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terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Vamos salvar o jeitinho brasileiro?
João Bosco, canta:
♪ Pra gostar
bom é o jeitinho brasileiro
assim entre o sofrido e o catimbeiro
feito Ary numa aquarela ♪
Ivan Lins canta:
♪ Quando ela passa por mim Rio de Janeiro de mais Mesmo se estivesse em Berlim, Eu veria logo os... sinais. Seu andar é um jeito de ser, Que ninguém precisa ensinar Pode da calçada erguer, uma passarela... ♪
Elizete Cardoso (e outros) cantam:
♪ Em qualquer esquina eu paro Em qualquer botequim eu entro Se houver motivo É mais um samba que eu faço. Se quiserem...Se alguém perguntar por mim Diz que fui por aí Levando um violão Embaixo do braço. ..♪
Sérgio Buarque de Holanda em Raízes do Brasil, afirma que o brasileiro desenvolveu uma histórica propensão à informalidade. Diz ainda que o brasileiro põe de lado a ética e a civilidade. Que ignora as leis em favor da amizade. Há até relatos de comerciantes holandeses que afirmavam que era impossível negociar com brasileiros sem que antes se tornasse seu amigo.
Roberto Damatta compara Brasil e EUA em relação às Leis. Diz que no Br as leis são coercitivas e inadequadas à realidade individual. Nos EUA tem grande influência nos costumes e na vida privada.
O embaixador brasileiro no Haiti, Igor Kipman, diz no site Comunidade Segura:" Querem saber qual o segredo para a integração das tropas nas ruas. Não é segredo, é a índole do brasileiro que não é adquirida em centros de treinamento"
Pois é, falar sobre o jeitinho brasileiro não é tarefa fácil.
O que é ele? Sinônimo de criatividade ou corrupção?
Parece questão de prova, afinal, dependendo do ponto de vista e do humor do questionado, as duas respostas são verdadeiras.
Quanto à corrupção e a malandragem de bandido, fama que temos aqui e principalmente lá fora, foi instalada em especial à partir dos anos 70 e sua terrível "Lei de Gerson" que dizia em um comercial: Bom é levar vantagem em tudo, cerrrto?
Pobre Gerson, deve sentir o peso da frase sobre os ombros até hoje... Aliás, alguém aí sabe quem foi o publicitário autor da frase?
Quase como mágica a idéia pegou, talvez diante da já deteriorada noção de certo ou errado da época.
Mas, prefiro ver o tal jeitinho pela ótica da criatividade e da cordialidade.
O brasileiro faz amizades com facilidade, recebe bem os outros povos que aqui vem a passeio ou para viver. Tendemos a resolver tudo com diplomacia (esqueçam Honduras por favor), com o famoso "deixa disso". Alguns chamam isso de passividade. Então que sejamos passivos! Ou alguém prefere a agressividade, a guerra, garotos invadindo escolas para matar seus professores e colegas?
Disseram um dia que somos uma Belíndia, impostos e leis Belgas numa realidade Indiana. Quanto às leis, não sei, mas quanto aos impostos concordo. E a Índia de que falaram é a do Quem quer ser um Milionário não a da Globo, tá?
Diz-se também, que aqui, a máfia não daria certo, e não daria mesmo (esqueçam as nacionais por favor pq a única semelhança fica por conta da pizza).
Já ouvi também que o brasileiro "estragaria" uma guerra. Se estão falando sobre o sentimento de amor que pode surgir do brasileiro em relação ao inimigo, devem estar certos. Ouvi relatos incríveis de soldados brasileiros que durante a ocupação da Itália na II Guerra, acabaram amigos dos inimigos...
Isto tudo é ruim?
Não precisam imaginar que são devaneios de uma alienada. Leio jornais, revistas, vejo TV. Sei que há algum tempo estas características amistosas estão desaparecendo de nossa cultura.
E lamento.
Prá mim, isso é deixar de lado a humanidade, a fé na vida e na paz possível.
Acho de uma mediocridade incrível ligar a TV ou o rádio e ver inúmeras pregações sobre bondade, religiosidade , que depois são seguidas por debates ferrenhos contra tudo e contra todos. Só se divulga erros e tragédias. Porque não falar das atitudes solidárias, dos exemplos de dedicação, do amor e da evolução?
A balança precisa de ajustes sim.
Temos que aprender a diferença entre cordialidade e passividade, entre corrupção e direitos legais.
Mas, impeçamos nossa juventude de esquecer aquela essência boa do matuto ou do "malandro" carioca de outrora.
Vamos salvar o jeitinho brasileiro?
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O bom jeitinho brasileiro deveria ser considerado mais um patrimônio cultural. Gostei da mensagem positiva que está embutida neste artigo. bj Ana
ResponderExcluirVoce esta muito bem , é muito politizad a e a gente precisa de pessoas assim , eu h já fui secretário da saúde, por 2 anos , mas agora só trabalho no consultório e hospitais sendo 1 hosp. público , mas atualmente sem envolvimento politico partidário . Parabéns continue seu trabalho
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