Reflexões p/ ano novo

Ano novo, governo novo.

2011 bate a nossa porta e vem com toda a carga de expectativas sobre o novo governo.

Não venham me dizer que não muda nada, que Lula de saias vai repetir caminhos.

Isto não é possível. Pode-se até contar com a presença "dos mesmos" dos 8 anos anteriores,mas a nova Presidente terá que agir por conta própria, ou quase isso.

Já no anúncio dos novos Ministros,podemos ver que muitos já são velhos conhecidos, mas nem é isso que importa. A questão é a adoção das medidas necessárias.

Economia não é meu forte, mas brasileiro com mais de 40, tem um que da profissão, tanto quanto tem um pouco de técnico de futebol.

Podemos não entender do assunto, mas sabemos que para conter a inflação (pelo consumo excessivo) os juros serão elevados.  

Já vimos o filme, sabemos quem sofrerá mais. A população de baixa e média renda que perde o poder de consumo. Vai ser difícil, mas por mais que odiemos a situação, a medida é essencial. Não gosto nem de pensar.

Só gostaria que nossos técnicos lá de Brasília arrumassem tempo e disposição para trabalhar aspectos importantes para que este país um dia chegue lá. A cultura brasileira precisa ser aprimorada(?), modificada (?) direcionada (?). Não sei qual a palavra certa.

Sei que um país que desde o tempo do Império vê nos governantes "o pai" o provedor, tende à estagnação.

Nossos empresários mais antigos estão acostumados a lidar com situações instáveis, inflação exorbitante. Dizem até que nossa resiliência é admirável e que somos capazes de saídas criativas. Tá, é verdade. Mas gostaríamos de contar com uma vida mais equilibrada,sem grandes surpresas. Enfim, dar uma folga para o coração e para o bolso.

Vejo como maior problema a maioria da população. Essa que espera receber ajuda em forma de bolsas e cotas de todo tipo.

Nos últimos 5, 6 anos, houve alguma movimentação no sentido de estimular o empreendedorismo, é verdade.
Mas estou certa que não funcionará até que formemos uma nova geração de pessoas que abandonem o modelo de Macunaíma ou coisa que o valha. É interessante, porque o brasileiro especialmente nos últimos 30 anos adota inúmeros aspectos culturais de outros povos, americanos em especial como o Halloween, palavras em inglês incorporadas ao vocabulário, team leaders e até "bullying". Almeja-se falar, vestir, cantar e ser como ídolos americanos. Mas o que se conhece e copia é o lado ruim e idiota daquela cultura. Não se pensa na "cara de pau" e coragem de um Steve Jobs, Bill Gates ou Barack Obama! Não se tenta seguir seus moldes de construção da própria vida. Nossas leis nãopermiterm que menores de 18 anos façam como os jovens americanos que trabalham (por ideologia) nos períodos de férias para ganhar o próprio dinheiro! Ao invés disso, senta-se e espera-se a data de ir à Caixa Econômica esperar 2 horas na fila para retirar o"benefício".

Por outro lado, se um brasileiro resolve agir de forma assertiva  e empreendedora e vai atrás da abertura de um novo negócio, fica totalmente envolvido em processos burocráticos sem fim, com impostos abusivos e com a falta de bons profissionais para contratar. Resultado, a maioria não sobrevive ao primeiro ano de atividade.

O Brasil foi menos atingido pela crise mundial. Porém o período é de incertezas e instabilidade total. No momento, pisamos em ovos de porcelana chinesa!

Que adotem as medidas duras que serão necessárias. Que o povo bote prá funcionar sua infinita resiliência e consiga sair da situação em um estado razoável. Mas que alguém pense em fazer reflexões para os novos anos que virão , investindo no estímulo e apoio à mudanças de atitude, de pensamento, de cultura.

Do contrário passaremos a eternidade tapando buracos e não construindo fortalezas.