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sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Sobre Dalvas e Heriveltos Cultura IV Comecemos em 2010!

(...)
Já fui moço, já gozei a mocidade
Respeite ao menos meus cabelos brancos
Ninguém viveu a vida que eu vivi
Ninguém sofreu na vida o que eu sofri
As lágrimas sentidas,
os meus sorrisos francos
Refletem-se hoje em dia
nos meus cabelos brancos
E agora, em homenagem ao meu fim
Não falem desta mulher perto de mim

(De Marino Pinto e Herivelto Martins)

Tomei a liberdade de destacar um trecho da música Cabelos Brancos, para começar esta postagem de hoje.

A mini-série que acabou de terminar na Globo, nos trouxe além do prazer de voltar a ouvir esta dupla que sem dúvidas marcou uma época, também nos permitiu conhecer um pouco daquele tempo, os carros, os vestidos de shantung de seda, os ternos de linho, os chapéus Panamá, ver lugares como o Cassino da Urca lindamente recriados e constatar que houve um tempo em que se podia sentar prá namorar à noite nos calçadões do Rio.

Já falei aqui em posts anteriores, que além de amar música, acho que ela é um excelente canal de informação se vc se dispuser a saber um pouco mais sobre ela, conhecer o contexto em que foi criada.

E quem se dispuser a perder um tempo pesquisando, na empolgação da série, ficará surpreso com a riqueza de informações que envolvem o Trio de Ouro ( o outro membro era Nilo Chagas) desde o início em meados dos anos 30 do séc. XX.

Vão encontrar alusões a gravadoras com muita história prá contar como a RCA, a Odeon e a Columbia. Sobre as rádios Mayrink Veiga e Nacional. Afinal foram 99 discos gravados.

Porém, a ascensão e queda do trio e em especial do casal, também nos deve fazer pensar sobre como tudo é passageiro, como o sucesso é momentâneo (embora no caso deles tenha sido formidável por no mínimo 30 anos).

Especialmente nos nossos dias onde o tempo parece ter se tornado mais rápido do que podemos perceber, onde a toda hora é possível que surjam Susans Boyle em nossos caminhos.

Também é muito importante prestar atenção nos melindres da mídia que decide lançar e apagar artistas a toda hora de acordo com seu interesse.

Podemos idolatrar Lady Ga Ga ou a Orquestra Sinfônica de Munich. O Royal Ballet ou o grupo É o Tchan (tá bom, fiquemos num Michael Jackson, vai!)

Podemos amar Fábio Barreto ou Ingmar Bergman, ir de Grazie Massafera à Fernanda Montenegro.

Podemos também ler Paulo Coelho ou Maquiavel. Admirar Picasso ou Pancetti.

O importante é compreender que todos eles são importantes se quisermos compreender este globo girante e maluco em que vivemos.

Quantos ídolos a mídia substituiu em nosso país, assim, da noite para o dia? Martelam em nossos ouvidos aquilo que elegem como o "must" da vez e muitos de nós, aceitam e qdo percebem estão dançando "Cada um em seu Quadrado"....

Podemos e devemos mudar para o novo principalmente hoje em dia. Mas tem que ser um processo cumulativo, onde o que vem acrescenta algo ao que deixamos lá, registrado em nossa placa mãe anatômica. E é importante também alimentar este interesse nos mais jovens e transmitir-lhes o conhecimento adquirido (alô educadores!).

Bem, foi só um desabafo movido pela emoção trazida pela série.

Mas encerro este post perguntando à você: Lembra de alguém que sumiu "antes da hora"?

E começo a lista com o íncrível Wilson Simonal (felizmente resgatado agora pelos filhos em livro e filme" Também lembro de Waldick Soriano (tá, eu também não gosto do gênero mas ninguém pode negar o estrelato) também resgatado em filme pela fã famosa Patricia Pilar.

E você?, acrescente nomes à lista....

Um comentário:

  1. Marisa Gata Mansa, Lea Massari, Almir Ribeiro, Hélio Ribeiro (radialista), jorge Veiga, marlene...

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