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quarta-feira, 26 de agosto de 2015

As eleições vem aí, quem sabe?





O último post provocou críticas que diziam que eu estava sendo muito pessimista, que não via solução para os problemas do país.

Mas não é verdade. Não só penso em soluções como acredito que um dia a coisa vai mudar. Mas não no cenário atual.

Mas críticas sempre nos fazem pensar e foi o que fiz. Nunca ocupei cargos políticos, muito menos os que implicam em grande autoridade. Mas acho fácil para qualquer um imaginar o quanto deve ser difícil lidar com um país deste tamanho, com estados e cidades imensos, especialmente quando nossa herança cultural não é das melhores.

As eleições municipais vem aí. Estou antecipando demais? Que nada! Pode ter certeza de que o ano eleitoral já começou, que as campanhas já estão sendo delineadas nos bastidores.

E aí repito: não é pessimismo meu, mas será tudo igual, a não ser que a população acorde!

Entre as ideias que tive pós crítica uma adoraria que provocasse alguma reflexão nos meus leitores: começarmos as mudanças pelos pequenos municípios!

Começarmos quem cara pálida?! 

Nós, o povo.

Explico: nos municípios menores, os candidatos estão mais próximos da população. É mais fácil sabermos quem realmente são, suas ações e suas ideias.

Também é muito mais simples ajustar pequenas e médias estruturas do que tentar botar ordem numa São Paulo, ou em um  Rio de Janeiro...



E não venham dizer que estou menosprezando as pequenas administrações! Ao contrário estou propondo à elas que sejam o motor da mudança de que precisamos!

Mas a começar pelos eleitores todos tem que rever seu comportamento.

Parem de eleger políticos em troca de favores ou baseados apenas em seus discursos bonitos. 

Procurem saber sobre atos concretos, analise seus projetos. 

Também será impossível estruturarmos de vez a democracia se a população não estiver disposta a participar das decisões políticas de sua região. Nossas leis abrem espaço para uma participação e uma capacidade de intervenção plenos. Talvez em outro post eu os enumere aqui, ou quem sabe, te encontro em uma de minhas palestras...

Precisamos ainda que pessoas bem intencionadas deixem sua zona de conforto e, desde que preparadas, abracem a ideia de serem candidatos, por que não?

Quanto às administrações de pequenos municípios, é preciso que se profissionalizem!

Uma cidade que quer crescer, se desenvolver e gerar valor (lícito) para todos os envolvidos precisa investir antes de mais nada em conhecimento!

Para entenderem do que estou falando, cito o exemplo de casos que atendi em orientação organizacional para pequenos empresários. Eram donos de pequenos escritórios, lojas ou prestadores de serviço. Só para começar, eles não entendem que são pequenos empresários! Chamam a si mesmos de dono da lojinha, chefe dos balconistas e por aí vai! Não abrem espaço para algo maior, como se isso fosse  ruim.

Na administração pública a coisa é mais complicada ainda. Por mais que o tempo passe, em muitos lugares ainda vivemos na época colonial, na era dos poderosos coronéis sertanejos ou dos gerentes ditadores. 

A estrutura da administração pública, somada às nossas ideias equivocadas e baseadas na lei de Gerson ou na filosofia do "sabe com quem está falando?" traz imensos prejuízos.

A pior parte é esta, trabalhar uma mudança cultural. E isso começa com o conhecimento e o cumprimento dos direitos e deveres de cada um de nós.

Fora isso, hoje temos ferramentas de gestão que facilitam muito o trabalho de qualquer administrador interessado em fazer as coisas fluírem bem.

Começando com uma visão estratégica da administração é possível realizar o planejamento das mudanças necessárias, desde que esta vontade comece lá nos altos escalões administrativos, sem perder de vista que hoje, nos tempos da administração estratégica, por processos e na era da informação, todos os colaboradores devem ser envolvidos.

As eleições vem aí, quem sabe?


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