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domingo, 25 de abril de 2010

Quase mudei meu voto....

Este post vai me render muita crítica, muita pegação de pé.

nem aí. Tenho o direito de vacilar. Especialmente em situações estressantes!

Acabo de chegar do hospital, onde fiquei por 5 longos dias....

Se não bastasse a situação, por si, desagradável, ainda fica mais uma vez a certeza de que poucos são aqueles que percebem nossa ausência na vida virtual, o que me deixa com a certeza de que o ser humano está cada vez mais superficial e sem capacidade REAL de criar vínculos fortes.

Só que a questão que dá título ao post e que é o motivo para as críticas que virão é o seguinte: passei a primeira noite de internação enlouquecendo meu filho com a frase: não voto mais no Serra!!!!

Porque?

Oras sras. e srs., qualquer um que tenha um vício, sabe o quanto é complexo ter que se afastar dele por qualquer motivo.
Fumo, e fumo muito.
E o candidato citado foi quem inventou a tal da Lei que ate com os fumódromos (espaços discriminatórios, porém úteis) que existiam!
Se deixar de lado um vício em situação normal é difícil, o que dizer em situações de trauma???? É horrível! Não é justo e fere sim nosso direito de fazer o que quisermos de nossas vidas.

Além do que, não é só o cigarro que mata quem o usa e quem está ao lado. O álcool também, então, Lei anti- álcool neles!

Por isso quase mudei meu voto. De raiva, de crise de abstinência. Mas passou.

Prefiro minhas crises egocêntricas do que as coisas que somos obrigados a constatar neste país. Eu já havia comentado aqui, sobre a necessidade de ficarmos atentos ao que se passa na nossa vida democrática, MESMO durante Carnaval, copa do mundo, festa junina, vai dar namoro com a Geisy, ou seja lá o que for. Aí , chego em casa pego a Veja e me deparo com a gracinha de cena de Serra e Dilma na gangorra das pesquisas e vejo que lá, constata-se, como fenômeno natural, que o Brasil ainda não esteja pensando em eleições, só depois da copa!!!!!!! Socorro!!!!!!

Toda esta confusão e desacerto em relação aos institutos de pesquisa, me deixam, digamos, cansada. Embora não seja do ramo e odeie estatística, fui uma excelente criadora, aplicadora e analista de pesquisas lá nos tempos de faculdade. Rolou até convite de professores para que eu me profissionalizasse, o que lamento não ter feito pois gosto do assunto. E é por gostar dele que quero fazer alguns comentários pessoais sobre pesquisas de qualquer tipo no Brasil.

Discordo das amostras usadas, acho-as ínfimas, e não há técnica que compense uma amostra ruim. Ruim não só em números mas na escolha do local, das cidades, etc.... Eu por exemplo, com 32 anos de título eleitoral, nunca respondi a uma pesquisa. Acho estranho, já que embora deseje muito, não moro no Himalaia.

Perguntas sobre intenção de votos devem conter apenas isto: nome do candidato (não seus títulos ou cargos) e a pergunta direta. Outras considerações levam sim a induções.

É preferível que não se apure em alguns momentos o candidato do pesquisado do que tentar forçar respostas.

Outra coisa. Os pesquisadores no Brasil, não tem lá muito cuidado no uso dos questionários. Qualquer um que já respondeu a alguma pesquisa um pouco mais detalhada pode constatar isto... e os institutos deveriam ser mais cuidadosos com isto.

De qualquer forma, só espero que as pessoas se liguem mesmo durante a copa. E também recomendo aos candidatos que fiquem atentos aos efeitos que ganhar ou perder jogos farão sobre as escolhas da população. Isto pode levar a uma necessidade extrema de alterações no estilo de campanha.

O incrível é que, quase mudei meu voto....

4 comentários:

  1. O desabafo de uma pessoa que a gente aprende a admirar faz se pensar como é esse relacionamento virtual. E parece que não difere do que acontece no dia-a-dia, pois muitas vezes uma pessoa querida dá uma desaparecida e, apesar de se sentir falta, o corre-corre nos faz adiar as perguntas: cadê, o que aconteceu, no que eu posso ajudar...? Mas de qualquer maneira, a falta existe sim e espero que tenha voltado bem.
    Com carinho e desejo de muita saúde para preencher os nossos dias com os seus posts
    (Mas que tal uma forcinha para parar de fumar? rs)
    Um abraço cheio de energia

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  2. Patricia, você quase mudou seu voto numa crise de abstinência. Perfeitamente compreensível. Já passei por isso várias vezes. Mas, imaginei que no final de seu texto você fosse mais enfática no porquê de ter voltado atrás. Posso entender que apesar da lei anti-fumo, o Serra vale a pena?
    Concordo com sua análise acerca das pesquisas eleitorais. Você foi precisa.

    Abraços,
    Dilze

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  3. Sinceramente, não deveria nem ter começado com essa patacoada de cigarro...

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