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sábado, 11 de maio de 2013

Angústias públicas

A situação é angustiante!!



Os funcionários da Prefeitura de São Paulo não dormem e mal respiram desde o dia 1º de Maio, quando foi anunciado pelo prefeito um reajuste esperado desde os tempos de Mário Covas!

Os índices anunciados, na verdade são equivalentes a uns 60 % do que a Prefeitura nos deve neste período, isso sem tocar no assunto precatórios. Mas de qualquer forma traria alívio a todos nós, submetidos a degradantes 0,01% ao ano desde Luiza Erundina.

No dia 2/05 após o anúncio, era visível o estado de apreensão dos servidores. Deveríamos acreditar na palavra do Prefeito e nas do Sindicato?

O aumento viria? Quando?

Os comentários giravam em torno de uma suposta impossibilidade de que o anúncio fosse uma falácia, afinal, o prefeito e seu partido estão de olho nas eleições estaduais. 

Também foi dado muito crédito ao fato de o reajuste ter sido anunciado por vários veículos da mídia, em especial o jornal O Estado de São Paulo e os telejornais da Rede Globo desde a manhã do dia 2. Infelizmente, os dois veículos nada mais disseram, mesmo sendo cobrados nas redes sociais.

O SINDSESP chegou a publicar uma tabela de referência e lá fomos nós fazermos contas intermináveis, com um detalhe: fazíamos uso de índices um pouco menores do que foi anunciado.



Indícios de desconfiança dos gatos escaldados por anos de expectativas frustradas, silêncio da Câmara e imobilidade dos Sindicatos enquanto víamos os salários de professores e médicos subirem a cada ano, os da Câmara subindo escandalosamente e os de altos cargos duplicando, triplicando.

A população, também não faz nada, não nos apoia porque não acredita em nós.

Imaginam que suas necessidades são supridas por vereadores. Estão muito enganados.Deveriam aprender mais sobre o funcionamento da máquina pública. Sem os funcionários de Nível básico e médio, nada do que se propõe ou cria é viável.

Somos nós que "tomamos porrada" dos munícipes diariamente e temos que lidar com a mentalidade arcaica do brasileiro que quando procura o vereador (nem sempre aquele em quem votou, já que geralmente nem lembra) é apenas para satisfazer necessidades pessoais e que em geral são resolvidas de forma habitual, por trâmites normais, embora o mérito da coisa vá para o parlamentar....

A população não está atenta a nada do que se passa. Reclama da burocracia só quando ela o atinge diretamente. Não vê que ela o atingirá sempre coletivamente.

Hoje, 10 dias após o anúncio, uma nota do sindicato diz que ontem (!) assinaram o documento que solicita o projeto e que ele ainda tem que ir para a câmara, passar por 2 votações antes de surtir o efeito que esperamos, salários um pouco mais dignos.

É assustador pensar quanto tempo isso vai levar. Depende agora de boa vontade e agilidade nos trâmites.
Ficamos preocupados. Isso não é norma...

E ao contrário do que pensam a culpa da morosidade não é nossa. 

Recentemente, uma de nossas maiores iniciativas na melhoria na qualidade da gestão pública foi interrompida. Sinceramente, isso é inexplicável. Gestores que interrompem processos de melhoria administrativa e vereadores que se calam a respeito devem ser vistos com muita desconfiança.

Agora só nos resta rezar e pensar que outras eleições importantes (todas são) vem aí.



Tomara que milagrosamente tudo corra tão agilmente como parecem as  ações de nosso prefeito.

De qualquer maneira, este texto é apenas isso: registro de angústias públicas. 



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