslocarmos uns pouquíssimos quilômetros para qualquer lado, vamos encontrar um ambiente completamente diferente das "modernidades" a que estamos acostumados.
O Estado de São Paulo é um mundo a parte, com diferenças inacreditáveis em todos os sentidos, mas se isolarmos só o item diferenças culturais, ficamos tontos! O que não falta é trabalho e "jogo de cintura" para que a Secretaria de Cultura desenvolva suas funções. Cabe a eles divulgar,valorizar e proteger o patrimônio cultural além de oferecer acesso à Cultura para todos os 37 milhões de habitantes do Estado. Ufa! Com certeza é uma loucura.
Temos muitos equipamentos culturais na cidade, entre museus, locais de exposições, salas de concertos, parques, etc... mas não é deles que quero falar.
Estive aqui pensando, naquelas diferenças a poucos quilômetros de que falei ha pouco. Nossas características culturais, foram formadas, lá no período colonial, e recebeu influência dos descobridores portugueses, misturadas com as dos índios e negros. Mais tarde um pouco, surgiram as adaptações levadas estado a fora pelos Bandeirantes. Disso, temos o surgimento de, por exemplo, uma culinária muito variada que vai dos produtos do milho e da mandioca (índios) à pimenta e feijão dos negros até misturar tudo para facilitar a viagem dos bandeirantes que nos legaram o maravilhoso e famoso virado à Paulista. Com a chegada dos imigrantes, lá pelos anos 20, nem preciso dizer o que aconteceu, né? Ou ninguém aí nunca almoçou yakissoba e comeu de sobremesa um doce sírio seguido de um capuccino?
Outras surpresas que as viagens pelo interior nos trazem são as construções de taipa de pilão e pau a pique que ainda estão por aí, mais a arquitetura lindíssima das antigas fazendas de café.
Quanto às manifestações culturais então... daria um livro. São inúmeras: Festa do Divino,Cavalhadas, Romarias, Procissões, danças como o Jongo, o Maculele, a Catira, etc...
Todas as manifestações de raiz, vem acompanhadas das manifestações contemporâneas de artes plásticas, literatura, dança, música, teatro. Sem esquecer o divino circo! E a nova indústria cinematográfica que começa a ganhar força (muita) no Estado, com estúdios incríveis.
Para a Secretaria e sua nova equipe, resta saber mesclar o novo com o antigo. Despir-se de preconceitos, e adotar as manifestações culturais também como método de oferecer especialmente aos jovens caminhos para a auto descoberta e a auto construção, por caminhos que levarão nossa sociedade ao desenvolvimento pacífico, movido pela capacidade de compreensão e respeito ao diferente. Quem sabe usando os velhos (sábios) para apresentar aos jovens nossa diversidade?
São Muitos os Desafios da Cultura Paulista
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