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sábado, 7 de julho de 2012

Hoje tem marmelada?

A campanha começou.

O circo está montado, o espetáculo vai começar.



Os palhaços somos nós. A platéia, a classe política que diverte-se e aplaude nossa atuação.

Quanto mais ingênuas nossas piadas e gestos mais eles riem!

Somos também os animais amestrados, comandos simples, qualquer guloseima e repetimos atos e movimentos amarelados pelo tempo, mas eles se divertem....

Malabarismos são nossa especialidade! Mantemos no ar os pratos de nossa justiça, nossa comida, nossa saúde com muita habilidade. E eles se espantam e se despreocupam com a solidez de seus ganhos que lhes permite assistir e aplaudir não pela admiração, mas pelo alívio ao perceber que balança mas não cai, porque os palhaços não pensam em resistência, em mudança, apenas mantem o equilíbrio salvador, embora insatisfatório .


E as mágicas? São surpreendentes! Eles,da platéia, nos dão material para anos e anos de ilusionismos! Transformam números, reabilitam moribundos, mudam de lugar e de pensamento sem esforços.

Saltamos do trapézio, a cama elástica de nossa paciência nos lança aos ares, nos devolve ao solo meio tontos, meio tortos e eles riem...

Lhes parece que nunca teremos saída. Nossos limites são os da lona em que vivemos, construída por eles e com manutenção garantida pela política do pão e circo que não inclui treinamento independente muito menos raciocínio, apenas permite a obediência aos comandos.

Treinar animais para que mantenham o roteiro, precisa levar em conta e obedecer a padronização desses comandos. Não há animal que obedeça a palavras diferentes das que internalizou como caminho.

E na fumaça cenográfica surge uma nuvem misteriosa que poucos compreendem mas quase todos utilizam. Ela é recheada de palavras e informações de todo teor, toda cor e toda a força que muda os caminhos conhecidos do show e transforma o espetáculo numa espécie de psicodrama público, onde egos auxiliares trazem influências capazes de assustar a platéia como num trem fantasma moderno.

Qual será o número final?

Será que os palhaços vão continuar os mesmos?

Viver de arte prevê inovações.

Inovações preveem reações.

A plateia vai continuar a sorrir e a aplaudir?

Ou há chance de que fique espantada com a arte da palhaçada?

Que o palhaço deixe de ser ladrão de mulher. Furtos roubos e estelionatos deixaram de ser novidade, contaminou a plateia e coloca lágrimas obrigatórias nos olhos do circo.



No picadeiro há mais barulho, os atores querem atenção verdadeira antes que decidam pelo fim do espetáculo. Brigaram tanto por sua realização, podem brigar pelo contrário.

Hoje tem marmelada?

Não mais meu senhor!

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