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domingo, 20 de março de 2011

1º #ETC_SP 2011

Aconteceu no Sábado 19 de Março de 2011, o 1º ETC_SP (Encontro de Tuiteiros Culturais) de 2011,
no auditório da Livraria da Vila (Fradique Coutinho).
Os  convidados, mediados por José Luiz Goldfarb (@jlgoldfarb) foram Milton Jung (@miltonjung ), jornalista da rádio CBN e Paulo Toledo, (@unidosdadoze) presidente da agremiação Unidos da Doze do Jardim Doroteia em Diadema-S.P.
Para nós,veteranos do ETC, alem do prazer de reencontrar amigos queridos e conhecer pessoalmente outros com quem só nos relacionávamos virtualmente, ficou a alegria de ver que o evento cresce (em importância, objetividade e número de participantes) a cada nova edição.
O tema abordado foi a mobilização através das redes sociais. Os convidados falaram sobre suas experiências. Paulo Toledo sobre a inauguração da sede e da biblioteca comunitária de sua organização e Milton Jung do projeto de sua autoria Adote um Vereador que visa o contato direto com o poder público do município.
A escolha do tema  não poderia ser mais pertinente .
Hoje, já não há mais discussão sobre a importância das redes sociais na solução de problemas da população em geral, da ampliação das possibilidades de comunicação e principalmente de mobilização social, fato comprovado durante as tragédias naturais que assolaram o Brasil e o mundo nos últimos tempos, campanhas de doação em todas as áreas como a Doe um Livro  e a de doação de medula para Ana Luisa (lançadas no Twitter). Também há registros da  mobilização social durante os conflitos no Oriente Médio. No ano passado, a força das redes sociais foi demonstrada durante o período eleitoral.
Eu já havia abordado o tema por aqui, questionando quantos políticos se manteriam presentes nas redes sociais após o fim do pleito.
Azar dos que desapareceram. Deixaram claro seu objetivo eleitoreiro e mais uma vez perderam credibilidade junto aos eleitores demonstrando sua falta de compromisso com o público .
Os que permanecem, só tem a lucrar. Ganham muito trabalho, é claro, mas criam a possibilidade do diálogo e do atendimento mais coerente dos anseios de seus eleitores além de permitirem discussões que sedimentam suas ideias e propostas avaliando e até induzindo sua  aceitação.
No ETC do sábado, falamos sobre o assunto.
Acredito que  devamos estimular e até mesmo cobrar a participação do poder público nas redes sociais, para garantir a transparência dos processos públicos/políticos .
Algumas organizações públicas, mantém perfis corporativos nas redes sociais. Em geral, eles são fontes seguras de informação ao público, sobre os serviços disponíveis e sobre a atuação dessas organizações.
Como na iniciativa privada, que hoje admite que uma empresa de agora em diante, só sobreviverá se mantiver perfis nas redes sociais, o poder público precisa investir cada vez mais nessa nova forma de comunicação.
Porém, o que mais chama a atenção é o pioneirismo e a disposição de enfrentar a observação e o contato, muitas vezes agressivo com a população, de alguns ocupantes de cargos públicos no país.
Algumas iniciativas geraram polêmica no ínicio, pela falta de compreensão relativa aos novos meios de comunicação virtual, mas na maioria dos casos, tanto o agente público quanto a população, só confirmaram a excelência dessa forma de gerenciamento de funções.
É o caso por exemplo da Secretária de Educação do Município do Rio de Janeiro, Claudia Costin, que mantém um contato direto com a rede de ensino, disponiibilizando informações e orientações a seus subordinados através do twitter.
Em São Paulo um dos "cases" (prá usar o termo da moda, af!...) mais bem sucedidos e antigos é o do hoje Secretário Estadual da Cultura, Andrea Matarazzo. Quando Secretário (municipal) das Subprefeituras, Matarazzo rodava a cidade ligado às redes sociais e despachando com seus subordinados, agilizando assim o atendimento das reinvindicações da população de todas as regiões de São Paulo. Tarefa quecom o tempo se tornará indispensável, especialmente em uma cidade com as dimensões da capital paulista, o que dirá do Estado.
O interessante nos casos de Claudia e Andrea é a postura adotada que os aproxima da população em geral como aquilo que , afinal, todos somos: simples mortais.
Eles não se limitam ao trabalho que executam. Ele é prioridade sim, mas dividem conosco suas observações sobre o cotidiano de esferas alheias às suas funções, compartilham experiências pessoais e dialogam com pessoas que de outra forma não teriam acesso à eles.
Em todos os estados brasileiros (no ETC tivemos informações sobre vários casos), há iniciativas deste tipo.
Em São Paulo temos vereadores e deputados federais fazendo isso também. Cito como os exemplos que mais conheço Floriano Pesaro (vereador @Floriano45 ) e Mara Gabrilli (dep.fed. mailto:federal@maragabrilli ) que compartilham informações e projetos, convidando o público a participar e com excelente disposição para interagir.
É uma postura corajosa sem dúvida. Todos podemos cometer erros, mas com o registro indelével nas redes sociais, compromissos não cumpridos terão que ser justificados.
Mas o que os que não aderiram à esta nova forma de governar tem que ter em mente é que a transparência e o diálogo, trarão frutos também: maior credibilidade que será um forte indicador de vitórias eleitorais ou a permanência em cargos de confiança.
Cabe à nós, os eleitores e maiores interessados nesta nova maneira de interação com o poder público, estimularmos a adesão cada vez maior de políticos e gestores às redes sociais.
Afinal, estamos em uma democracia, nossa constituição diz que o poder emana do povo. O povo é representado por esses políticos e gestores cujos salários são pagos por nós. O acesso irrestrito à essas pessoas é um direito, agora viabilizado e que deve ser exigido.
Mas também cabe à nós estabelecermos contatos respeitosos,de forma digna e apartidária.
Críticas positivas ou negativas devem ser absorvidas por eles. Mas falta de educação e agressividade infundada tem que ser reprimidas por todos.
Afinal são pessoas no cumprimento de seu dever.

3 comentários:

  1. Que legal, Patricia. Só eu que nao consigo achar graça nesse twitter, sao coisas da idade..rs
    bjbj

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  2. Só descobri a graça do twitter qdo percebi que ele poderia sim ser usado para outras coisas que não fossem futilidades. Hoje leio sobre política, arte, futebol, e até as tais futilidades. Mas posso usar como um canal útil tanto para o entretenimento quanto para crescimento pessoal, e essa é a grande sacada das redes sociais. Vale descobrí-las e até abusar delas de quando em vez.
    Ótimo texto, parabéns.

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  3. Você sabe, eu percebo o twitter como um fluxo intenso de comunicação direta. Amei o tema: O tema abordado foi a mobilização através das redes sociais. Queria muito ter participado também, no momento do debate tive que me ausentar do TT.
    parabéns pelo texto, mais uma vez.

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