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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Escravidão Contemporânea

Olá Pessoas,

Pois é, tanto lemos, escrevemos e discutimos sobre o consumo de luxo que vem tomando a classe C e sempre fizeram parte das A e B.

São infinidades de matérias mostrando a futilidade e principalmente a imbecilidade de pessoas que valorizam mais o ter do que o ser.

Isto não é novidade e nem posso afirmar que se fosse uma pessoa abastada não consumiria produtos caros  alem da medida. Mesmo porque esperamos que esses produtos tenham muita qualidade e envolvam em sua produção processos e pessoas muito bem remunerados devido à sua especialização e qualificações.

Mas ainda acredito que mesmo quando ficar milionária (daqui a uma 12 vidas), ainda vou ter o bom senso de escolher com base no custo benefício.

Vamos nos ater a um item de consumo: roupas.

Ah... quem não gosta de uma roupa connfeccionada com um bom tecido, de design diferenciado, corte e acabamento perfeitos? Todos nós, não é? E hoje isso não é mais privilégio das marcas de alta costura. Os magazines brasileiros tem peças diferenciadas, muitas vezes assinadas por grandes nomes da moda e de caimento se não tão bom quanto aos das grandes marcas, bem próximos disso e que satisfazem.

Até aí, tudo bem.

Só não me conformo com aquelas pessoas que medem as outras, escolhem os que convivem pela marca das roupas que usam...

E aí, mais uma vez, vem a imprensa derrubar os muros dessa farsa, da ignorância de nossa humanidade, da falta de noção de valores reais.

Ontem, 16 de Agosto, na TV Bandeirantes, o programa semanal A Liga abordou a questão do trabalho escravo em várias áreas produtivas.

Estou citando aqui apenas as confecções de roupa, mas os vídeos do programa estão disponíveis na net:

http://bit.ly/q4eC6T

Vale a pena assistir.

O programa tomou conhecimento da existência de 33 confecções irregulares que fabricam as peças vendidas pelas lojas Zara, marca que tem a preferência de muitos, especialmente jovens que desfilam seus produtos (excelentes por sinal) orgulhosos pela aquisição de peças que são vendidos por preços astronômicos, portanto, dão "status". A evidente inversão de valores de que sofre nossa sociedade. 

Infelizmente, a Zara não é excessão, muitas marcas caras e famosas lançam mão desse expediente ao redor do mundo.

Alguem tem que fazer algo. Por todos os prejudicados por essa situação. Os empregados das confecções, tratados como escravos, sem direitos e com remuneração insuficiente para a subsistência, jornadas de trabalho de 14 horas em locais insalubres. Os proprietários das tais empresas pelos seus atos irregulares, até criminosos. As marcas que as usam pelo dolo ao consumidor. Algo pelo direito de criação dos que desenham as peças e os que cortam e montam as "peças piloto" e por nós, consumidores os grandes babacas da história.

De quem é a responsabiliidade?

De todos nós. Nossa que precisamos rever nossas posições diante da vida, dos valores. Dos orgãos reguladores e fiscalizadores que não podem tratar a situação sem dar à ela a gravidade que traduzem.

Tenho até uma sugestão aos governantes: "estourem" essas confecções, criem fábricas regularizadas onde os profissionais que ganham hj centavos por peça montada possam trabalhar sendo remunerados de forma justa, afinal, eles provam diariamente que são excelentes profissionais!

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