Quem me acompanha sabe que digo sem vergonha nenhuma que não entendo de política.
E com menos vergonha ainda, digo que não quero entender.
Ignorância? Pode ser, depende do ponto de vista. Meu intuito é guardar meu coração da tristeza que é ver a falta de ética e competência da maioria dos políticos e das políticas públicas nacionais.
Mas, como a cada 4 anos sou obrigada a votar, tenho o direito de fazer pequenas considerações por mais insignificante que elas sejam.
Outra bobagem? Não. Sei da importância do voto livre e quero votar. Apenas gostaria de ter o direito de não fazê-lo caso me deparasse com opções absurdas ou como forma de protessto.
Vocês também sabem que sou mineira embora esteja em São Paulo desde os 3 meses, mas de qualquer forma sou filha e irmã de mineiros da Zona da Mata, o que me rendeu a vida toda uma situação peculiar. Quando em Minas, estranhavam meu sotaque, minhas roupas, o jeito de agarrar a bolsa... Em SP, estranham meu sotaque, hábitos alimentares e cotidianos.
Às vésperas das eleições presidenciais, me deparo com a desistência de Aécio Neves a candidatura, deixando o caminho livre para José Serra.
Não dá prá não pensar um pouco e relembrar a história desses dois Estados brasileiros e seus representantes.
São Paulo e Minas Gerais sempre estiveram "na boca do povo", competindo pela posição de maior estado da federação, trocando farpas pelo jeito de ser de cada um, na política do café com leite.
Hoje, MG é o 4º Estado em extensão territorial , o 2 º mais populoso, portanto o 2ºmaior curral eleitoral e o 3º PIB nacional.
S.P tem a maior população,o maior PIB, uma extensão territorial equivalente a da França e é um polo internacional de negócios.
Se Minas destaca-se no artesanato (bordados, pedra sabão, prata e pedras) SP distingui-se na produção de produtos indústrias prá todas as utilidades.
Até uns 25 anos em MG, causava espanto a presença de orientais, raros por lá, onde a população descende especialmente de portugueses.
S.P. é a encarnação da torre de Babel. Aqui convivemos e compartilhamos hábitos com portugueses, italianos, árabes, japoneses, coreanos, chineses, alemães.....
A hospitalidade e a cozinha mineiras são famosas.
A efervecência e a quantidade de restaurantes paulistanos também.
SP transformou-se num polo de serviços, MG mantém suas faendas e avança sempre na siderurgia.
Serra é economista, já foi Prefeito de S.P., Deputado Federal, Senador, Minisstro do Planejamento e da Saúde. Hoje é Governador. Eu, paarticularmente, respeito e admiro sua atuação, apesar de discordar da rigidez de sua lei mais polêmica a anti-fumo.
Aécio, neto de Tancredo é muito jovem mas tem um histórico invejável como Deputado Estadual por 4 mandatos, Deputado Federal e atual Governador. Conheço sua gestão pela imprensa, e me parece muito bem aceita por seus governados.
Os dois são dinâmicos, competentes e tem história de ética e equilíbrio comprovada.
Ao que parece, Aécio continuará a apoiar Serra e emprestando suas características de inovação e dinamismo ao governo do país. Seu choque de Gestão no Estado de Minas, também vem sendo implantado (embora com mais lentidão) na cidade de SP desde o início desta gestão (quando Serra era Prefeito). E é indispensável que seja levado para todo o país.
Além disso, são a alternativa aparentemente mais viável para a dupla Dilma/Lula.
Só espero que vencendo, a união SP- Minas seja o final de Uma Longa Jornada.
Uma jornada que nos leve a um ponto de união nacional onde nem Norte nem Sul nem Nordeste nem Centro Oeste e nem Sudeste tenham privilégios.
Que o país se beneficie desta união, e que todas as regiões vejam suas questões de educação, saúde, trabalho, uso e ocupação do solo e economia bem planejados e executados.
Comecemos em 2010!
Você pode até torcer o nariz para a política partidária exercida no brasil, mas, de maneira alguma, é ignorante política.
ResponderExcluirO governo atual foi e é responsável pela nova política da cisão, jogando pobres contra ricos, pretos contra brancos e Norte-Nordeste contra sudeste-Sul. Concordo com você que a dupla Serra/Aécio é a melhor alternativa para derrotar a situação, mesmo não sendo ela ainda a ideal para o país, mas, se ganahr, será uma grande vitória para o país a longo prazo.