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domingo, 13 de setembro de 2015

Semana Decisiva



Deixemos de lado eventuais dúvidas (muitos as tem) e vamos admitir que o atual governo foi eleito democraticamente.

Conseguiram por pouco, lançando mão de maquiagem nas contas públicos e de um estilo populista que atingiu em cheio uma maioria de miseráveis ou quase que além desta condição não tem instrumentos para analisar o que realmente se passava.

Houve também uma grande influência do inegável carisma de Lula a quem enxergam como um igual, aquele que veio "de baixo" e atingiu o maior posto do país. Se a presidente era sua "afilhada" sua indicação, em quem mais votariam, certo? 

Nos últimos dias porém, começaram a ver o castelo dessa amizade e desse apoio ruir com os ventos do agravamento da crise. Mas será que vão notar?

Só os deuses sabem como deve ter sido o final de semana em Brasília. Em que clima aconteceram as muitas reuniões? 

Desde o rebaixamento do país feito pela agência de classificação Standard & Poor's a situação tornou-se ainda mais assustadora.

As tais agências (outras tendem a fazer o mesmo), dão o caminho para decisões de investidores o que neste caso significa que eles fugirão do Brasil ou no mínimo criarão condições de empréstimos e investimentos nada positivas, mais caras e raras.

Chegamos a esta situação depois de anos de medidas de improvável sucesso, negando o alcance de crises internacionais e investindo no incentivo ao consumo ao invés de fortalecer a infraestrutura que permitiria o aumento da produtividade  e do comércio de nossos produtos.

Fico impressionada ao ver que alguns dizem que a agência de classificação exagerou. 

O que mais poderíamos esperar depois que o governo encaminhou um orçamento deficitário e em meio a um claro e amplo desarranjo setorial que atingiu praticamente a todos  mas especialmente o petróleo e as infindáveis e terríveis descobertas sobre o que se passou na Petrobras?

Pretendiam que as agências de classificação nos dessem "tempo" para apresentarmos planos de estabilização? Mais tempo? Sim, porque estão no poder há mais de uma década!

E nada mostra que pretendem rever sua forma de agir. Qualquer opinião ou proposta de discussão que venha de fora do partido e seus aliados é derrubada com a velha postura do "nós e eles", como a estória do dono da bola...

Agora o país tem pressa, muita pressa para construir uma "pinguela" (pra quem não sabe, uma ponte básica, frágil) sobre o fosso da derrota total.

E isto requer medidas firmes que dependem de muita capacidade de liderança. E como consegui-lo diante dos embates entre o Planalto e o Congresso?

Planos estratégicos precisam de análise. Mas neste caso, o mais básico conhecimento de gestão aponta a solução imediata: aumento de impostos.

Tá! eu também não quero isso, mas seria irracional de nossa parte pensar que apenas mexendo nos gastos como corte de ministérios e cargos públicos teríamos o dinheiro necessário para a sobrevivência do país.

Não se iludam. Haverá mudanças nos gastos obrigatórios (como previdência, benefícios sociais, salários do funcionalismo) e o Congresso não terá como negar. E os aumentos de tributos também virão e como sempre quem paga somos nós..

Só penso que a população, deveria exigir que antes dos aumentos de impostos e além dos cortes que podem ser feitos imediatamente independente do Congresso,nos sejam devolvidos os bilhões desviados nos atos de corrupção já confirmados. Seriam de muita ajuda!

Falam também em impeachment. Podemos até reagir de forma meio vingativa e querer muito que aconteça, mas não vejo essa possibilidade. E se acontecer? Muda muito? Não! Quem substituir este governo terá vindo do mesmo balaio e não terá poderes mágicos para mudar as coisas. No máximo pode vir a convencer levemente as agências de classificação de que algo está mudando para melhor.

E cuidado. A partir do ano que vem, com as eleições municipais, os rios de mentiras e falsas promessas recomeçam. Desta vez, fique de olhos bem abertos. Faça uma varredura em sua memória. Procure ver por exemplo, as declarações do ex presidente, padrinho da atual quando conseguimos bons resultados nas agências de classificação e o que ele diz hoje. É de uma incoerência assustadora!

De qualquer forma, sejamos fortes, porque esta semana será decisiva.       

3 comentários:

  1. O que mais machuca em ter votado nessa corja, meu anjo, além da corrupção, é que em 12 anos não fizeram uma escola de educação integral sequer, nunca honraram a promessa de criar uma rede federal de escolas de educação integral!

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  2. É nisso que dá misturar IDEOLOGIA, que eles pensam que são exclusivos senhores, com ECONOMIA, que eles não entendem nada ...

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  3. Acho que devemos pressionar para que impostos não sejam aumentados antes de mudar o presidente, isso seria um bom recado para quem assumir a cadeira.

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