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domingo, 8 de maio de 2011

Concordo

Muitas vezes acho que sou maluca ou totalmente sem noção de nada.
Raras vezes acho algum especialista em economia, sociologia ou afins com quem eu consiga concordar.
Nessa semana encontrei um!
Nas páginas amarelas da Veja, o filósofo Denis Lerrer Rosenfield.
Ele fala da interferência do estado na vida privada das pessoas.
Nos últimos tempos, 2 dessas intervenções me deixaram furiosa: a lei anti tapa e a anti fumo!
A anti fumo por motivos meio egoistas, tá, admito, mas mesmo assim minha revolta tem fundamento e agora depois da entrevista de Rosenfeield posso acreditar que não é delírio meu.
Cigarro faz mal. Faz. Prejudica quem está às voltas com a fumaça? Faz.
Mas daí a proibir o fumo em qualquer lugar, inclusive em alguns locais abertos é um absurdo! Fere o direito pessoal de fazer de sua vida o que bem entender. Poderiam sim, manter os antigos fumódromos ou que criassem por exemplo, estabelecimentos comerciais de longa permanência para fumantes. 
A lei anti tapa então, dispensa comentários, que aliás já fiz aqui ano passado.
O filósofo adverte para o fato de que "Nenhuma pessoa pode ser forçada a ser rica ou saudável contra a própria vontade. Se alguém decide fumar ou beber, isso é um problema dessa pessoa não do estado".
Neste ponto, abro um parênteses. A questão é em parte problema do estado quando pensamos nos gastos que o fumo ou o alcool podem gerar para os serviços de saúde ou para a previdência por exemplo.
Mas contra isso, o estado não deveria ser autorizado a criar proibições, mas sim fazer campanhas de orientação ostensivas.
O pior disso tudo é a questão de proibir-se o fumo e não o álcool (aí também influenciada por razões pessoais) Que palhaçada é essa! Afinal o álcool também destrói a vida de quem está às voltas com o alcólatra, ou não?
E não me venham falar de consumidores sociais, tá? Vão lá no site da OMS para saber as quantidades de alcool que determinam o alcolismo. Na maioria dos casos a quantidade é muito inferior do que as pessoas consomem por aí, de forma alegadamente social.
O filósofo considera que as intervenções do estado ferem o livre arbítrio das pessoas. Concordo totalmente.
Elege no Brasil, a Anvisa como a grande vencedora entre os interventores.
Cita também a recente tentativa de proibir a venda de medicamentos para emagrecer, que eu por exemplo conheço no mínimo a 40 anos! 
Registra a tentativa (eu diria ação mesmo) de impor padrões de conduta. É isso mesmo!
Mas quais ou quem são  os modelos? Pensem um pouco.... 
Ainda se a maioria dessas intervenções, surgissem a partir de decisões dos poderes legislatiivos, vá lá, mas como afirma o filósofo elas tem sido criadas pelo executivo. Isso, foge aos benefíicios democráticos, já que aqueles a quem elegemos para criar leis são atropelados pelo executivo.
Só quis registrar minha concordância e recomendar a entrevista, mas peço que reflitam a respeito e pensem sobre alguns aspectos:
- Um país deseducado absorve tudo que lhe é imposto.
- Começam decidindo que vc não pode fumar e ainda dão a entender que estão cuidando de você, como um pai bondoso...
- Aí, se aceitos com total passividade (atitude típica de povo inculto e não pensante), passam para outras áreas: não comam carne às segundas, depois às terças, quarta, etc... Dividam suas propriedaes rurais improdutivas (eles decidem o que é improdutivo, sem uso importante) com sem terras (eles vão produzir?) e por aí afora.
- Vai que resolvem determinar o que você pode ler? (já tentaram! lembram do caso da proibição do perigoso antro de  terroristas chamado Sítio do Pica Pau Amarelo?), ou ouvir, ou assistir?
Cuidado, lobos em pele de cordeiro sempre estão à espreita procurando por  pobres inocentes acéfalos ou desligados...  
Onde chegarão?
  

2 comentários:

  1. Lembra do Grande Irmão do 1984 que "protegia" o povo? As pessoas se esquecem do peso dessa tutela não solicitada.

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  2. Eis o fundamento do Liberalismo que tanto os iMundos temem. O negócio deles é controlar, fazer a produção de consciência...
    Chavez, o iMundo-mor da Venezuela, interrompe os programas de rádio para fazer pronunciamentos sobre as benesses do socialismo do sec XXI. É a lavagem cerebral que eles tanto admiram com o objetivo de tirar "idéias burguesas" da cabeça das pessoas.
    Essa gente é muito perigosa.

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