Venho acompanhando as inúmeras matérias sobre as maravilhas dos carros bicombustíveis.
Falam dos benefícios à qualidade do ar, da tecnologia que desenvolvemos no uso do álcool.
É verdade, o Brasil foi pioneiro, coisa rara. O álcool nem passa perto dos derivados de petróleo quando o assunto é poluição.
E sim, tem a questão de o álcool ser um produto renovável, e aí evocam a questão da sustentabilidade.
Tem também a questão econômica evidentemente importante. São milhões de empregos gerados, cerca de 7 milhões de toneladas (lá por 30% da produção mundial) produzidas ao ano, 50% transformados em álcool o que leva a cifras fenomenais.
Mas me pergunto se as pessoas se esqueceram de alguns fatores, totalmente comprovados:
- Uma plantação de cana dá umas 5, 6 colheitas e depois delas tem que ser feita uma queimada que traz
vários prejuízos ao solo tornando-o inadequado para outras culturas. A fuligem produzida despeja grandes quantidades de monóxido de carbono na atmosfera trazendo grandes prejuízos às populações vizinhas. Só nos plantio mecanizados esse problema é minimizado, mas quantas plantações no país são mecanizadas?
- Os pequenos produtores estão desaparecendo pq vendem seus sítios aos usineiros Isso além de gerar um êxodo rural pós moderno restringe as culturas que haviam nesses locais, diminuindo a produção de outros alimentos.
- Áreas de pasto também diminuem, e acho que isso diminui a criação de gado.
Então pergunto: É tão bom assim?
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