A situação é angustiante!!
Os funcionários da Prefeitura de São Paulo não dormem e mal respiram desde o dia 1º de Maio, quando foi anunciado pelo prefeito um reajuste esperado desde os tempos de Mário Covas!
Os índices anunciados, na verdade são equivalentes a uns 60 % do que a Prefeitura nos deve neste período, isso sem tocar no assunto precatórios. Mas de qualquer forma traria alívio a todos nós, submetidos a degradantes 0,01% ao ano desde Luiza Erundina.
No dia 2/05 após o anúncio, era visível o estado de apreensão dos servidores. Deveríamos acreditar na palavra do Prefeito e nas do Sindicato?
O aumento viria? Quando?
Os comentários giravam em torno de uma suposta impossibilidade de que o anúncio fosse uma falácia, afinal, o prefeito e seu partido estão de olho nas eleições estaduais.
Também foi dado muito crédito ao fato de o reajuste ter sido anunciado por vários veículos da mídia, em especial o jornal O Estado de São Paulo e os telejornais da Rede Globo desde a manhã do dia 2. Infelizmente, os dois veículos nada mais disseram, mesmo sendo cobrados nas redes sociais.
O SINDSESP chegou a publicar uma tabela de referência e lá fomos nós fazermos contas intermináveis, com um detalhe: fazíamos uso de índices um pouco menores do que foi anunciado.
Indícios de desconfiança dos gatos escaldados por anos de expectativas frustradas, silêncio da Câmara e imobilidade dos Sindicatos enquanto víamos os salários de professores e médicos subirem a cada ano, os da Câmara subindo escandalosamente e os de altos cargos duplicando, triplicando.
A população, também não faz nada, não nos apoia porque não acredita em nós.
Imaginam que suas necessidades são supridas por vereadores. Estão muito enganados.Deveriam aprender mais sobre o funcionamento da máquina pública. Sem os funcionários de Nível básico e médio, nada do que se propõe ou cria é viável.
Somos nós que "tomamos porrada" dos munícipes diariamente e temos que lidar com a mentalidade arcaica do brasileiro que quando procura o vereador (nem sempre aquele em quem votou, já que geralmente nem lembra) é apenas para satisfazer necessidades pessoais e que em geral são resolvidas de forma habitual, por trâmites normais, embora o mérito da coisa vá para o parlamentar....
A população não está atenta a nada do que se passa. Reclama da burocracia só quando ela o atinge diretamente. Não vê que ela o atingirá sempre coletivamente.
Hoje, 10 dias após o anúncio, uma nota do sindicato diz que ontem (!) assinaram o documento que solicita o projeto e que ele ainda tem que ir para a câmara, passar por 2 votações antes de surtir o efeito que esperamos, salários um pouco mais dignos.
É assustador pensar quanto tempo isso vai levar. Depende agora de boa vontade e agilidade nos trâmites.
Ficamos preocupados. Isso não é norma...
E ao contrário do que pensam a culpa da morosidade não é nossa.
Recentemente, uma de nossas maiores iniciativas na melhoria na qualidade da gestão pública foi interrompida. Sinceramente, isso é inexplicável. Gestores que interrompem processos de melhoria administrativa e vereadores que se calam a respeito devem ser vistos com muita desconfiança.
Agora só nos resta rezar e pensar que outras eleições importantes (todas são) vem aí.
Tomara que milagrosamente tudo corra tão agilmente como parecem as ações de nosso prefeito.
De qualquer maneira, este texto é apenas isso: registro de angústias públicas.
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