no auditório da Livraria da Vila (Fradique Coutinho).
Os convidados, mediados por José Luiz Goldfarb (@jlgoldfarb) foram Milton Jung (@miltonjung ), jornalista da rádio CBN e Paulo Toledo, (@unidosdadoze) presidente da agremiação Unidos da Doze do Jardim Doroteia em Diadema-S.P.
Para nós,veteranos do ETC, alem do prazer de reencontrar amigos queridos e conhecer pessoalmente outros com quem só nos relacionávamos virtualmente, ficou a alegria de ver que o evento cresce (em importância, objetividade e número de participantes) a cada nova edição.
O tema abordado foi a mobilização através das redes sociais. Os convidados falaram sobre suas experiências. Paulo Toledo sobre a inauguração da sede e da biblioteca comunitária de sua organização e Milton Jung do projeto de sua autoria Adote um Vereador que visa o contato direto com o poder público do município.
A escolha do tema não poderia ser mais pertinente .
Hoje, já não há mais discussão sobre a importância das redes sociais na solução de problemas da população em geral, da ampliação das possibilidades de comunicação e principalmente de mobilização social, fato comprovado durante as tragédias naturais que assolaram o Brasil e o mundo nos últimos tempos, campanhas de doação em todas as áreas como a Doe um Livro e a de doação de medula para Ana Luisa (lançadas no Twitter). Também há registros da mobilização social durante os conflitos no Oriente Médio. No ano passado, a força das redes sociais foi demonstrada durante o período eleitoral.
Eu já havia abordado o tema por aqui, questionando quantos políticos se manteriam presentes nas redes sociais após o fim do pleito.
Azar dos que desapareceram. Deixaram claro seu objetivo eleitoreiro e mais uma vez perderam credibilidade junto aos eleitores demonstrando sua falta de compromisso com o público .
Os que permanecem, só tem a lucrar. Ganham muito trabalho, é claro, mas criam a possibilidade do diálogo e do atendimento mais coerente dos anseios de seus eleitores além de permitirem discussões que sedimentam suas ideias e propostas avaliando e até induzindo sua aceitação.
No ETC do sábado, falamos sobre o assunto.
Acredito que devamos estimular e até mesmo cobrar a participação do poder público nas redes sociais, para garantir a transparência dos processos públicos/políticos .
Algumas organizações públicas, mantém perfis corporativos nas redes sociais. Em geral, eles são fontes seguras de informação ao público, sobre os serviços disponíveis e sobre a atuação dessas organizações.
Como na iniciativa privada, que hoje admite que uma empresa de agora em diante, só sobreviverá se mantiver perfis nas redes sociais, o poder público precisa investir cada vez mais nessa nova forma de comunicação.
Porém, o que mais chama a atenção é o pioneirismo e a disposição de enfrentar a observação e o contato, muitas vezes agressivo com a população, de alguns ocupantes de cargos públicos no país.
Algumas iniciativas geraram polêmica no ínicio, pela falta de compreensão relativa aos novos meios de comunicação virtual, mas na maioria dos casos, tanto o agente público quanto a população, só confirmaram a excelência dessa forma de gerenciamento de funções.
É o caso por exemplo da Secretária de Educação do Município do Rio de Janeiro, Claudia Costin, que mantém um contato direto com a rede de ensino, disponiibilizando informações e orientações a seus subordinados através do twitter.
Em São Paulo um dos "cases" (prá usar o termo da moda, af!...) mais bem sucedidos e antigos é o do hoje Secretário Estadual da Cultura, Andrea Matarazzo. Quando Secretário (municipal) das Subprefeituras, Matarazzo rodava a cidade ligado às redes sociais e despachando com seus subordinados, agilizando assim o atendimento das reinvindicações da população de todas as regiões de São Paulo. Tarefa quecom o tempo se tornará indispensável, especialmente em uma cidade com as dimensões da capital paulista, o que dirá do Estado.
O interessante nos casos de Claudia e Andrea é a postura adotada que os aproxima da população em geral como aquilo que , afinal, todos somos: simples mortais.
Eles não se limitam ao trabalho que executam. Ele é prioridade sim, mas dividem conosco suas observações sobre o cotidiano de esferas alheias às suas funções, compartilham experiências pessoais e dialogam com pessoas que de outra forma não teriam acesso à eles.
Em todos os estados brasileiros (no ETC tivemos informações sobre vários casos), há iniciativas deste tipo.
Em São Paulo temos vereadores e deputados federais fazendo isso também. Cito como os exemplos que mais conheço Floriano Pesaro (vereador @Floriano45 ) e Mara Gabrilli (dep.fed. mailto:federal@maragabrilli ) que compartilham informações e projetos, convidando o público a participar e com excelente disposição para interagir.
É uma postura corajosa sem dúvida. Todos podemos cometer erros, mas com o registro indelével nas redes sociais, compromissos não cumpridos terão que ser justificados.
Mas o que os que não aderiram à esta nova forma de governar tem que ter em mente é que a transparência e o diálogo, trarão frutos também: maior credibilidade que será um forte indicador de vitórias eleitorais ou a permanência em cargos de confiança.
Cabe à nós, os eleitores e maiores interessados nesta nova maneira de interação com o poder público, estimularmos a adesão cada vez maior de políticos e gestores às redes sociais.
Afinal, estamos em uma democracia, nossa constituição diz que o poder emana do povo. O povo é representado por esses políticos e gestores cujos salários são pagos por nós. O acesso irrestrito à essas pessoas é um direito, agora viabilizado e que deve ser exigido.
Mas também cabe à nós estabelecermos contatos respeitosos,de forma digna e apartidária.
Críticas positivas ou negativas devem ser absorvidas por eles. Mas falta de educação e agressividade infundada tem que ser reprimidas por todos.
Afinal são pessoas no cumprimento de seu dever.
Que legal, Patricia. Só eu que nao consigo achar graça nesse twitter, sao coisas da idade..rs
ResponderExcluirbjbj
Só descobri a graça do twitter qdo percebi que ele poderia sim ser usado para outras coisas que não fossem futilidades. Hoje leio sobre política, arte, futebol, e até as tais futilidades. Mas posso usar como um canal útil tanto para o entretenimento quanto para crescimento pessoal, e essa é a grande sacada das redes sociais. Vale descobrí-las e até abusar delas de quando em vez.
ResponderExcluirÓtimo texto, parabéns.
Você sabe, eu percebo o twitter como um fluxo intenso de comunicação direta. Amei o tema: O tema abordado foi a mobilização através das redes sociais. Queria muito ter participado também, no momento do debate tive que me ausentar do TT.
ResponderExcluirparabéns pelo texto, mais uma vez.