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segunda-feira, 24 de agosto de 2015

E o Brasil? Precisa de quê?





Não escrevo há muito tempo por aqui. É que neste país montanha russa fica difícil você manter algum equilíbrio. Há muito o que fazer, muitas frentes a serem atacadas e aí, se você não tem poder, desanima.

Mas esse poder individual existe nas democracias,  no Brasil ela é meio desconhecida da população.

Ainda pensamos que somos pequenos demais para tentar mudar alguma coisa, andamos meio perdidos diante de tantas decepções com a política e os políticos, enrolados pela crise e perdemos focos necessários.

Raros casos como o da cidade de Jacarezinho no Paraná vem para nos animar um pouco embora precisasse acontecer várias vezes ao dia para que os benefícios fossem vistos por todos.

Já cansei de dizer que nosso calcanhar de Aquiles é a educação, que se fosse eficaz geraria a capacidade de análise e interferência na situação em todas as áreas. Mas a educação é um processo de resultados a longo prazo e estamos com a água no pescoço! (Não, água não tem, digamos a corda).

Aí, leio na Veja  (e mais umas pesquisas), que um chileno e um venezuelano (portanto nossos hermanos), atuantes no mega eficiente MIT tentam responder a questão: Por que a Informação Aumenta.

Partindo do princípio de que a informação é um processo que implica em fragmentação de seu objeto de análise seguida de observação criteriosa que possa levar a uma ordem lógica que descrevesse qualquer situação, material ou produto e acrescentando que unido à melhoria da educação a informação ganharia fôlego eles chegariam a resposta. 

Mas dizem também que essas pessoas educadas deveriam ser capazes de trabalhar em equipes, de maneira coordenada.
Preciso muito ler o livro, me pareceu muito interessante. Mas vou sentar e esperar que alguém o adapte eficientemente à realidade brasileira.

Digo isso porque entre outras coisas, na entrevista César Hidalgo fala da importância de que algumas necessidades básicas como segurança, transporte, comunicação, políticas de relações comerciais, abertura de mercado estejam em ordem para que se crie um circulo virtuoso onde a informação somada à educação traga resultados positivos.

Um dos itens citados é a confiança em contratos.

Como faz para confiar em contratos no Brasil em um momento em que a cada dia surgem novas denúncias de corrupção?

Como confiar em um país que faz de conta em tudo?

Percebem? Se por aqui, vivemos quase que em uma peça teatral permanente onde a população é figurante, que apenas assiste aos atores dizendo seus textos, desenvolvendo posturas sob a regência de diretores e produtores que também criam estórias, com e, o tempo todo, qual tipo de informação eficaz podemos produzir?

Claro que vai  tem quem leia isso e me chame de louca. Temos cientistas, empresários, enfim, gente de todas as áreas produzindo coisas boas, mas a que preço? E quem vai se beneficiar de seus produtos e descobertas. Quanto eles terão que pagar para viabilizar seus feitos?

Ano que vem tem eleições municipais. Quem quer apostar comigo que ouviremos exatamente as mesmas coisas de anos anteriores apenas acrescentando os fatos ruinosos mais recentes? E quem aposta que depois de assumir, tudo continua na mesma?
Tudo isso porque aqui, educação e informação inexistem. As duas juntas então, nem pensar!

Mais impensável ainda é o terreno fértil e líderes com pensamento ganha-ganha de que o entrevistado fala.  

Desejo sorte aos teóricos do MIT e também que eles tornem viáveis suas teorias para muitos países.

Mas sugiro a eles que sejam extremamente cautelosos quando se depararem com dados fornecidos por órgãos públicos e institutos de pesquisa brasileiros.

Informação aqui não responde à questão: E o Brasil? Precisa de quê?

Um comentário:

  1. Bom dia, Patricia

    O respeito a contratos é essencial, a começar pela Constituição, (nosso contrato mais importanbte).

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