A revista Veja de hoje traz como matéria de capa o filme de Fábio Barreto, baseado (e segundo a revista bastante modificado) na biografia autorizada escrita po Denise Paraná, Lula o filho do Brasil.
Diz a revista:"Luiz Inácio Lula da Silva, o mais improvável dos presidentes brasileiros, já entrou na história sem sair da vida" (...)Com sua genuína devoção aos mais pobres e um carisma fenomenal, Lula chega às portas de seu último ano de governo com 80% de aprovação.(...)Assessores de Dilma Roussef (...)veem na película um poderoso instrumento eleitoral, capaz de fazer diferença na luta petista para se manter no poder"
O filme, segundo Veja foi patrocinado por 12 empresas, a maioria com negócios com o governo.
O filme, que teve sua avant- première em Brasília no início da semana, estréia em circuito nacional no começo do ano (eleitoral) de 2010. Em minha opinião, será um sucesso de público. A história de um nordestino que vem para o "sul" paradisíaco, sofre todas os problemas típicos de sua condição e vence, só pode atrair e influenciar. Há uns 10 dias assisti uma entrevista de Lula na Rede TV e confesso que sua história e principalmente sua maneira simplória (quase inocente) ao contá-la me emocionou. Imagina, o quanto isso atinge à população de baixa renda, especialmente a nordestina, numerosíssima....
Nas redes sociais e na imprensa, os não simpatizantes do PT (entre os quais me incluo) esperneiam, e com razão. O filme será um cabo eleitoral extremamente poderoso, e se bem utilizado, poderá levar há mais um mandato do partido.
Há alguns dias escrevi no post Brasil um país em apuros o seguinte: "Ano que vem, as eleições batem novamente à nossa porta. Estou falando da porta de todos os brasileiros, inclusive dos 75% de analfabetos e analfabetos funcionais. "
Na Veja de hoje lemos: 77% da população, apoia Lula, 18% votam no candidato escolhido por ele,28% querem continuidade ao governo atual, 27% que façam poucas mudanças e continue muita coisa, 25% quer manter alguns programas e muitas mudanças.
Então, não falei bobagem, que bom!
O que sugiro aqui, é que todos aqueles que se preocupam agora com este instrumento poderoso de campanha, revejam seus atos passados. Se os governantes deste país, tivessem investido dinheiro e sua competência (não lhes faltava!) na educação da população, teríamos hoje um povo capaz de perceber quando está sendo manipulado e a fazer escolhas pessoais e independentes. Não o fizeram, e ficarão temerosos de fazê-lo sempre, porque isso também nos daria um povo capaz de cobrar providências e atitudes a quem de direito.
Alguma opinião contrária?
Eu sou mais por: Lula, filho do outra coisa, mas enfim... rs
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